Ídolo, Tracy McGrady entra no Hall da Fama e garante: “Mereço estar aqui”

Ex-astro foi grande nome da classe de homenageados do Naismith Memorial neste ano

Fonte: Ex-astro foi grande nome da classe de homenageados do Naismith Memorial neste ano

“Eu mereço estar no Hall da Fama”

Tracy McGrady era dono de um dos casos mais polarizantes da história recente da NBA em termos de eleição para o Hall da Fama. O comitê de aceitação do Naismith Memorial, porém, teve bem menos dúvidas do que o grande público. O ex-astro de Toronto Raptors, Orlando Magic e Houston Rockets entrou no templo máximo do basquete em cerimônia realizada nesta sexta-feira, após ser homenageado logo no primeiro ano de elegibilidade.

Publicidade

“Tinha zilhões de motivos em minha cabeça sobre o porquê não deveria estar aqui. Comecei a pensar em todos os grandes craques da história da NBA e comparei-os comigo. É muito fácil focar-se naquilo que você não possui ou não conseguiu, mas sou agradecido pelas pessoas que acreditaram em mim, talvez quando eu mesmo não acreditava”, contou o craque, que nunca liderou uma equipe além da primeira rodada dos playoffs, em seu discurso de agradecimento.

Publicidade

McGrady escolheu o ex-armador Isiah Thomas como padrinho de entrada no Hall da Fama. O ídolo do Detroit Pistons era o vice-presidente de operações e dirigente-mor do Raptors quando a franquia escolheu o ala-armador com a nona escolha do draft de 1997. O mais novo integrante do Naismith Memorial escolheu o veterano por ter sido aquele que apostou em seu talento, mesmo quando muitos – até em Toronto – duvidavam e viam-no só como primo de Vince Carter.

“Eu não sei o que você enxergou, irmão, mas reconheceu meu talento lá em 1997. Um garoto de 18 anos, saído do colegial. Te agradeço por realizar o meu sonho ao selecionar-me no recrutamento. Foi tudo para mim. Mas a sua melhor decisão foi demitir o meu primeiro técnico. Aquele que criticou-me, disse que não jogaria três anos na NBA. Ele não estava errado? Muito errado!”, lembrou o sete vezes all star, referindo-se a Darrell Walker, que comandou-o por meia temporada.

Publicidade

Outra pessoa fundamental para que McGrady realizasse o sonho de jogar basquete profissionalmente foi Sonny Vaccaro. O ex-jogador precisou parar seu discurso e quase chorou ao falar do executivo da Adidas, que estava na plateia da cerimônia, responsável pelo convite que mudou sua carreira. Em 1996, o então desconhecido colegial e considerado 175º melhor prospecto dos EUA colocou seu nome no mapa em um campo de basquete promovido por Vaccaro.

Publicidade

“Eu fui o último moleque a ser convidado para aquele evento. Você me deu aquela camisa 175. Ninguém tinha ideia de quem era Tracy McGrady naquela época. Você deu-me uma chance, joguei contra os melhores prospectos do mundo e fui embora como o melhor jogador do país. De 175 para 1. Muito obrigado, Sonny!”, agradeceu o cestinha da liga em 2003 e 2004, que tinha o jovem Lamar Odom como grande adversário naquele campo.

Por fim, entre recordações sobre jogadores e técnicos que marcaram sua carreira, McGrady separou um espaço para exaltar sua grande plataforma para o estrelato. “Eu tenho que agradecer a NBA. Você mandou-me a lugar ao redor do mundo que nunca soube que existiam. Minha vida ficou mais rica com essas experiências e as pessoas que conheci nessa jornada”, exaltou um dos ídolos da liga na última década, que deu muito em troca à NBA e seus fãs.

Publicidade

Últimas Notícias

Comentários