Fonte: David Sherman / AFPO Minnesota Timberwolves, pela primeira vez em anos, aposta ter elenco capaz de ser um postulante ao troféu Larry O’Brien. O time investiu alto na aquisição de Rudy Gobert e, com isso, as expectativas aumentaram em torno da equipe. Mas essa não é uma jornada simples. Karl-Anthony Towns fez diversos sacrifícios na carreira, mas está pronto para estendê-los por um título para o Timberwolves.
“Fiz sacrifícios em cada nível em que competi, para começar. Sacrifiquei narrativas, por exemplo, sobre mim. Eu coloquei em jogo ser a primeira escolha do draft para jogar em um sistema universitário de elite. Vim para a NBA e sacrifiquei tudo o que podia, em síntese, para tentar chegar aos playoffs. Não é qualquer atleta que está disposto a fazer tudo isso”, desabafou o pivô, em entrevista à rede CBS Sports.
Essas afirmações, no entanto, não encontram tanto apoio assim junto à torcida em geral. Towns é um talento ofensivo extraordinário, mas sempre foi criticado pela falta de esforço no lado defensivo da quadra. Ele acredita que, antes de tudo, essa é uma visão injusta de sua dedicação ao basquete competitivo. O astro enxerga-se como alguém que aplica cada virtude do seu jogo no bem coletivo.
“Sacrifiquei meu corpo nessa liga, mas, mais do que isso, parte da minha vida para ganhar. Abdiquei de mais tempo com minha mãe para estar aqui e, além disso, até sacrifiquei minha imagem junto à opinião pública. E tudo isso, no final das contas, pelo bem dos meus companheiros e dessa equipe”, garantiu o jogador, reclamando sobre uma possível falta de reconhecimento.
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Pressão da vida
Os sacrifícios já feitos ou ainda a serem realizados por Towns por um título para o Timberwolves parecem grandes. Mas não são maiores do que seus compromissos na vida real. Ele tornou-se um dos tutores legais de alguns de seus sobrinhos após perder sete parentes – incluindo sua mãe – para a COVID-19. O Twolves, então, virou um desafio menor diante das dificuldades da vida real.
“Eu não sou um pai ainda, mas meus sobrinhos me veem como uma figura paterna. Acertar um arremesso, então, não é pressão para mim. É o meu trabalho e, acima de tudo, o que faço desde criança. Sinto-me realmente pressionado em casa, pois tenho que criar um jovem homem e uma mulher independente. O basquete é fácil perto disso”, refletiu um dos melhores pivôs da NBA.
Towns apresentou um quadro de depressão depois da morte da mãe, acompanhado pelos fãs nas redes sociais. No entanto, com a ajuda do basquete e da família, está superando o trauma aos poucos. “Minha saúde mental, em síntese, é um processo diário. Estou trabalhando nisso e, por isso, fica mais forte a cada dia. Agradeço a Deus por dar-me forças para seguir crescendo como jogador e pessoa”, concluiu.
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