Fim de temporada melancólico para Trae Young e o Hawks

Armador deve aparecer em muitos rumores de troca na offseason

Trae Young temporada Hawks Fonte: Reprodução / X

Trae Young passou vergonha na eliminação do Atlanta Hawks para o Chicago Bulls na temporada 2023/24 da NBA. O armador, amado por muitos, continua sua sina de querer enfeitar demais as jogadas e ser pouco efetivo. Até liderou a liga em assistências na atual campanha, mas detona Atlanta com erros de ataque incompreensíveis e arremessos de qualquer jeito.

Mas na derrota para o Bulls, Trae Young foi um peso para o Hawks, que viu sua temporada acabar sem chegar aos playoffs pela terceira vez em seis anos na liga. Seu primeiro período diante de Chicago foi algo desastroso. Cinco erros de ataque e apenas um ponto em três tentativas nos arremessos. Como resultado de sua defesa fraquíssima, Coby White deitou em rolou em cima dele. Não por menos, White teve a melhor pontuação da carreira, com 42.

O Hawks até teve uma chance no segundo quarto, mas foi justamente quando Trae Young estava no banco. Dejounte Murray, por outro lado, comandava as melhores ações ofensivas e encontrou Bogdan Bogdanovic para fazer jogo de dupla. Assim, a diferença que chegou aos 18 até aquele momento, despencou para três.

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Trae Young até teve uma melhora no segundo tempo, mas era nítida a diferença quando a bola não estava em suas mãos. Assim, Murray e Bogdanovic conseguiam dar a Atlanta alguma oportunidade. No entanto, quando o armador retornou à quadra, Murray quase não tocava na bola. É bem verdade que Young encontrou Clint Capela diversas vezes fazendo dupla com bons passes perto do aro. Mas foi só.

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Enquanto o jogo de Trae Young não funcionava, o Bulls tratou de exterminar qualquer chance do Hawks seguir na temporada no tereceiro quarto. Então, perto do fim da partida, ele tinha um plus/minus de -30. Terminou com -27. Ou seja, enquanto ele esteve em quadra, Chicago produziu 27 pontos a mais que Atlanta. O armador até cuidou um pouco melhor da bola após aquele primeiro período horroroso, apesar de quase cometer um outro erro de ataque terrível na última posse de bola nos 24 minutos iniciais.

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Finalizou com quatro acertos em 12 tentativas nos arremessos, além de seis turnovers. Péssimo jogo de um jogador que vive de highlights. E não era para ser assim.

Claro que a defesa do Hawks é fraca, mas existe uma diferença enorme quando Young não joga. Para ter uma ideia, antes do All-Star Game, Atlanta tinha a segunda pior eficiência defensiva de toda a liga, sendo melhor apenas que o Charlotte Hornets. Depois do jogo festivo, ele sofreu uma contusão e perdeu boa parte do restante da campanha. Assim, nos últimos 27 jogos o defensive rating melhorou de 120.0 para 114.9, o que é um pouco mais aceitável, mas longe de ser bom o bastante.

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Ou seja, sem ele, a defesa da equipe é ruim. Com ele, foi uma das piores da liga.

Mas e seu futuro e do Hawks, como fica?

Bem, aí é uma questão um pouco mais difícil. Primeiro, porque a torcida de Atlanta o adora. Ao mesmo tempo, os rumores de que ele vai parar no Los Angeles Lakers ou San Antonio Spurs só crescem. Sim, o Lakers quer um terceiro astro e até faz sentido. Seu jogo tem algumas pequenas coisas similares ao de D’Angelo Russell, exceto pelos erros de ataque. Russell cuida muito melhor da bola e tem um arremesso melhor. Mas se o time californiano quer alguém que divida os holofotes com Anthony Davis e, eventualmente, LeBron James, Young é o cara.

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Enquanto isso, o Spurs também teria forte interesse e também faz sentido. Você juntar um ótimo passador de bolas, que sabe infiltrar, com uma aberração (Victor Wembanyama), é algo que pode ser realmente muito bom para a carreira dos dois. Com a capacidade do francês em também passar, Young ficaria livre em várias posses por causa das marcações duplas ou até triplas em cima do pivô.

No entanto, o Hawks pode querer seguir com Trae Young para a próxima temporada. Mas precisa escolher entre Dejounte Murray e ele. Simplesmente, a dupla não funciona. Murray só consegue brilhar quando Young não está em casa. E a derrota de Atlanta para Chicago foi só mais um exemplo disso.

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Aconteceu tantas vezes desde que os dois começaram a jogar juntos e nisso, o torcedor do Hawks concorda.

Seu contrato vai até 2026/27, sem opções. Ou seja, seu compromisso tem mais três anos. Atlanta até pode pensar em troca, mas se receber um caminhão de escolhas de Draft. E não estamos falando em menos de três.

Trae Young é bom jogador ou não?

Na verdade, ele é ótimo. Tecnicamente, plasticamente, Trae Young é um jogador incrível. Peca na parte física, nas tomadas de decisões, na defesa e nos exageros de querer “assinar” jogadas. Mas ele é realmente bom.

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Com um treinador que o coloque em seu lugar, que faça ele entender que é parte do time e não a equipe gira em seu redor, Young tem tudo para ser um vencedor na NBA. Hater diz/escreve isso?

O ponto principal é que ele não vai ganhar corpo, então sua defesa sempre será assim. Não adianta. Mas uma coisa é fato: ele pode evoluir nas outras questões. Seu arremesso de três, por exemplo, já melhorou bastante. Após as cinco primeiras temporadas, ele tinha 35.1% de aproveitamento, o que é apenas abaixo de mediano. Entretanto, com os 37.3% em 2023/24 e sempre acima de 85% nos lances livres (fora o primeiro ano), é algo muito valioso na liga.

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Cortar os erros de ataque em um terço, pelo menos, deveria ser sua meta para as próximas campanhas. Young teve 10.8 assistências, mas com 4.4 turnovers. Concluir uma temporada com dez passes decisivos de média é para poucos, só que os desperdícios ofuscam muito tudo o que faz de bom.

Isso porque eles geram pontos de contra-ataque ao adversário. Em seu primeiro ano na liga, por exemplo, o Hawks permitiu 21.1 pontos a partir de turnovers (pior marca da NBA). Melhorou nas temporadas seguintes, especialmente após a chegada de Clint Capela. Mas mesmo com Capela em 2023/24, Atlanta deu 16.7 pontos ao oponente. Chegou a ser 17.3 em janeiro, antes de sua lesão.

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Cuidando disso, você tem um jogador de grande nível ofensivo, dos melhores da NBA. Mas é necessário fazer ajustes “para ontem”.

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