Fonte: Reprodução / InstagramLeBron James é um dos maiores jogadores de todos os tempos, mas nunca foi conhecido pelos arremessos de três pontos. Pelo contrário. O seu estilo de pontuar sempre esteve, a princípio, mais baseado nas infiltrações e agressividade em relação à cesta. Mesmo com a melhora nos tiros de longa distância durante a carreira, por isso, ele resiste a ser um chutador. O craque está convicto de que precisa ir na contramão da NBA atual.
“Existem técnicos em nossa comissão que querem que arremesse mais de três pontos. Eles até me encorajam a isso durante os jogos. Mas eu não posso fazer isso, pois não entendo a motivação. Não é uma questão de ego, mas sim de lógica. Se tentar uns 12 arremessos de longa distância por partida, como resultado, não vou colocar a pressão que posso nas defesas”, analisou o astro, no podcast “Mind The Game”.
A evolução de James como arremessador de três pontos, de fato, é impressionante. O ídolo do Los Angeles Lakers teve a melhor marca da carreira na temporada passada, depois de acertar 41% de suas tentativas. É uma reviravolta radical ao compararmos com o calouro que converteu só 29% dos tiros de longa distância. Ele sabe que o seu papel dentro da equipe, no entanto, vai muito além de ser um especialista.
“Eu sei que posso acertar metade dos arremessos se tentar umas 12 ou 14 bolas de três pontos. Em um dia ruim, converto umas três ou quatro. Então, esse não é o problema. Se arremessar com esse volume, certamente, vou encontrar o meu ritmo. A questão é que, em síntese, esse jogador não sou eu. A minha forma de pressionar as defesas é atacar a cesta”, reforçou o futuro integrante do Hall da Fama.
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Confortável
As mudanças no basquete contemporâneo colocaram a NBA nas mãos dos chutadores. Para resumir, todos estão em busca desse tipo de jogador. Parece meio contraditório, então, pensar em subutilizar um atleta com o aproveitamento nos arremessos de três pontos que LeBron James teve. Mas não é bem assim. Para que a bola mova-se e os atiradores funcionem, antes de tudo, alguém precisa causar um colapso na marcação.
“A verdade é que, hoje, todas as equipes têm chutadores em volume. E adoro isso. Mas, se já temos atletas que vão arremessar várias bolas de três pontos, alguém vai ter que colocar pressão no garrafão. Eu preciso colocar medo nas defesas e, assim, não deixar que fiquem confortáveis demais. Não podem pensar que todos só vão arremessar o tempo inteiro”, justificou o veterano.
James pode até ser um pontuador mais eficiente quando arremessa de três pontos com maior volume. Mas o basquete possui vários outros fatores que, na medida do possível, precisam ser controlados. “Mesmo que esteja arremessando bem para três pontos, eles não podem pensar que já sabem o que vou fazer. Eu tenho que deixá-las sempre preocupadas com todas as opções”, completou.
Colega de trabalho
O podcast “Mind The Game” é uma nova iniciativa que James começou com o ex-jogador e analista JJ Redick. Não chega a ser uma surpresa, então, que o Lakers observe Redick como um candidato ao cargo de técnico da equipe. Muitas decisões internas, afinal, vão passar por manter o seu principal jogador satisfeito. Stephen A. Smith, da ESPN, crava que o ala já escolheu o colega para ser o seu novo treinador.
“LeBron é elegível a uma extensão de contrato e pode sair da franquia, então tem poder nos bastidores. E o que eu ouvi é que ele quer que o time selecione Bronny na segunda rodada do draft. Além disso, deseja que JJ seja o novo técnico da equipe. O Lakers tem vários candidatos e, por isso, ainda está longe de uma decisão. Mas LeBron já tomou o seu lado”, informou o polêmico comentarista.
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