Goran Dragic possui uma das carreiras mais sólidas entre os jogadores europeus que já atuaram na NBA. O titular do Miami Heat acumula seleções para o Jogo das Estrelas e um dos times ideais da temporada em mais de uma década na NBA, além do prêmio de atleta que mais evoluiu na liga em 2014. Mas, acima de tudo, o maior feito foi a inédita conquista do Eurobasket-2017 para a seleção eslovena dividindo o protagonismo com um “garoto” de 18 anos chamado Luka Doncic.
“Sem Luka, nós nunca teríamos conquistado a medalha de ouro. Éramos as principais opções daquela seleção em quadra, para criar oportunidades para outros e garantir as cestas nos momentos mais críticos. Havia muita responsabilidade sobre nós. E, até em momentos decisivos dos jogos, ele estava sempre sorrindo. Esse garoto nunca sente a pressão. Isso é o que mais me impressiona nele”, declarou o veterano, em entrevista ao podcast do repórter Adrian Wojnarowski, da ESPN.
Dragic foi vocal ao defender, na época do draft de 2018, que não havia preocupação em termos de velocidade ou condição atlética que devesse manter Doncic longe da primeira escolha geral. Dirigentes da liga pensaram diferente e, agora, lamentam terem perdido o fenômeno vindo do Real Madrid para o Dallas Mavericks. O jovem foi eleito calouro do ano e, agora, é candidato ao prêmio de atleta que mais evoluiu na liga. Mas, na opinião do armador do Heat, deveria ser finalista em outra premiação.
“O Q.I. de Luka e o jeito como usa o corpo em seu favor são notáveis. É uma ameaça sempre, seja com pontos ou assistências. Faz, basicamente, todos os jogadores ao seu redor melhores. Isso é algo que não dá para ensinar e já enxergava nele, por isso que falava que ele deveria ter sido a primeira escolha. E, atualmente, ainda penso que ele deveria estar na votação para o prêmio de MVP da temporada, na verdade”, finalizou o sexto jogador de Miami.
