Jonathan Isaac participa de “espetáculo do negacionismo” nos EUA

Jogador do Magic aproveitou conferência para justificar não ter tomado vacina da COVID e ajoelhado durante hino do país

jonathan isaac negacionismo eua Fonte: Gary Bassing/AFP

O basquete norte-americano é considerado a ala mais progressista dos esportes de ampla divulgação no país. No entanto, como em todos os setores da sociedade, há vozes discordantes entre os jogadores também. E um atleta da liga reafirmou essa posição. O ala-pivô Jonathan Isaac participou da conferência “ReAwaken America Tour”, evento considerado um “espetáculo do negacionismo” nos EUA.

O encontro abriga os grupos mais conservadores do Partido Republicano do país na propagação de posições questionáveis e teorias da conspiração. O evento também defende a fraude das eleições que teria, como resultado, impedido a permanência de Donald Trump na presidência. O titular do Orlando Magic foi aplaudido de pé ao ser chamado no palco pelo apresentador Clay Clark.

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Isaac, primeiramente, foi questionado sobre a sua posição em relação às vacinas contra o coronavírus. O jovem jogador, afinal, não se imunizou por opção própria. Isso só não teve maior repercussão ao redor da NBA porque, em recuperação de lesão, ele não atuou na temporada. O especialista defensivo, em suma, levantou dúvidas sobre o conteúdo e eficiência do esquema vacinal.

“Para começar, olhando tudo o que estava começando, senti que estávamos sendo forçados. Existia uma enorme pressão. Eu sou jovem, saudável, atleta, não tenho comorbidades e, por fim, já havia contraído a doença. Então, não vi sabedoria em colocar algo no meu corpo que não me impedirá de ter o vírus”, disse o ala-pivô, revelando ser o único integrante do elenco do Magic não imunizado.

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Vidas negras importam?

O principal episódio, porém, que credenciou Jonathan Isaac a participar do “show do negacionismo” foi não se ajoelhar durante o hino dos EUA antes de jogos da NBA. Em 2020, ele foi um dos pouquíssimos atletas que não acataram o protesto pacífico em nome do movimento “Black Lives Matter”. O jogador usou a religião como justificativa na época e, agora, detalhou sua real motivação.

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“Quando George Floyd tragicamente morreu, por exemplo, eu tentei ver tudo da maneira certa. Não quis encarar aquilo como um afro-americano, conservador ou liberal, mas da maneira como Jesus Cristo encararia. Então, escolhi não entrar na guerra entre negros e brancos, direita e esquerda, ajoelhando diante da bandeira. Não foi necessariamente patriotismo, mas uma postura cristã”, explicou.

A participação de Isaac no evento foi, ao mesmo tempo, uma forma de promover seu novo livro. Em “Stand”, o jogador de 24 anos detalha sua decisão de não se ajoelhar com outros atletas da NBA durante o hino nacional. No entanto, antes de deixar o palco, ele tinha um último comentário polêmico. O marcador de Orlando disse que há muitas coisas negativas a serem ditas sobre o “Black Lives Matter”.

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“Eu estava em um podcast e, então, senti que o apresentador queria forçar-me a falar coisas negativas sobre o movimento. Não me entendam mal, pois há coisas negativas a serem ditas. O que tentei, por isso, foi ‘reverter’ tudo o que ele dizia para Cristo. Porque, no fim das contas, será Cristo quem mudará o mundo e não podemos simplesmente calar aqueles que discordamos”, concluiu Isaac.

 

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