Fonte: Nathaniel S. Butler//AFPOs estereótipos e clichês da NBA indicam que os jogadores brancos são menos atléticos e piores defensores do que os negros – o que, no fim das contas, todos sabem que não passa de um “lugar comum”. Mas, às vezes, até parece que os times da liga realmente acreditam nisso. O ala-armador Tyler Herro, por exemplo, admite ter a impressão de que é tratado como um constante “alvo” na defesa pelos oponentes simplesmente por ser um atleta branco.
“Sim, eu sinto que as equipes vêm atrás de mim no último quarto dos jogos por ser um branco com braços curtos. Eu e Duncan [Robinson] conversamos e já sabemos, a essa altura, que irão nos atacar não importa o que façamos. Nós podemos mostrar a melhor defesa do mundo que eles vão vir atrás de nós na próxima posse novamente. É assim que funciona mesmo”, disse o jovem do Miami Heat, em bem-humorada entrevista ao podcast do veterano J.J. Redick.
Redick não fez a pergunta ao acaso: ele também é branco e tem essa mesma impressão após mais de uma década de experiência na NBA. “Eu sinto que houve vezes em que já consegui parar o meu adversário em cinco de seis posses e eles continuam chamando o bloqueio para tentar me expor novamente. O que dizer, né? Ok, então eu marcarei seu melhor jogador mais uma vez!”, concluiu o arremessador do New Orleans Pelicans, aos risos com seu convidado.
Outra explicação para Herro e Robinson serem “alvos” dos ataques adversários na liga é a inexperiência de ambos: o primeiro acaba de disputar a temporada de calouro depois de ter sido escolhido na loteria do draft de 2019, enquanto o segundo caminha para sua terceira campanha na NBA. Herro, especificamente, teve médias de 13.5 pontos (com quase 39% de aproveitamento nos arremessos de longa distância) e 4.1 rebotes em 55 partidas disputadas no ano de estreia na NBA.
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