Fonte: Noah Graham / AFPNeste domingo, o Golden State Warriors encara o Sacramento Kings naquele que pode ser o seu último jogo nos playoffs de 2022/23 da NBA. Mas vai muito além de apenas a ida às semifinais do Oeste. A partida pode significar, ainda, o fim de uma era. Ou o início do fim.
Com “as costas na parede”, o Warriors tem um jogo 7 fora de casa. Justamente, onde a equipe mais teve dificuldades durante a atual campanha. Embora tenha vencido o Kings em Sacramento na quarta partida, a temporada mostrou Golden State frágil longe de seus domínios.
Foram apenas 11 vitórias em 41 embates quando o Warriors jogou fora. Sabe quem foi pior? Houston Rockets, San Antonio Spurs e Detroit Pistons, times que foram para o tank e, agora, possuem a mesma chance de selecionar em primeiro no Draft. Ou seja, Golden State foi um fiasco. E nem é só pelo fator Andrew Wiggins, que perdeu os últimos dois meses da fase regular. Com ele, foram 14 derrotas em 18 jogos longe de San Francisco. Portanto, 22.2% de aproveitamento.
Mas como explicar um time que acabou de ser campeão ser tão ruim quando não joga em casa?
O Warriors chegou a perder 11 partidas consecutivas fora de casa. O aproveitamento nos arremessos cai, a defesa não funciona do mesmo jeito. É um desastre. Nos playoffs, nos jogos em Sacramento, o Warriors acertou 40 dos 128 arremessos de três (31.3% de aproveitamento) e teve um defensive rating de 117. Nada, nada bom.
Mas, de novo, é bom lembrar que o time derrotou o Kings em Sacramento no último dia 26. E ainda tem aquela velha máxima, né? Nunca aposte contra Golden State.
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No entanto, e se o Kings atacar logo de cara e fazer como em outras partidas na série e vencer, como fica? Bem, aí pode ser um problema. O Golden State Warriors precisa da vitória para seguir em frente nos playoffs. É fato. Mas uma derrota tende a acelerar o fim do trio quatro vezes campeão.
São situações contratuais que a diretoria precisa estar pronta para contornar. Será que Draymond Green fica? E a extensão de Klay Thompson? Jordan Poole está pronto para ter um papel mais importante? Mas e a nova CBA, como fica em realação aos novos acordos?
O fato é: perder na sétima e decisiva partida, por mais que seja para o terceiro colocado do Oeste e ter tido uma campanha tão irregular, será um desastre. Estamos falando do Golden State Warriors, que sempre tem sucesso nos playoffs. Sabe quantas vezes o time ficou fora das finais desde 2013/14? Só quando não foi aos mata-matas, em 2020 e 2021. Há nove anos, o Warriors sempre chega lá.
Então, sim, cair na primeira rodada muita coisa pode acontecer, inclusive, nada.
Extensões contratuais
Draymond Green tem uma opção em seu contrato para 2023/24, no valor de US$27.6 milhões. Klay Thompson vai para o seu último ano e vai receber US$43.2 milhões. Enquanto isso, Donte DiVincenzo está na mesma situação de Green, mas por “apenas” US$4.7 milhões.
Com a nova CBA, os times terão grandes problemas quando atingirem a luxury tax. Por enquanto, a não ser que aconteça alguma mudança, o valor máximo será de US$162 milhões. O Warriors já tem US$211 milhões para a próxima campanha. Agora, quem superar o hard cap (US$170.4 milhões), não poderá mais assinar com jogadores como… o próprio DiVincenzo.
Para um time que gasta muito com salários, a NBA ainda faz pagar mais taxas. Na última temporada, por exemplo, o Warriors pagou um total de US$346 milhões entre salários e multas.
Mas com uma eliminação precoce, será que a direção vai querer insistir no trio?
É aí que as coisas podem ficar difíceis.
Sim, o Warriors gosta de gastar pelo título. Então, prova é o número de finais que disputou. Mas para cair na primeira rodada? É como Steve Ballmer, dono do Los Angeles Clippers. Ele está profundamente irritado com o que está acontecendo lá. E pagando multas todos os anos.
Portanto, tem muita coisa em jogo sobre o resultado deste domingo.
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