Guia do Play-in – temporada 2022/23 da NBA

Confira tudo sobre a repescagem, que dá quatro vagas aos playoffs

guia play-in nba temporada 2022/23 Fonte: Bob Levey / AFP

A temporada regular 2022/23 da NBA acabou e, a partir de terça-feira, começa a disputa pelas últimas vagas para os playoffs via play-in. Ou seja, a repescagem. Oito times disputam quatro lugares, sendo dois do Leste e dois do Oeste. Veja como serão os confrontos e as datas.

Antes de qualquer coisa, é necessário entender como funciona o play-in.

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Os seis primeiros colocados de cada conferência estão nos playoffs. Então, do sétimo ao décimo lugar disputam duas vagas para a fase decisiva. No primeiro confronto, o sétimo enfrenta o oitavo. O vencedor fica com a sétima posição nos mata-matas. Pelo Leste, o Boston Celtics aguarda quem ficar ali. No Oeste, quem espera é o Memphis Grizzlies. As partidas entre 7° e 8° acontecem na terça-feira. Então, quem perder aqui, pega o vencedor dos jogos de quarta-feira.

Depois, na quarta-feira, tem o 9° contra o 10° das duas conferências. O vencedor encara o perdedor entre 7° e 8°. Já o perdedor, está fora da temporada.

Por fim, na quinta-feira, acontecem os últimos jogos. Os vencedores ficam com a oitava posição. Portanto, no Leste ele encara o Milwaukee Bucks e, no Oeste, o Denver Nuggets.

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Calendário do play-in da temporada 2022/23 da NBA

Terça-feira, 11/04

1. Atlanta Hawks x Miami Heat – 20h30* (TNT, Gaules)
2. Minnesota Timberwolves x Los Angeles Lakers – 23h (TNT, Gaules)

Quarta-feira, 12/04

3. Chicago Bulls x Toronto Raptors – 20h (ESPN 2)
4. Oklahoma City Thunder x New Orleans Pelicans – 22h30 (ESPN 2)

Sexta-feira, 14/04

Perdedor do jogo 1 x vencedor do jogo 3 – 20h30
Perdedor do jogo 2 x vencedor do jogo 4 – 23h (ESPN 2)

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*Horários de Brasília

Leste

7°. Miami Heat (44-38)

Sem convencer durante a temporada regular, o Miami Heat conseguiu vaga no play-in como prêmio de consolação. Embora conte com Jimmy Butler, Bam Adebayo e Tyler Herro, a equipe da Flórida jamais superou o sexto lugar no Leste. Então, não chega a ser exatamente uma surpresa ficar fora da classificação direta.

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Por outro lado, o Heat aparece como o favorito diante do Atlanta Hawks. Durante a fase regular, o time venceu três dos quatro confrontos contra o Hawks, enquanto a única derrota aconteceu em janeiro.

Apesar de a defesa de Miami ser boa, o ataque é extremamente lento. De um dos lados da quadra, o Heat é o que menos pontua (109.3 pontos), tem o segundo pior ritmo (96.2) e o sexto pior offensive rating (112.9). Defensivamente, entretanto, a situação é o oposto. Tem o oitavo melhor defensive rating (113.4) e é o segundo que menos sofre pontos (109.8).

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Destaques: Jimmy Butler, Bam Adebayo e Tyler Herro.

8°. Atlanta Hawks (41-41)

O Atlanta Hawks teve uma temporada difícil, sem conseguir sequências de vitórias. Como resultado, o técnico Nate McMillan perdeu a queda de braço com Trae Young e foi demitido. Quin Snyder assumiu, mas o Hawks ainda não conseguiu engrenar. Young é o grande nome da equipe, mas o astro não está em seu melhor momento.

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A má fase de Young, entretanto, é uma preocupação. Nas últimas sete partidas que disputou, o armador produziu 20.6 pontos, 11.3 assistências, mas cometeu 4.3 erros de ataque e converteu 39% dos arremessos. Por fim, nos de longa distância, ele converteu somente 24.1%. Apenas nos últimos quatro jogos, ele errou 18 das 20 tentativas de três.

Por volume de jogo, é claro que Young aparece. Mas seu aproveitamento é muito abaixo do que se esperava de um astro. Para ter uma ideia, em cinco temporadas, a de 2022/23 marcou alguns números negativos. Ele teve o segundo pior aproveitamento em arremessos (42.9%), o segundo pior em três pontos (33.5%), além de o segundo pior índice em turnovers (4.1). Não chega a ser surpresa, portanto, o fato de ele não ter sido convocado para o All-Star Game.

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A preocupação com a defesa era grande e a equipe foi atrás de uma troca por Dejounte Murray. No entanto, Murray não conseguiu produzir os mesmos números da última temporada, quando estava no San Antonio Spurs. Mas ele, sozinho, não conseguiu resolver os problemas defensivos. O Hawks teve o 22° defensive rating (116.2) e é o sexto que mais sofreu pontos (118.1). O ataque, por outro lado, funciona com 118.5 pontos (segundo melhor ataque) e apenas 13.0 erros de ataque.

Destaques: Trae Young e Dejounte Murray.

9. Toronto Raptors (41-41)

Podemos estar vendo os últimos momentos de Nick Nurse como técnico do Toronto Raptors. Campeão pela equipe canadense em 2018/19, Nurse deixou seu futuro em dúvida recentemente. No entanto, ele quer fazer, ao menos, mais uma tentativa com o atual elenco. Embora não tenha conseguido “dar liga” na temporada 2022/23 da NBA, o play-in serve como consolo.

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Pode até não ter dado certo, mas o Raptors conta com ótimos jogadores no quinteto titular. Pascal Siakam e Fred VanVleet ainda são os principais nomes, mas Toronto “não é ninguém” sem atletas como OG Anunoby e Scottie Barnes. Por fim, o pivô Jakob Poeltl retornou após passagem pelo San Antonio Spurs.

Na defesa, o Raptors se garante. É o quinto que menos sofre pontos (111.5), que mais rouba bolas (9,4) e o sexto que mais contesta arremessos de três. No ataque, por outro lado, a vida não é tão fácil. Tem o terceiro pior aproveitamento em três pontos (33.5%), o terceiro pior nos de dois pontos e o quarto pior no geral. Pelo menos, é o que melhor cuida da bola.

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Destaques: Pascal Siakam, Fred VanVleet, OG Anunoby, Scottie Barnes.

10°. Chicago Bulls (40-42)

Os planos de Arturas Karnisovas, GM da franquia, não funcionaram bem. Apesar de o Chicago Bulls liderar o Leste até certo ponto da temporada 2021/22, desde então, o time não foi mais o mesmo. Mas existe uma explicação. Embora não seja um astro, o armador Lonzo Ball era quem fazia a diferença nos dois lados da quadra. Só que Ball se machucou quando o Bulls era o primeiro e não voltou mais às quadras. Aliás, ele passou por uma terceira cirurgia no joelho e segue sem previsão de retorno.

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Mas Karnisovas tentou equilibrar a situação ao contratar o polêmico Patrick Beverley. O ataque ficou um pouco mais fluído e, como resultado, Zach LaVine brilhou. Após a parada para o All-Star Game, LaVine produziu 27.5 pontos, 4.8 assistências e converteu 40.2% nos arremessos de três. Ou seja, ter alguém ao seu lado com mais experiência funcionou.

O Bulls chegou a ser o sexto colocado no início da temporada, mas jamais se consolidou. Em março, o time caiu para o 12° lugar. Desde então, venceu oito dos próximos 13 e conseguiu classificação para o play-in da temporada 2022/23 da NBA.

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Destaques: Zach LaVine, DeMar DeRozan e Nikola Vucevic.

Oeste

7°. Los Angeles Lakers (43-39)

O Los Angeles Lakers vem em uma temporada de recuperação. Após ficar na décima terceira posição do Oeste no dia 25 de fevereiro, o time cresceu de produção com as trocas e, agora, ficou muito próximo de se classificar diretamente. Não aconteceu por pouco.

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De qualquer forma, o Lakers vai para a reta final da temporada com um elenco muito mais pronto, mais forte. Pode até não render título, como o torcedor gostaria, mas já foi um grande feito.

Com D’Angelo Russell, os erros de ataque diminuíram e o time melhorou nos arremessos de três. Mas quem mudou de patamar foi Austin Reaves. O jovem, que está sua segunda temporada, ganhou espaço após uma lesão de LeBron James e, desde então, não saiu mais do quinteto titular.

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Enquanto isso, Anthony Davis alterna grandes partidas com medianas. James não voltou em seu mesmo nível, depois da contusão no pé. O Lakers vai tentar do jeito que está agora, mas já é muito melhor do que no início da campanha, quando parecia mais um fiasco.

Destaques: Anthony Davis e LeBron James.

8°. Minnesota Timberwolves (42-40)

Dono de uma temporada confusa e sem padrão, o Minnesota Timberwolves patinou, mas conseguiu, ao menos, o play-in da NBA em 2022/23. Tudo começou com uma troca estranha (ou ruim) por Rudy Gobert, passando por reclamações de Anthony Edwards até a lesão grave de Karl-Anthony Towns. Mas depois disso, o Timberwolves se reagrupou e conseguiu render. Só que a melhora mesmo veio quando Mike Conley chegou na trade deadline.

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Experiente, Conley levou seu período com Gobert no Utah Jazz para fazer o francês crescer de produção em Minnesota. Mas mais que isso, ele é um jogador que cuida bem da bola, assim como era com D’Angelo Russell.

O resultado da lesão de Towns foi um Jaden McDaniels ainda mais impactante na defesa, embora seja boa opção ofensiva. Além disso, Kyle Anderson fez grandes jogos como titular, auxiliando, inclusive, na organização ofensiva. Quando Towns voltou, alguns problemas do começo da temporada retornaram, também.

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O clima, por outro lado, passa longe de ser bom. No último jogo da temporada, Gobert deu um soco em Anderson e a situação ficou terrível. Para piorar, McDaniels machucou a mão.

Por fim, perder Naz Reid por lesão foi um grande problema. Reid era a principal peça que vinha do banco, especialmente para substituir Gobert.

Destaques: Anthony Edwards, Karl-Anthony Towns e Jaden McDaniels.

9°. New Orleans Pelicans (42-40)

O New Orleans Pelicans está de volta ao play-in. Assim como na última temporada, o time chega como azarão. Naquela ocasião, o Pelicans se classificou para os playoffs e deu sufoco para o Phoenix Suns. Mas a equipe esperava ter uma posição melhor em 2022/23. Só que, mais uma vez, o astro Zion Williamson não conseguiu jogar o bastante.

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Após perder toda a campanha em 2021/22, o ala-pivô atuou em apenas em 29 partidas. Ou seja, desde a sua estreia na na NBA, Williamson esteve presente em 114 de 308 possíveis (37%). Apesar de jovem (22 anos), o atleta vem sendo uma decepção no quesito saúde. E não tem prazo para o seu retorno às quadras.

Por outro lado, o Pelicans tem um Brandon Ingram em ótima fase. Nos últimos dez jogos, ele produziu 28.0 pontos, 8.5 assistências, 6.8 rebotes e 38.5% de aproveitamento em três pontos. Além dele, New Orleans conta com CJ McCollum e os ótimos defensores Herb Jones e Trey Murphy.

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E veja como são as coisas. O Pelicans vencia um confuso Timberwolves, enquanto o Los Angeles Clippers perdia para o Phoenix Suns. Naquele momento, New Orleans ficaria com a sexta posição por conta de um tríplice empate com o Lakers e Clippers. No fim, Minnesota venceu, Clippers venceu e o Pelicans caiu para nono.

Destaques: Brandon Ingram e CJ McCollum.

10°. Oklahoma City Thunder (40-42)

Muito por méritos próprios, mas com uma desistência pela vaga por parte do Dallas Mavericks, o Oklahoma City Thunder está no play-in. Apesar de o Thunder não jogar com tanta vontade de se classificar durante um período da campanha (visto pelas minutagens e por poupar jogadores importantes), o time está lá. Pode ser uma surpresa, pois trata-se de uma das equipes mais empolgantes de se acompanhar na NBA.

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Shai Gilgeous-Alexander foi tão incrível que apareceu em seu primeiro All-Star Game e, agora, concorre aos times ideais da liga. Com Josh Giddey, ele forma uma das duplas mais promissoras da NBA. E ainda tem o calouro Jalen Williams, que já mostrou muito talento e está na briga pelos primeiros lugares do prêmio de melhor novato.

O Thunder pode até cair logo no primeiro jogo, mas já será uma grande experiência para um elenco bastante jovem. Na próxima temporada, tem Chet Holmgren. Aguarde.

Destaques: Shai Gilgeous-Alexander, Josh Giddey e Jalen Williams.

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