Fonte: Logan Riely / AFPAs equipes em reconstrução apostam pesadamente na aquisição de jovens talentos para pavimentar o seu futuro. Ao mesmo tempo, no entanto, os elencos sempre têm um ou mais veteranos isolados. São mentores no processo, acima de tudo. Para Austin Rivers, a direção do Houston Rockets compromete a evolução de Jalen Green e Kevin Porter na NBA com a ausência dessas referências.
“Alguém precisa ensinar Jalen e Kevin a jogarem da forma certa na NBA, antes de tudo. Adoro esses meninos, pois são talentosos e sabem pontuar. Necessitam, no entanto, de veteranos para atingirem o próximo nível. São os atletas experientes, por exemplo, que podem ensinar como ditar o ritmo de um jogo e controlar a armação”, afirmou o ala-armador do Minnesota Timberwolves.
A declaração de Rivers aconteceu após o jogo entre os times. O Timberwolves venceu o Rockets limitando os texanos a 96 pontos e forçando 18 desperdícios de posse. “Nem tudo no basquete são jogadas de isolation. Tudo depende, às vezes, de leituras e decisões rápidas. Então, nesse sentido, a experiência dos veteranos significa muito para jovens”, explicou o atleta de 30 anos.
O elenco do Rockets, a princípio, até possui jogadores mais experientes no elenco. Há dois atletas acima de 27 anos de idade, por exemplo: Boban Marjanovic e Eric Gordon. O pivô sérvio, no entanto, quase nunca fez parte de uma rotação regular na NBA. O pontuador, enquanto isso, vive envolto a rumores de saída.
“Se fosse jogador de Houston, eu estaria no ouvido desses dois garotos o tempo inteiro. Eles iriam me odiar, mas isso seria muito bom para o desenvolvimento deles. O problema não é Kevin, Jalen ou mesmo o treinador do time. É preciso colegas, sobretudo, que guiem os mais jovens pelo período de adaptação à liga. Seriam melhores se tivesse isso”, garantiu Rivers.
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Sem evolução
Não é preciso ser um grande analista para ver os problemas do Rockets. A equipe possui a pior campanha da liga, com dez vitórias em 40 partidas. Tem, ao mesmo tempo, a maior taxa de turnovers e a menor taxa de assistências da temporada. É, por fim, só o 18º time com maior média de passes distribuídos por duelo. Gordon admitiu recentemente que não vê avanços no desempenho em quadra.
“Sinceramente, eu não vejo evolução nessa equipe desde o começo da temporada. Convivemos com os mesmos problemas, afinal, o ano inteiro. Não somos um dos melhores times, então trabalhamos com uma margem de erro bastante pequena. Para uma equipe assim, vejo que temos problemas demais. Mentalidade, espírito coletivo e muito mais”, criticou o experiente ala-armador.
Assim como as estatísticas mostram, Gordon acredita que o grande problema do Rockets é o senso de grupo. E Green e Porter, por enquanto, são os titulares da armação de Houston. “Nós precisamos jogar uns pelos outros e, como resultado, fazermos o melhor para todos. Se for assim, tudo fica mais divertido. Porque, acima de tudo, vamos ter mais chances de vencer”, resumiu.
Regularidade
O fraquíssimo rendimento do Rockets, combinado à estagnação de Jalen Green e Kevin Porter, aumentam as especulações em torno de Stephen Silas na NBA. E, na visão do técnico, o problema do time texano é um pouco diferente do relatado por Gordon. Ele acredita que a equipe não consegue “decolar” por causa da irregularidade comum a um elenco essencialmente jovem.
“Nós temos que compreender que essa liga gira em torno, sobretudo, de jogar de forma consistente. Ser regular, em síntese. Infelizmente, nós somos uma equipe extremamente instável. Temos muitos ótimos momentos e, da mesma forma, os instantes de ‘baixas’ bem acentuadas. Estamos trabalhando, então, para manter um padrão no meio termo”, avaliou o jovem treinador.
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