A seleção da Argentina de 2004 não foi eleita para o Hall da Fama, mas, de certa forma, estava na cerimônia desse ano. Afinal, a “resposta” dos EUA à perda do ouro em Atenas-2004 foi um dos eleitos do ano. O “Time da Redenção” foi selecionado na classe de 2025 do templo máximo de basquete. O ex-armador Pepe Sanchez acha que a geração de ouro argentina tem sido injustiçada.
“Nós passamos ‘batidos’ porque viemos de um país com pouca atenção e população. Por isso, eu acho que não olham para o nosso time como deveriam. Eles se chamaram de time da redenção em 2008, mas do que estavam se redimindo? Quem causou isso? Eu não tenho dúvidas de que, se fôssemos dos EUA, já estaríamos lá. Sem dúvida”, cravou o ex-atleta do Detroit Pistons.
A Argentina, certamente, escreveu um capítulo histórico no basquete olímpico masculino em 2004. Desde o Dream Team (1992), o Team USA disputou nove torneio olímpicos e venceu oito. A única vez em que perdeu foram os argentinos que os eliminaram. Sanchez sabe que os valores individuais dos norte-americanos são melhores, mas isso não deveria pesar nessa discussão.
“Não estou comparando jogadores de forma individual, pois seria estupidez. Não é o ponto aqui. Nós estamos falando sobre os times. Afinal, isso é basquete e não tênis. É um esporte coletivo. O Naismith Memorial vai saudar equipes e, mesmo assim, não vão nos cogitar? Se fossem os americanos da NBA nessa condição, todos estariam ofendidos”, afirmou o veterano argentino.
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Respeito
A eleição da seleção da Argentina para o Hall da Fama, a princípio, é um pouco mais difícil do que parece. Pelas regras do Naismith Memorial, o time não poderia ser um candidato regular à eleição. Ele teria que ser a escolha única e direta do comitê internacional, que só indica um candidato ao ano. Sanchez não tem dúvidas de que, se fosse por escolha da “comunidade” do basquete, a equipe entraria.
“Nós temos o reconhecimento dos nossos colegas. Você questiona Gregg Popovich e Mike Krzyzewski, por exemplo, e nos respeitam. LeBron James e outros atletas dos EUA sabem quem somos. Eu acho que jogamos um basquete de Hall da Fama e um dos jogos mais bonitos já vistos. Mais do que isso, os resultados comprovam isso”, defendeu o ex-jogador de 48 anos.
Sanchez crê que a eleição, antes de tudo, seria uma forma de admitir o papel crucial da geração de ouro para a reconstrução dos EUA. “Fomos nós quem inspiramos os EUA a focarem em entrosar os seus times e chamarem elencos mais bem equilibrados. Eles tiveram que recomeçar depois de 2004 por causa do que mostramos para o mundo”, concluiu.
Crédito
As palavras de Sanchez, aliás, se alinham com a opinião do técnico da seleção dos EUA de 2004. Larry Brown, na época, exaltou a superioridade da Argentina. Ele sabia que a história daquele torneio, acima de tudo, seria a derrota do USA Team. E, por isso, desde então, já pedia foco maior no mérito do time liderado por Manu Ginobili.
“O basquete vem melhorando em todas as partes do mundo por causa do Dream Team. O que nós fizemos em 1992 causou um impacto no mundo inteiro até hoje. Então, em vez de criticar os nossos jogadores, a gente deveria dar mais crédito aos vencedores. Pois eles mereceram muito ganhar”, admitiu o lendário técnico.
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