Fonte: Reprodução / InstagramJJ Redick vive a expectativa de encarar um desafio na carreira: é o novo técnico do Los Angeles Lakers. E, certamente, vai ser uma grande provação. Ele não possui qualquer experiência como treinador ou assistente em um time de basquete organizado. Existe, além disso, a cobrança natural de comandar uma das equipes mais badaladas da liga. Mas ele não tem dúvidas de que foi o passo certo para o seu futuro no esporte.
“Eu senti um chamado, antes de tudo, para virar treinador. Parte disso é que sou um doente e masoquista, mas também quero lidar com as altas expectativas e pressão. Além disso, com a minha aposentadoria, percebi que o que me realiza e motiva é a competição. Gosto da exigência pela performance, colaboração e ser parte de uma equipe”, contou o ex-atleta, em entrevista ao site Lakers Nation.
Depois do fim da carreira como jogador, Redick fez uma transição quase automática para os comentários. Tornou-se um dos analistas mais elogiados da imprensa norte-americana em pouco tempo. Isso supriu a sua necessidade por estar envolvido com basquete, mas ainda não o realizou por completo. Há outras virtudes e ambições que apenas a vida à beira das quadras poderia “exercitar”.
“A liderança e disponibilidade, como disse na entrevista de apresentação, são outras partes importantes da minha decisão. Afinal, eu simplesmente quero ajudar pessoas. Quero ajudar jogadores a alcançarem o potencial deles. Desejo ajudar treinadores e, mais do que isso, empoderar pessoas. E quero, acima de tudo, recolocar o Lakers no topo”, projetou o lendário arremessador.
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Diferenças
O Lakers do técnico JJ Redick, a princípio, projeta ser bem diferente do time que vimos ser comandado por Darvin Ham. Não se trata de jogadores, pois o elenco segue muito parecido com anos anteriores. A franquia angelina, aliás, é uma das poucas ainda sem novidades na agência livre. A questão é que o treinador ambiciona e promete uma equipe mais dinâmica no ataque.
“Nós temos LeBron James e Anthony Davis em nosso time. Ambos vão ser ‘monstros’ ofensivos. Mas, em torno deles, quero que tenhamos mais movimentação. Vamos ter mais jogadores cortando para a cesta fora da bola. Temos que ter atletas dispostos a comprar essa ideia de jogo e atuarem dessa forma, então”, explicou o agora ex-comentarista da ESPN.
O ataque, realmente, é a maior preocupação de Redick. A sua intenção é dar um padrão para uma equipe que viu um pouco desorganizada nos últimos tempos. “O time jogou muito de forma aleatória na última temporada, digamos assim. E, se você olhar para os números, a equipe rendeu bem mais com jogadas desenhadas. É isso, portanto, que vamos fazer”, garantiu.
Comunicação direta
É impossível não ligar a contratação de Redick à amizade que desenvolveu com James. Afinal, ambos gravavam um podcast juntos até o fim da última temporada. Isso era o mais perto de ser técnico que o ex-atleta havia chegado até agora, provavelmente. O craque garante que não teve conexão com a decisão do Lakers sobre o cargo, mas é difícil de acreditar. O novo técnico reforça essa informação.
“Eu não conversei com LeBron até receber a proposta. Então, antes de aceitar, a gente teve uma ligação de 20 minutos. Foi o que me deu confiança para aceitar. No fim das contas, essa é a melhor parte que nós desenvolvemos enquanto parceiros de podcast. Estabelecemos uma comunicação muito aberta e sincera nesses últimos seis meses. É desse ponto que vamos partir agora”, concluiu o treinador de primeira viagem.
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