O estilo de jogo de Kobe Bryant nunca encontrou um dos seus maiores apoiadores nas estatísticas avançadas que tomaram conta da análise da NBA nos últimos anos. E, aparentemente, esse sentimento é recíproco. O craque do Los Angeles Lakers revelou não ver com empolgação a crescente influência do “movimento estatístico-analítico” nos bastidores da liga.
“Eu odeio tudo isso. É ridículo. O que esses números não dizem para você é sobre a emoção do esporte. Não gosto do movimento. As estatísticas podem até mostrar as tendências de comportamento, mas não te explicam os motivos para isso. É preciso sentir o jogo e ter a compreensão de quadra, no fim das contas, para agregar valor ao que dizem”, explicou o ídolo, em entrevista à ESPN.
Kobe une-se a um amplo grupo de jogadores do passado e da atualidade que não escondem desprezar o recurso. Jerry West, Charles Barkley, Jalen Rose, Kevin Durant, Paul George e Josh Hart são só alguns exemplos de personalidades da NBA que já se posicionaram contrários ao “movimento estatístico-analítico”.
No entanto, o que observa-se são franquias cada vez mais utilizarem os números como aliados na construção de uma estratégia de jogo na liga. O maior expoente dessa “onda” no basquete é Daryl Morey, gerente-geral do Houston Rockets e vencedor do prêmio de melhor executivo da NBA no ano passado.