Já foi?

Cavs perde a grande chance de fazer frente ao Warriors e título parece cada vez mais próximo de Oakland

Fonte: Cavs perde a grande chance de fazer frente ao Warriors e título parece cada vez mais próximo de Oakland

Confesso: eu acreditava no bicampeonato do Cleveland Cavaliers. Não por considerar o time melhor que o Golden State Warriors, até porque não é, assim como no ano passado. Mas particularmente, pensava que o fator LeBron James seria suficiente para vencer seus dois primeiros jogos em casa e, a partir daí, com ajustes necessários, chegaria novamente ao título. Só que do outro lado tem um sujeito chamado Kevin Durant. E ainda: Stephen Curry mordido.

Sim, Durant queria o primeiro anel de campeão após perder pelo Oklahoma City Thunder para o Miami Heat. Ele não foi até Oakland para ser mais um ou apenas para brincar. O cara estava em busca de fazer história na NBA. Escrevo no passado, pois acho que, no máximo, teremos jogo até segunda-feira. A tendência é que acabe na próxima sexta-feira, aliás. E Curry, depois de ser MVP em 2014-15 e não conseguir o mesmo nas finais — o prêmio ficou com Andre Iguodala — estava pronto para brilhar. Tudo bem que em 2015-16, ele ficou abaixo do esperado, porém o time de agora é bem mais forte e consistente dos dois lados da quadra. Após três jogos, três vitórias do Warriors. Curry pode até não ser o MVP da série decisiva, mas terá tempo para isso na carreira. Esse é de Durant.

Publicidade

Por mais que eu ache possível o Cavs vencer o quarto jogo das finais, o momento passou. E passou para muito longe. Tinha uma opção na noite de quarta-feira e não conseguiu. Foi como um balde de água fria, depois de estar vencendo por sete pontos durante o quarto período e controlar o placar até quase o fim. O problema é que, de novo, do outro lado estava Durant. O impiedoso Durant. Ele foi frio e decisivo. Pegou a bola e colocou debaixo do braço para garantir que o título não sai de suas mãos dessa vez.

Uma coisa ficou clara, ao meu ver, durante esses jogos: o Warriors pontua com tranquilidade, sem pressão, por vezes, com jogadores desmarcados. Já o Cavs, só em “partos”. Ou era com Kyrie Irving driblando até a Doris Burke ou com LeBron, partindo para cima do adversário. Eles foram responsáveis por 77 dos 113 pontos de Cleveland, ou 68.1%. Faltou ajuda, mesmo que J.R. Smith tenha entendido que as finais começaram somente agora. Levou 11 pontos em 138 segundos e não reagiu. A chance que teve, após a cesta de três de Durant, a reposição de bola foi lamentável. Colocaram a laranja nas mãos de LeBron, no canto da quadra, sem espaço para poder criar nada. Ou arremessava ou acontecia o que aconteceu: Iguodala mitou! Podia chegar ao empate ali e, eventualmente, teríamos a primeira prorrogação das finais desse ano. Não aconteceu. Execução errada.

Publicidade

Tenho certeza que alguns vão reclamar da postura de James, ao passar a bola para Kyle Korver, com 52 segundos para o fim. Mas eu não vejo essa falha. Você tinha em quadra o melhor arremessador de três em aproveitamento pela quarta temporada na carreira — a terceira em quatro anos— e jogando bem.

Tristan Thompson está perdido no meio dessa correria. Kevin Love, pasmem, defendeu melhor do que atacou na terceira partida. Deron Williams errou os 11 arremessos tentados nessas finais. Channing Frye nem saiu do banco. O Cavs dependeu de James e Irving em demasia, como em outros momentos da temporada. Não vai dar.

Publicidade

E o que é esse Warriors, hein? Um time que já era vencedor, agora é histórico. Em relação ao ano passado, tinha Draymond Green com a cabeça no mundo da lua e o pé na linha da cintura do oponente. Harrison Barnes perdeu o saquinho de mira. Andrew Bogut, machucado. Curry, abaixo do que se espera de um segundo MVP, sendo o último unânime. Hoje, Green é completo e com as ideias no lugar. Barnes foi embora, assim como Bogut. Durant chegou, contestado por sua decisão na offseason, mas cala seus críticos jogando como um real candidato a melhor jogador da atualidade, enquanto Curry faz números de MVP das finais, mas não vai levar porque o camisa 35 está em outro patamar.

Publicidade

Você pode até reclamar sobre Durant, o que é natural. No entanto, desde que o mundo é mundo, times se reforçam em busca do título com o que podem. E convencê-lo não deve ter sido uma tarefa tão difícil. O anel fala mais alto em qualquer lugar, desde que exista uma franquia organizada e em busca de fazer história. E o Warriors está fazendo.

Últimas Notícias

Comentários