Fonte: Rocky Widner / AFPA torcida do New York Knicks não esperava a aquisição de OG Anunoby em troca de Immanuel Quickley. E ninguém está arrependido, certamente, pois a equipe ainda não teve derrotas com o especialista defensivo no elenco. Mas, além dos fãs, até o próprio armador ficou surpreso com a transação. Embora já esteja atuando (bem) no Toronto Raptors, ele admite que ainda não absorveu totalmente a saída de Nova Iorque.
“Todos sabemos que essa liga é um negócio. Mas, quando acontece do nada, é duro. Foi chocante para mim porque não havia especulações. Só acordei em um hotel de Indiana depois de um cochilo e tinha uma mensagem de texto do meu empresário. ‘Ligue para mim. Você está sendo trocado’. Foi rápido, direto e, sobretudo, sem aviso. Ainda estou um pouco em choque”, contou o jogador, em texto ao site The Players’ Tribune.
Existia uma ausência de rumores mesmo, mas a negociação não veio do nada. Quickley e o Knicks não chegaram a um acordo para uma extensão prévia durante a offseason. Especulava-se que ele teria interesse em deixar a franquia para ser titular por outro time. A perspectiva de saída como agente livre, então, era real. Mesmo assim, nada disso poderia prepará-lo para o impacto do fim da história.
“O meu coração simplesmente parou. Não parecia real. E, antes que conseguisse entrar em contato com o meu agente, a direção do Knicks já estava ligando. Não era um dos assistentes, mas um dos ‘chefões’. E, assim que atendi, ele começou a chorar. Soube, então, que não era um sonho ou coisa do tipo. Aquilo era real: a minha carreira em Nova Iorque tinha acabado”, lembrou o atleta de 24 anos.
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Em choque
O choque com a troca, a princípio, deve-se à história que Immanuel Quickley construiu no Knicks. Os nova-iorquinos adquiriram os direitos sobre o armador ainda no dia do draft, após ter sido selecionado na 25a posição geral. Ele saiu de um jogador fora da rotação para tornar-se finalista do prêmio de melhor reserva da liga. Mais do que isso, ele virou um homem com o uniforme da franquia.
“Eu ainda estou em choque porque cresci em Nova Iorque, de certa forma. Quando eu fui selecionado no recrutamento, tinha 21 anos. Ainda me sentia um garoto naquela época. Eu tenho a lembrança, por exemplo, do primeiro dia no centro de treinamento da equipe. Lembro da distribuição dos coletes e não estar entre os dez primeiros. Foi o momento para entender o nível em que estava chegando”, relembrou o armador.
A recepção no Knicks, por mais que já fosse esperada, serviu como um chamado da realidade. “Eu vinha de dois anos em Kentucky após ser um dos melhores jogadores colegiais do país. Fui o MVP da conferência SEC e, logo em seguida, uma escolha de primeira rodada de draft. Mas, mesmo assim, não seria nem o reserva imediato. Ali, você acorda para a vida”, explicou.
Encaixe ideal
Mas, agora, a única opção que Quickley tem é olhar para frente. Ou seja, projetar o seu futuro com espaço bem maior no Raptors. Os canadenses pareciam ter uma lacuna na armação desde a saída de Fred VanVleet. Por isso, o técnico Darko Rajakovic viu a aquisição do armador como um reforço pontual e encaixe ideal para o seu time.
“Immanuel encaixou-se muito bem aqui. É um armador, antes de tudo, capaz de fazer muito com a bola nas mãos. As defesas não podem se precipitar contra ele, pois tem uma grande combinação de arremesso e velocidade. Cria-se, com isso, espaço para todos os outros atletas em quadra”, avaliou o treinador.
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