Para John Collins, a temporada da NBA foi marcada por reviravoltas até agora. O ala-pivô teve as (altas) expectativas para o ano inicialmente frustradas ao ser flagrado em um exame antidoping ainda no quinto jogo da campanha e ficar fora de ação por 25 partidas. Ao retornar, porém, ele emplacou grandes atuações para consolidar-se como um dos atletas de garrafão mais produtivos da liga com apenas 22 anos de idade.
A dúvida, agora, passa a ser as condições em que o futuro se desenhará para o jovem astro no Atlanta Hawks. Ele vai ser elegível para extensão prévia na próxima offseason e as tratativas devem começar no patamar da recente renovação de Domantas Sabonis com o Indiana Pacers – US$77 milhões por quatro temporadas. O titular do Hawks avisa, no entanto: acredita valer consideravelmente mais do que esses valores.
“Definitivamente, eu sinto ser candidato a um contrato máximo. Quer dizer, os outros jogadores que fazem 20 pontos e dez rebotes por jogo estão nesse patamar. Eu estou nessa condição e sinto que mereço uma extensão assim. Eles vão decidir o que farão, mas fiz por merecer. Sei que uma negociação de contrato, porém, envolve mais do que somente merecimento”, refletiu Collins, em entrevista ao site The Athletic.
As estatísticas, de fato, colocam o ala-pivô em um seleto grupo na NBA atual: ele é um dos três jogadores da temporada a ter médias de 20 pontos e dez rebotes por partida, ao lado dos astros Giannis Antetokounmpo e Nikola Jokic. Mas os números não parecem ser inquestionáveis. De acordo com Chris Kirschner, do The Athletic, os dirigentes de Atlanta ainda têm dúvidas sobre fazer um alto investimento no atleta.
“Acho que sou uma prioridade para o Hawks, em termos de valor para o grupo jovem que estamos montando. Mas até que valor contratual sou uma prioridade? Disso, não sei. Estou em uma situação complicada, mas meu desempenho em quadra já justifica um contrato maior. Eu respeito bastante essa equipe. Será uma questão de descobrir quanto respeitam-me como jogador”, explicou o jovem titular.
E, lógico, sempre há a possibilidade de não acertar uma extensão prévia e aguardar a agência livre restrita em 2021. Collins não descarta esperar, mas avisa que vai deixar suas opções em aberto também. “Se não receber uma extensão e permitirem que seja agente livre restrito, eu não vou levar para o lado pessoal. Mas minhas antenas ficariam em alerta, com certeza. Vou apenas dizer isso. Ficarei alerta”, finalizou.