Fonte: Reprodução / XNenhum jogador despertou tantas polêmicas nas Olimpíadas quanto Joel Embiid por conta da sua escolha pelos Estados Unidos ao invés de França e Camarões. Nascido no país africano, o pivô do Philadelphia 76ers também tem cidadania dos outros países. Então, foi “recrutado” para defender a seleção americana em Paris. Apesar da decisão em 2024, o astro deixou seu futuro em aberto para o futuro.
Em entrevista para o jornalista Ron Kroichick, do portal San Francisco Chronicle, o camisa 11 dos EUA revelou que poderia disputar as próximas Olimpíadas por Camarões. O detalhe, aliás, é que os próximos Jogos Olímpicos serão em Los Angeles, em 2028. Ou seja, pode jogar novamente contra uma torcida contra.
“Honestamente, foi uma ótima experiência estar aqui. Foi diferente de tudo. Fiquei longe da minha família e de casa por algumas semanas. Mas foi mais fácil do que eu achava que seria. Esse grupo fez com que as coisas ficassem mais tranquilas. Paris é muito legal, uma ótima cidade. A próxima será em Los Angeles e quero estar lá. Por fim, pode até ser que eu jogue por Camarões e não pelos EUA, por que não?”, explicou.
O pivô já havia sinalizado antes que, apesar de tudo, o país africano teria sido sua primeira escolha, caso estivesse na disputa olímpica. O craque falou sobre a possibilidade há duas semanas em entrevista ao jornal The New York Times.
“O que posso dizer é que dentro dessa polêmica toda, minha primeira escolha seria Camarões. Se eles conseguirem uma classificação, com certeza vou jogar no time deles. O meu maior sonho é jogar pelo time do meu país de origem”, garantiu.
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A grande questão, no entanto, é se isso é possível. Afinal, Joel Embiid já foi jogador dos EUA em uma competição oficial da FIBA, o que poderia dificultar sua ida ao time de Camarões. Mas existe uma exceção nas regras da entidade máxima do basquete de seleções para isso.
Embiid poderia “trocar de país” no basquete, caso seja comprovado que sua chegada ao time de Camarões seja uma ajuda no “interesse e desenvolvimento do basquete” no novo país. Além disso, ele dependeria de uma liberação dos EUA. Afinal, já tendo atuado na USA Basketball, a confederação, juntamente a FIBA, precisariam aprovar a mudança.
Um requisito também seria a Copa do Mundo da FIBA em 2027. Embiid não poderia atuar pelos EUA. Se não disputar o torneio, se torna elegível a jogar por Camarões.
Um paralelo recente a isso, foi Klay Thompson. O ala do Dallas Mavericks cogitou uma mudança de time, para jogar pelas Bahamas. No entanto, a seleção que conta com nomes como Deandre Ayton, Buddy Hield, Eric Gordon e outros, não conseguiu a vaga. Eles caíram no pré-olímpico para a Espanha.
Tensão com franceses
Embiid tem sido vaiado durante todas as partidas do torneio. O pivô teria se acertado com os franceses e até conseguido um passaporte para se naturalizar, já que não tem nenhuma ligação direta com o país. Mas no fim, recuou, e se juntou aos EUA. Ele foi um dos recrutados por LeBron James, e foi visto como peça chave para a USA Basketball, dada a ausência de pivôs no último Mundial.
Os franceses sonhavam em unir Embiid a Victor Wembanyama e Rudy Gobert, mas não tiveram sucesso. Desde então, a torcida o vaia no torneio, e o jogador responde na quadra com provocações.
A final olímpica, então, promete muito. Já que a decisão da medalha de bronze será justamente entre Estados Unidos e França, neste sábado (10), às 16h30 (horário de Brasília). Em entrevista ao jornalista Tim Reynolds, da agência Associated Press, Embiid mandou um recado para os torcedores.
“Podem continuar me vaiando. Se me vaiarem, vou voltar até vocês e mandar vocês se ferrarem”, concluiu.
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