Fonte: Dustin Satloff/AFPA lenda da NBA Kareem Abdul-Jabbar foi mais um crítico feroz de Kyrie Irving, que foi suspenso do Brooklyn Nets após de promover um filme que discriminava judeus. Segundo o ex-jogador, a postura do astro é inaceitável e está completamente fora da realidade.
“Se ele realmente acha que alguém com milhões de seguidores fazendo discurso de ódio é o mesmo que uma postagem qualquer no Facebook, então ele realmente está desconectado com a realidade. Não podemos cruzar os braços para isso”, afirmou o maior pontuador da história da liga.
O histórico jogador continuou, explicando a falta de bom senso do atleta do Nets. Como exemplo, ele ressaltou que nada de positivo poderia ter saído da publicação em questão. Em outra palavras, pediu mais sensibilidade para ele entender o contexto em que vivemos.
“Irving foi desafiador sobre suas postagens. Podemos ler sua longa, divagante e, às vezes, contraditória defesa. Ele revelou sua falta de consciência de como a história funciona. Não é um bufê à vontade, do qual você pode escolher apenas os pratos que gosta. Desse modo, é preciso entender o contexto”, comentou Jabbar.
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No entanto, nem mesmo o pedido de desculpas nas redes sociais o convenceram. Para Kareem Abdul-Jabbar, Kyrie Irving não parece disposto a mudar de forma genuína, uma vez que ele ocupa uma posição privilegiada.
“Honestamente, há pouca esperança de que ele mude. Ele está isolado pela fama e pelo dinheiro. Além disso, está cercado por pessoas que pensam assim. Desse modo, não há motivação para aprender. Muito menos distinguir propaganda de fatos. Tudo o que resta é que o mundo decida como deve responder a ele”, acrescentou.
Por fim, Kareem voltou a questionar a legitimidade da fala do jogador. A doação feita pelo atleta para instituições que trabalham para erradicar o ódio e a intolerância não serviu para amenizar as críticas de Jabbar. Além disso, ele ressaltou o fato de, em nenhum momento, o jogador ter negado acreditar nestas ideologias.
“O Nets forçou Irving a reconhecer o dano que ele fez e, por isso, doou US$500 mil para grupos que se opõem ao discurso de ódio. Porém, em sua declaração, quase ouvimos seu braço sendo torcido para dizer algumas palavras. Além disso, não houve um pedido de desculpas explícito. Isso, então, nos diz no que ele realmente acredita”, concluiu.
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