Todos os jogadores chegam à NBA com o sonho de ser a referência de uma equipe, mas não é assim que funciona. Essa é uma distinção para pouquíssimos. A maioria dos draftados a cada ano, aliás, tem mais chances de não jogarem uma partida na liga do que serem all-stars. Por isso, Khris Middleton está bem em abdicar de ser o líder de uma franquia para ser o “escudeiro” de Giannis Antetokounmpo.
“Todos querem ser o grande astro de um time, mas, às vezes, tudo bem não o ser. É algo para poucos jogadores, afinal. Eu não me importo em ser o coadjuvante de Giannis. Quando você percebe que vencer está acima de tudo, então entende que alguns sacrifícios são necessários. Não tenho problemas em ser o número dois”, afirmou o ala do Milwaukee Bucks, em entrevista ao podcast de JJ Redick.
Middleton é a prova de que ser a referência de uma equipe e um astro da liga são coisas diferentes. O veterano nunca foi o principal jogador do Bucks, mas, ainda assim, foi eleito para o Jogo das Estrelas três vezes. Mesmo sem protagonismo, além disso, ganhou uma vaga na seleção dos EUA nas Olimpíadas de Tóquio. Ser uma referência é uma honra, mas vencer exige sacrifícios.
“Eu acho que todos entendem nesse elenco que, em algum momento, temos que sacrificar algo em nossos jogos pelo bem maior. É o preço de estar em um time vencedor. Mas, por sorte, essa foi uma compreensão que cresceu organicamente em nosso grupo. Contanto que nós estejamos vencendo, eu não tenho motivos para reclamar. É sobre isso”, resumiu o jogador de 32 anos.
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Disputa
Khris Middleton teve a chance de “sair da sombra” de Giannis Antetokounmpo há poucos meses. Ele foi agente livre em julho e especula-se que recebeu interesse sólido no mercado. Decidiu, no entanto, renovar o seu contrato por três anos e US$102 milhões no Bucks. É uma prova que vai além das palavras sobre como o seu compromisso com as vitórias está acima de protagonismos e ego.
“Para começar, nunca houve essa discussão entre Giannis e eu. Com o passar do tempo, nós criamos uma relação de muito respeito durante os treinos intensos e vitórias. Você percebe, então, que nada disso faz diferença. Tivemos guerras em treinamentos, mas, na hora do vamos ver, o nosso trabalho é vencer juntos. E nada mais importa”, cravou o titular do Bucks.
A renovação com Middleton foi um grande negócio para a equipe de Wisconsin. Não só foi abaixo do seu máximo elegível, mas ele poderia ter recebido valor maior de outros times. “Muitas coisas acontecem nessa liga, mas a meta sempre é ganhar. Todos vão ficar contentes e serem bem pagos, afinal, se vencermos. É assim que essa liga funciona para nós”, explicou o experiente pontuador.
Nosso líder
Há jogadores que só aceitam seguir em suas franquias, por exemplo, com alguma promessa de maior espaço. Fecha-se uma renovação alinhada a mais minutos ou participação ofensiva. Middleton e quaisquer outros atletas do Bucks, no entanto, não pensam nisso. Eles querem que Antetokounmpo seja o líder e, assim, estão prontos para “orbitarem” ao seu redor.
“Todos desejam que Giannis seja o nosso líder, comande a equipe e vire um dos candidatos a MVP da temporada. Nós precisamos disso, acima de tudo, para que sejamos bem sucedidos. Então, todos incentivamos isso. E vamos entendendo a nossa função em torno do seu talento”, finalizou Middleton, satisfeito em ser o “número dois”.
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