Fonte: Reprodução / InstagramA conquista do título da NBA pelo Boston Celtics, provavelmente, foi uma jornada mais longa do que Jayson Tatum imaginava. O astro chegou à decisão do Leste em cinco de sete anos de carreira, mas sempre parecia faltar alguma coisa. Demorou para, por fim, alcançar o topo da liga nessa segunda-feira. Ele vê o troféu Larry O’Brien, assim, como ponto final de um processo cheio de experiências doloridas e necessárias.
“Essa é uma noite que vou lembrar para o resto da minha vida, antes de tudo. Do jogo, da celebração e desses momentos. Afinal, nos últimos anos, tivemos algumas derrotas duras em casa nos playoffs. Ter a maior vitória que poderíamos, então, junto ao nosso torcedor foi realmente importante. Só entrei em quadra e fiz de tudo para vencermos aqui”, contou o craque, depois do triunfo decisivo sobre o Dallas Mavericks.
As derrotas e eliminações, no entanto, não foram os únicos fatores que “calejaram” os pés de Tatum até a glória. O ala, mesmo após grandes atuações no passado, passou a ser visto o símbolo dos fracassos do Celtics. Esse é um roteiro muito comum, aliás, na rota de ascensão de vários jogadores de primeira linha da NBA. Mas, logo depois do estouro do cronômetro, tudo fez sentido na mente do líder de Boston.
“É um sentimento incrível e, para ser sincero, ainda não parece real. Só estou tentando aproveitar o momento, pois é surreal. Eu vivi uma montanha-russa de emoções nesses últimos sete anos. Foram muitos altos e baixos, em síntese. As pessoas falaram muita besteira sobre mim e, de alguma forma, você sempre acaba ouvindo. Mas, hoje, sinto que tudo valeu a pena”, desabafou o jogador de 26 anos.
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MVP das finais
Jayson Tatum liderou o Celtics em pontos, rebotes e assistências na jornada dos playoffs até o título da NBA. Foi só o sexto jogador da história da NBA a ser campeão liderando a equipe em todos os quesitos. Mas, como esperado, o prêmio de MVP das finais ficou com o colega Jaylen Brown. Com o troféu Larry O’Brien nas mãos, o ala não mostrou nenhum drama em perder a honraria individual.
“Em primeiro lugar, Jaylen merece os parabéns. Esse prêmio foi muito, muito merecido. Estou contente por ele, pois é um grande reconhecimento ao seu trabalho e basquete. Foi muito bom vê-lo ter esse momento e viver isso ao seu lado. Mas, desde o começo, nosso objetivo era ser campeão. Por isso, contanto que estivéssemos aqui, não nos importava quem seria o MVP das finais”, afirmou o astro.
Brown e Tatum levantaram o título após a sua 107a partida de playoffs juntos. Nenhuma dupla precisou fazer tantos jogos antes de conquistar o primeiro título. “Acho que o mais importante é que eu precisei dele, enquanto ele precisou de mim para chegarmos aqui. Mais uma vez, eu estou tão feliz por Jaylen! É um prêmio que, certamente, ele mereceu demais”, reforçou.
Derrotas e vitórias
Dizem que o caminho das vitórias, de forma invariável, se pavimenta com derrotas. Pois Tatum e o Celtics estiveram nas finais da liga em 2022, quando perderam a série para o Golden State Warriors. É doloroso realizar uma jornada de 100 partidas para, então, ficar a duas vitórias do anel de campeão. Mas, para o craque celta, isso ajuda a engrandecer a campanha de 2024.
“Chegar às finais e perder foi um dos pontos mais baixos da minha carreira. Mas é o que dizem: as derrotas e falhas fazem esse momento ainda mais especial. Você sabe, afinal, como é estar do outro lado e a sensação de ouvir o outro time comemorar. Isso faz com que valorize ainda mais se colocar nessa condição, certamente. É o lugar em que todas as lendas desse esporte já estiveram”, finalizou o futuro integrante do Hall da Fama.
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