Jumper Brasil discute – Aquecimento para o Draft 2016

Integrantes do site e convidados tentam identificar prospectos superestimados, subestimados, apostas seguras e riscos do recrutamento

Fonte: Integrantes do site e convidados tentam identificar prospectos superestimados, subestimados, apostas seguras e riscos do recrutamento

Todos os olhos da NBA estarão voltados para o draft nesta quinta-feira (23). A televisão brasileira não transmitirá o evento, mas convidamos todos a acompanharem conosco o recrutamento, em nosso já tradicional programa ao vivo que atravessa a noite, com equipe completa a postos para deixá-lo atualizado sobre os mais novos jogadores da liga.

Enquanto o draft não chega, aqui está um pontapé inicial nas discussões que vamos ter durante esta quinta-feira. Os dois integrantes do Jumper Brasil responsáveis pela cobertura do recrutamento – Gustavo Lima e Ricardo Stabolito Jr. – se unem aos convidados Gabriel Andrade (do site TimeOut Brasil), Leonardo Sasso (gestor do perfil College Basketball BR no Twitter) e Vitor Camargo (do blog Two Minute Warning) para tentar identificar quem são os prospectos superestimados e subestimados, apostas seguras e riscos.

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Vamos ao trabalho!

 

1- Quem você considera a escolha mais segura deste draft?

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Gustavo Lima: Ben Simmons. Simplesmente porque é o maior talento da classe deste ano e um jogador que combina qualidades poucas vezes vista na NBA.

Ricardo Stabolito Jr.: Brandon Ingram. É, provavelmente, o prospecto que melhor combina as habilidades mais procuradas por olheiros da NBA (arremesso, braços longos, versatilidade de posição) e potencial para ser um astro entre os profissionais no futuro.

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Gabriel Andrade: Buddy Hield. Essa é uma pergunta complicada: apesar de existir boa quantidade de sólidos prospectos, poucos despontam como certezas. De todo modo, Hield parece uma aposta muita certa. É provável que não repita a produtividade da NCAA na NBA, com papel mais limitado contra defesas mais atléticas, mas sua capacidade como chutador é natural e um excelente encaixe com o jogo moderno

Leonardo Sasso: Ben Simmons. Não tenho dúvidas que ele será um all star na NBA. Tem ferramentas únicas e que poucas vezes são mostradas no basquete universitário. Com mais consistência na defesa e melhorando seu arremesso, torna-se um grande jogador.

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Vitor Camargo: Brandon Ingram. Sua combinação de físico e capacidade de arremessar fazem com que seja um encaixe fácil em qualquer time e o prospecto com maior chance de ser, pelo menos, um “bom jogador” neste recrutamento.

 

2- Qual prospecto que provavelmente será selecionado na loteria você não escolheria de jeito nenhum?

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Gustavo Lima: Dejounte Murray. Confesso que não sou muito fã do seu jogo. É um combo guard atlético que sempre procura atacar a cesta, tem um péssimo arremesso e pra lá de questionável tomada de decisões. Seria pesado demais chamá-lo de peladeiro? Enfim, ele vem subindo nas projeções de especialistas dos EUA provavelmente por ter se destacado em treinos – que costumam ser um contra um e, portanto, favorecem jogadores do seu perfil.

Ricardo Stabolito Jr.: Dejounte Murray. Eu simplesmente não sou fã de jogadores que precisam da bola nas mãos e não costumam tomar boas decisões em quadra. Acho que é isso.

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Gabriel Andrade: Dejounte Murray. A loteria confunde muita gente de projeção para projeção: da décima escolha em diante, as coisas começam a se complicar. Ainda assim, um jogador que costuma aparecer nessa faixa e não escolheria é Murray. Embora seja um combo guard bem atlético e com drible promissor, sua falta de arremesso e péssima tomada de decisões não me inspiram confiança para acima do TOP 20.

Leonardo Sasso: Skal Labissiere. Potencial absurdo, mas uma decepção muito grande no basquete universitário. Muitas expectativas foram criadas de que ele seria um pivô dominante. Pouco se viu e, embora a aposta seja válida, pensando no futuro, não o selecionaria na loteria.

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Vitor Camargo: Marquese Chriss. Ele tem subido loucamente nas projeções por conta da combinação de capacidade atlética e arremesso, mas o ala-pivô é um jogador extremamente pouco desenvolvido e com baixo QI de basquete. Possui enormes chances de nunca se desenvolver como o esperado.

 

3- E qual jogador que provavelmente não será selecionado na loteria você escolheria caso estivesse no TOP 14 deste recrutamento?

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Gustavo Lima: Denzel Valentine. Versátil e dotado de alto QI de basquete, ele foi um dos melhores jogadores da última temporada da NCAA e chega praticamente pronto à NBA. Pode contribuir de imediato. Não deverá ser escolha de loteria pela idade e por um suposto problema na cartilagem dos joelhos.

Ricardo Stabolito Jr.: Furkan Korkmaz. Há muitos jogadores que podem se encaixar nesta pergunta, mas eu vou com a escolha mais excêntrica: realmente gosto do pouco que vi do jovem turco. Ele tem potencial para ser um scorer muito especial com a orientação certa.

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Gabriel Andrade: Domantas Sabonis. Existem questões de como seu físico inapropriado para seu jogo vai se encaixar na NBA, mas jogadores grandes com passe, habilidade natural de rebotes e leitura de jogo são muito valiosos, ainda mais com um arremesso que finalmente parece promissor.

Leonardo Sasso: Denzel Valentine. Segundo melhor jogador universitário da temporada passada, ele tem atributos muito interessantes. Bom playmaker, seleciona bem arremessos e apresenta defesa consistente. O único peso contra é a idade, pois já disputou quatro anos em Michigan State.

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Vitor Camargo: Domantas Sabonis. O lituano é o tipo de prospecto de baixo potencial e capacidade atlética limitada que não chama a atenção, mas sua inteligência e versatilidade em quadra sugerem que pode ser bastante útil na NBA moderna. Poderia ajudar qualquer equipe da liga.

 

4- Existe algum atleta que deverá ser escolhido apenas na segunda rodada e você consideraria seriamente selecionar entre os 30 primeiros?

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Gustavo Lima: Rade Zagorac. Apostaria tranquilamente no final da primeira rodada em um ala europeu alto, versátil, habilidoso, inteligente, com visão de quadra acima da média e que movimenta-se muito bem em quadra. Está longe de contribuir de imediato, mas o “mini Bodiroga” é um diamante a ser lapidado.

Ricardo Stabolito Jr.: Caris LeVert. Ele teria sido uma escolha de loteria nos últimos três anos se não fosse por uma série de lesões, então, em um draft como esse, eu apostaria na habilidade dos melhores médicos do mundo em tentarem recuperá-lo para ter um steal em mãos.

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Gabriel Andrade: Rade Zagorac. Ele ficou fora de projeções por começar a temporada lesionado, mas, desde que recuperou-se, assumiu o protagonismo do Mega Leks – time sérvio com outros dois prospectos mais bem cotados (Ivica Zubac e Timothe Luwawu). Não é um jogador pronto, mas é tanto talento natural que vale o risco para uma equipe mais forte no fim da primeira rodada. Alas versáteis, com passe, euro stepsshamgods de 2.05m de altura são raros.

Leonardo Sasso: Jarrod Uthoff. Ele é um dos únicos alas-pivôs do draft que arremessa com consistência do perímetro. Vasto repertório ofensivo, post-ups e bom catch-and-shoot. Posiciona-se bem na defesa, liderou o país em tocos por quase toda a temporada.

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Vitor Camargo: Brice Johnson. O veterano é um fantástico reboteiro, capaz de pontuar no garrafão e proteger o aro até certo ponto. Jogadores mais velhos não chamam a atenção e, às vezes, acabam sendo as melhores barganhas do draft.

 

5- Por fim, com a primeira escolha do draft de 2016, você selecionaria…

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Gustavo Lima: Ben Simmons. Dotado de qualidades poucas vezes vista em prospectos, o australiano tem potencial para ser um jogador diferenciado na NBA. O Sixers literalmente ganhou na loteria.

Ricardo Stabolito Jr.: Ben Simmons. Ele é o maior e mais único talento disponível. É para isso que você seleciona com a primeira escolha do draft.

Gabriel Andrade: Brandon Ingram. Com a chegada de Dario Saric e outros atletas de garrafão já no elenco, selecionar Simmons significaria buscar algo no mercado de trocas para o Sixers. Mas alguns dos prospectos da franquia não atingiram valor de mercado esperado – desde Embiid até Okafor. O time não tem se notabilizado por escolher jogadores de bom encaixe, mas eu gostaria de vê-los começar a construir um plantel que faça sentido. 

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Leonardo Sasso: Brandon Ingram. Por se tratar do Sixers e a falta de arremessadores do perímetro que facilitassem o jogo de Ben Simmons, eu acho que o ex-ala de Duke se encaixaria melhor no sistema atual do time.

Vitor Camargo: Ben Simmons. No fim do dia, ele é o jogador com maior chance de tornar-se um astro na NBA e é isso que você busca com a primeira escolha do recrutamento.

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