Isaiah Collier

O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024″ com Isaiah Collier. O armador chegou à USC como um dos principais prospectos da classe, mas perdeu muito prestígio com a problemática temporada do programa. Confira a análise do site para essa possível escolha de loteria do recrutamento.

Idade: 19 anos
País: EUA
Time: USC
Posição: armador
Altura: 6’3.75″ (1,92m)
Envergadura: 6’4.75’’ (1,94m)
Peso: 92,8 kg

Médias nesta temporada (NCAA): 16,3 pontos, 2,9 rebotes, 4,3 assistências, 1,5 roubo de bola, 0,2 toco, 3,3 turnovers, 49,0% nos arremessos de quadra, 33,8% nas bolas de três pontos (com 3,0 tentativas por jogo) e 67,3% nos lances livres (em 5,8 tentativas) em 29,8 minutos por jogo

Atributos físicos e atléticos

– Collier, antes de tudo, oferece combinação de estatura e envergadura adequada para um armador profissional. No entanto, parece e “joga” mais alto por causa de sua força física e estrutura corporal;

– É um jogador com ótima condição atlética, em particular, pela velocidade. Tem um “primeiro passo” (disparada) explosivo, revelando-se difícil de conter até em espaço curto e meia quadra;

– Como já citado, trata-se de um armador muito forte e com corpo preparado para a competição profissional. Os seus quase 93 quilos, aliás, superaram vários alas que participaram do Combine.

Ataque

– Coloca pressão nas defesas o tempo inteira como um infiltrador de elite. A explosão e capacidade de absorver contato fez com que estivesse sempre no garrafão na NCAA, mas também cobrasse quase seis lances livres por jogo;

– Joga no ritmo que a NBA atual quer, pois impõe velocidade sempre que está com a bola. Força o jogo de transição para atacar quadra aberta e, com isso, faz com que defesas estejam sempre correndo para trás;

– Collier é um ótimo finalizador em torno do aro, em síntese. Compensa a falta de um arsenal mais vasto com muita criatividade, uso da condição atlética e (subestimado) trabalho de pés para fintas;

– Não foi exigido nesse quesito, mas o prospecto apresenta um bom potencial enquanto reboteiro. Isso é um bônus importante porque, com a ascensão das formações baixas, precisa-se de alas e armadores que ajudem na tábua;

– Mostra muito potencial operando no pick-and-roll, embora não seja o “carro-chefe” do seu jogo. Pode punir defesas com o arremesso de média distância, enquanto se sente confortável para fazer passes em movimento;

– É um grande passador em janelas curtas no garrafão e espaços curtos, por exemplo. Impressiona a quantidade de passes difíceis que distribuiu já dentro da área pintada para pivôs cortando para a cesta;

– O jogo de Collier, a princípio, encaixa-se muito melhor na NBA do que no basquete universitário. É provável que nenhum outro prospecto da classe se beneficie mais do espaçamento ofensivo da liga.

Defesa

– Apresenta potencial para ser um defensor no ponto de ataque e quebrando linhas de passe por causa da imposição física. Teve média de 1,5 roubos de bola em sua única temporada na NCAA;

– Mas, no geral, Collier é um defensor decepcionante no um contra um. Sinto que tem um posicionamento ruim (cobre pouco espaço para o corpo que tem) e, além disso, é um pouco lento lateralmente;

– Não melhora muito quando o assunto é a defesa coletiva e participação em esquemas. Exibe, em particular, uma tendência estranha a ficar preso em bloqueios para um armador com o seu físico;

– Collier é um marcador com problemas que, certamente, vão além dos fundamentos. Realmente possui questões que podem ser corrigidas (posicionamento, entendimento, leituras), mas, acima de tudo, precisa ser mais esforçado.

Pontos fracos

– Faz a transição rápida para o ataque, mas, assim que chega à quadra ofensiva, sinto que segura a bola um pouco demais. Precisa começar a movimentação de bola mais rápido para comandar um ataque na NBA;

– Foi um caminhão de turnovers no basquete universitário. A sua tomada de decisão tem que ser apurada, pois possui o preocupante costume de atacar e tentar passes em pontos “povoados” da quadra;

– O aproveitamento de Collier nos arremessos não é terrível, mas não sinaliza que vá ser um ótimo chutador. Nunca foi o “carro-chefe” do seu jogo, para começar. Exibe forma inconstante e acertou menos de 68% dos seus lances livres na última temporada;

– Não vejo grande potencial como um criador de arremessos para si, pois não é exímio criador de separação para marcadores. Aliás, acho que o seu controle de bola é bem básico para um armador profissional;

– A proporção de assistências por desperdícios de posse costuma ser um indicativo da inteligência e qualidade de passe. Convenciona-se pedir que armadores tenham 2,0 passes decisivos por erro, mas Collier distribuiu anêmicos 1,3;

– Ao longo de um jogo, a impressão é que pode fazer o tudo mais fácil para si mesmo. Tenta passes em janelas muito curtas e arremessos bem contestados, por exemplo. Ou seja, parece sempre buscar o mais difícil;

– Afinal, como Collier contribui para o meu time se não tiver a bola nas mãos? Teve uma taxa de uso de posses altíssima por onde passou, incompatível com o seu provável espaço ao chegar na NBA.

Conclusão

Collier foi mais um dos candidatos a primeira escolha do draft que não corresponderam às expectativas. Encarou um cenário fadado ao fracasso em USC, mas isso não o exime de culpa. Ninguém duvida que, sobretudo, o talento segue ali. No entanto, como você trabalha na NBA atual com um armador que precisa tanto da bola nas mãos sem arremesso? Ainda existe lugar para esse tipo de atleta?

Comparações: Eric Bledsoe (ex-Clippers) menos atlético

Projeção: TOP 20

Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Isaiah Collier

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Isaiah Collier – NBA Draft 2024

Armador de USC é projetado como uma possível escolha de loteria no recrutamento desse ano