Fonte: Scott Cunningham / AFPO comportamento de um jogador fora de quadra muda a forma como vemos o seu desempenho? Essa é uma pergunta recorrente, pois as figuras polêmicas sempre ganham um protagonismo nos esporte. Para a cobertura de basquete da ESPN, a resposta para essa questão parece ser sim. Ja Morant, afinal, teve uma queda de 26 posições no tradicional ranking do site antes da temporada da NBA.
“Os problemas fora das quatro linhas ofuscaram o basquete brilhante de Ja. Perdeu uma seleção para os quintetos ideais da temporada passada, em grande parte, por causa de uma suspensão de oito jogos da liga. Também não vai ser elegível a um contrato supermáximo. Por fim, ainda recebeu um ‘gancho’ para as primeiras 25 partidas da campanha”, explicou o repórter Tim MacMahon.
Morant havia sido ranqueado como o nono melhor jogador da NBA antes da última temporada. Agora, aparece só na 35ª posição geral. Ele virou um alvo da NBA em termos disciplinares depois de várias exposições públicas com armas de fogo nas redes sociais. Foram duas punições da liga, além de um afastamento do elenco do Memphis Grizzlies para aconselhamento, em menos de seis meses.
“O meu filho entrou em problemas por causa das pessoas em torno de si. Isso é um produto, então, de suas decisões. Qualquer pequena tomada de decisão pode fazer uma diferença enorme em sua vida. Tudo o que Ja vive, por isso, é uma lembrança para que sempre busquem as decisões certas. Façam o correto em suas vidas”, ressaltou o pai do jogador, Tee Morant.
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Babysitter
Os desvios de conduta e saúde mental do jovem astro tornaram-se um dos temas mais debatidos da offseason do Grizzlies. Afinal, o que é possível fazer para colocá-lo de volta aos eixos? Esse dilema, aliás, ditou uma das contratações do time para a próxima temporada. Derrick Rose chegou à franquia como um reserva para a armação, mas também um tipo de mentor para Morant. Mentor, não babá.
“Eu estou em uma posição muito gratificante, antes de tudo. Muitas pessoas olham para o jogo de Ja, afinal, e comparam a mim. Mas sei que ele está em outro nível. Isso não quer dizer, no entanto, que não jogarei. Não vim para cá só para ser um babá ou seguir Ja por aí. Nem para ser um fã dele. A minha função, para resumir, será motivá-lo a trabalhar mais”, cravou o veterano.
Rose sempre reforçou que a sua influência em Morant precisa acontecer dentro das quatro linhas. Ou seja, no dia-a-dia de trabalho e experiência de jogo. Sabe, no entanto, que não pode haver deslizes. “Posso mostrar para Ja quando ser mais maluco e acalmar o jogo. Mas, deixando claro, eu digo ser maluco em quadra. Estritamente dentro de quadra”, finalizou o ex-MVP da liga.
Jogo emblemático
A posição de Ja Morant no ranking da ESPN vai causar algum comentário no meio da NBA. Outro ponto trazido pelo site, no entanto, é menos polêmico. Além de um breve comentário sobre o jogador, existe a indicação de um jogo emblemático na campanha do atleta. Aquele que você não deve perder. No caso de um astro que vai ficar 25 partidas afastado, a escolha é óbvia.
“A partida contra o New Orleans Pelicans, em 19 de dezembro, está marcada desde que o calendário saiu. Será o 26º compromisso da temporada da franquia. Ou seja, deve ser a estreia de Ja. Mas isso pode mudar a depender de alguma determinação de Adam Silver sobre as ações disciplinares do jogador. Por enquanto, esse deve ser o seu primeiro jogo”, apontou MacMahon.
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