Fonte: Ethan Miller / AFPÉ natural esperar a evolução técnica de um jogador em sua segunda temporada na liga. Mas, para Jabari Smith, isso já não basta: ele mira melhorar a ponto de ser reconhecido com um prêmio da NBA. A terceira escolha do draft de 2022 entende que foi uma decepção por não ser eleito para o time ideal de calouros da última campanha. Planeja, então, ter uma trajetória bem diferente como sophomore.
“O meu maior objetivo, para resumir, é ser mais consistente. Eu quero ser o atleta que posso todos os dias. Entrar com um mesmo pensamento em todos os jogos e, assim, impactar vitórias. Isso é o mais importante. Posso anotar dez ou 20 pontos por noite, mas quero que signifiquem algo. Desejo, certamente, levar o prêmio de jogador que mais evoluirá em 2024”, cravou o ala do Houston Rockets.
Espera-se um crescimento de produção de Smith, mas o objetivo é ambicioso não só pela natural dificuldade. Existe uma resistência dos votantes em selecionarem segundo-anistas para o prêmio, pois eles têm uma evolução quase automática. É uma questão de adaptação e vivência, em síntese. Mas, para um talento desse nível, é preciso pensar com ousadia tanto individual, quanto coletivamente.
“Eu estou trabalhando duro nessa offseason para alcançar os meus objetivos. Por que, então, não mirar alto e tentar algo grande? Se eu tiver sucesso, já sei que a nossa equipe também vai ter. E não há outro resultado que simbolize sucesso do que uma classificação para o play-in ou playoffs. Sinto que, por fim, precisamos estar na pós-temporada”, completou o atleta de 20 anos.
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Evoluindo…
A temporada de estreia de Smith foi ilustrativa, a princípio, sobre a instabilidade de um novato. Ele teve muitas dificuldades com o arremesso e passou longe de ser o defensor de alto impacto que projetava no início da campanha. Mas “cresceu” ao longo do ano. Marcou quase 15 pontos por jogo e 45% dos seus arremessos de quadra depois da parada do Jogos das Estrelas, por exemplo.
“Para começar, eu acredito que Jabari melhorou a cada jogo da última temporada. Acho que o seu problema, a princípio, foi realmente com o aspecto físico do jogo. Mas evoluiu também nesse sentido. E, além disso, o reconhecimento do que está acontecendo em quadra. No entanto, esse é um problema bastante comum em calouros”, avaliou o gerente-geral do Rockets, Rafael Stone.
A defesa, assim como o ataque, teve uma melhora sensível ao longo da campanha. Mas o executivo ainda vê espaço para mais efetividade. “Jabari, certamente, não tem problemas para manter-se à frente do jogador com a bola e defender várias posições. Mas identificar quando fechar na ajuda e as ações dos outros times, em particular, é algo em que só tende a melhorar”, explicou.
Primeiro passo
O início da jornada de Jabari Smith em busca do prêmio de jogador que mais vai evoluir na NBA começou em Las Vegas. O ala só disputou dois jogos na Liga de Verão, mas deixou a sua marca. Provou que já é bom demais para esse nível de competição. Foi o cestinha do torneio, em primeiro lugar, com 35,5 pontos por partida. Com isso, acabou escolhido para o quinteto ideal de verão.
“Ime [Udoka, técnico] me disse simplesmente para ser um líder durante os jogos. Tenho que exercitar e, mais do que isso, usar a minha voz. Foi o que tentei fazer. Afinal, é melhor aprender a liderar cedo na carreira do que deixar para depois. E, além disso, ter foco na defesa para achar as minhas formas de ajudar o time. No fim das contas, tudo gira em torno de impactar vitórias”, concluiu.
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