O Indiana Pacers venceu o New York Knicks no domingo e, agora, as duas equipes estão empatadas na série. Enquanto o Pacers utilizou toda a velocidade e o atleticismo que o técnico Rick Carlisle pede, o mesmo não acontece do outro lado. Mas não que seja algo que descobriram só agora. O Knicks chegou aos playoffs da NBA com problemas e o banco de reservas está fazendo falta.
E nem é por uma montagem ruim de elenco ou coisa similar. É a soma do azar com os minutos pesados que os titulares são obrigados a ter. Aí já é papo sobre o estilo de jogo do técnico Tom Thibodeau. Mas mais uma vez é importante dizer: não é algo que, em 2024, descobriram que o treinador trabalha assim. Há mais de uma década existe tal reclamação e é aquela coisa de bônus e ônus. Você, como dirigente, sabe o “pacote Thibodeau” que contratou.
Então, não tem como reclamar agora.
Mas tem azar, viu?
O Knicks pouco jogou com time completo durante a temporada e dois reservas são titulares nos playoffs da NBA.
Na teoria, Isaiah Hartenstein é o suplente de Mitchell Robinson, enquanto Josh Hart pode atuar como substituto em três posições. Então, só por aí, já dá para entender que ter um bom banco faz o time brigar por coisas maiores. Afinal, Hartenstein e Hart estão muito bem nos mata-matas como se fossem os reais donos das posições.
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Hoje, o Knicks não tem Julius Randle, OG Anunoby, Bojan Bogdanovic, além de Robinson. Enquanto Randle e Anunoby estiveram saudáveis, logo depois da troca que a equipe fez com o Toronto Raptors pelo britânico, New York era quase imbatível.
Sério.
Foram 14 jogos juntos, com 12 vitórias. Ou seja, 85.7% de aproveitamento. O problema é que os dois sofreram lesões no mesmo jogo, diante do Miami Heat no dia 27 de janeiro. Mas pela boa qualidade dos reservas, o Knicks seguiu brigando na fase regular da NBA para parecer favorito contra seus oponentes nos playoffs.
Sim, contra o Philadelphia 76ers e Indiana Pacers, o Knicks era o favorito.
Hartenstein, por exemplo, ajuda Jalen Brunson na questão organização, algo que Randle fazia. O mesmo se aplica a Hart. E defensivamente, eles supriram as ausências.
Claro que existe uma perda de qualidade sem Randle e Robinson. É óbvio que o garrafão do Pacers não teria a mesma facilidade que está tendo agora. As penetrações na área pintada seriam muito menores.
Mas quando você perde tantos jogadores, o que sobra no fim das contas? Jericho Sims?
Reservas são bons, mas Knicks sente falta deles assim
Imagine o time com Jalen Brunson, Donte DiVincenzo e OG Anunoby no perímetro, enquanto Julius Randle e Mitchell Robinson cuidam do garrafão. Do banco, saem Josh Hart, Isaiah Hartenstein, Bojan Bogdanovic e Miles McBride. Não precisa mais do que isso em playoffs, até porque as rotações encurtam mesmo. E se você está falando de Tom Thibodeau, até Bogdanovic correria riscos de não pisar em quadra.
No entanto, quatro destes estão fora. Isso faz com que Thibodeau utilize o esforçado Precious Achiuwa, o arremessador Alec Burks e… Jericho Sims. Assim como falei na última gravação do JumperCast, se o treinador tivesse a chance de optar entre uma porta e Sims, ele perguntaria se seria de Mogno ou Cerejeira. O pivô é péssimo mesmo.
Mas se o técnico não pode contar com tantos jogadores bons, como faz? Vai na fé.
Por mais que Jalen Brunson venha jogando em nível MVP (ficou em quinto na votação), vai faltar perna, vai faltar peça. Não tem o que fazer.
Julius Randle, por exemplo, foi convocado para o All-Star Game de 2024. Então, só aí você já tem uma ausência considerável. Mitchell Robinson é melhor que Isaiah Hartenstein, especialmente na defesa. E olha que eu gosto muito do atual titular, mas Robinson já vinha de grave lesão no tornozelo. Aí Joel Embiid fez aquilo que fez e acaba de detonar um cara que tinha grande problema.
Depois, veio a lesão de Bojan Bogdanovic. Por mais que ele tenha espaço menor, ainda é capaz de pontuar do perímetro.
OG Anunoby
São 26 vitórias em 31 partidas (incluindo playoffs da NBA) desde quando OG Anunoby chegou ao Knicks, mas sem bons reservas, realmente fica difícil. Anunoby é um defensor espetacular, mas sentiu uma lesão no segundo tempo do jogo 2. Muscular…
Quando o seu time perde um jogador assim, que com ele tem 83.9% de aproveitamento de vitórias, tudo complica.
Na terceira partida, o Knicks competiu e teve chances de vencer. No entanto, algumas decisões no fim e um Pacers louco para não deixar a série escapar foram suficientes. Por fim, o quarto jogo foi um monólogo de Indiana.
Venceu com talento, velocidade, fisicalidade, bons jogadores e um técnico que sabe extrair do elenco o melhor que possui: o ataque.
O Knicks não sabe jogar uma série no mesmo ritmo. Ao menos, não os jogadores que sobraram. Pode conseguir em uma partida aqui, outra ali. Mas não faz parte da identidade do time. Não é assim que Tom Thibodeau monta seu grupo. Mas terá de se reinventar.
Então, sem OG Anunoby, que consegue dar um maior equilíbrio, o Knicks fica muito mais fraco nos dois lados da quadra.
E agora?
Bem, vai com o que tem, né? O Knicks ainda tem o mando de quadra na série, mas deixou um 2 a 0 virar 2 a 2. Por mais que o próximo jogo seja em casa, é fato que complicou. Seja fisicamente, o moral e tudo mais. Tudo isso sem considerar nada do adversário. Aí, quando você coloca o Pacers na equação…
Na terça-feira, ainda muito provavelmente sem Anunoby, o Knicks entra em quadra para tentar seguir vivo nos playoffs. Caso vença, ainda tem mais duas chances. Se perder em casa, aí acabou. Ao menos, se o Pacers jogar minimamente o que jogou no domingo.
E sejamos sinceros, né?
O Pacers pode não ter sido brilhante nos dois primeiros jogos, mas teve chances reais de vencer com Anunoby e tudo mais. Carlisle vem utilizando bem o banco, apesar de alguns de seus reservas merecerem até mais tempo de quadra.
Mas o fato é que o Knicks terá uma partida para definir sua sobrevida e jogar no ritmo do Pacers. No próprio, com o que tem hoje, vai ficar muito difícil. Na velocidade e com os arremessos de três, por conta de Brunson e DiVincenzo, tem uma chance.
Uma, com três reservas entre os titulares.
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