Estes destaques da Copa do Mundo fazem parte da NBA e você não sabia

O Mundial FIBA desse ano destaca o recorde de 55 jogadores da NBA na disputa do título. Esse número está certo, mas a influência da liga no torneio é muito maior. Tantos outros atletas, afinal, já passaram por alguma franquia ou têm os seus direitos atrelados a um time. Há destaques nessa Copa do Mundo que você pode não saber, mas tem vinculação à NBA.

Aliás, eu vou além: você tem certeza de que consegue identificar quem são esses 55 jogadores ativos na liga e na competição? É mais difícil do que você pensa!

O Jumper Brasil, por isso, traz uma lista bem curiosa após o fim da primeira fase de grupos do Mundial. São dez destaques da Copa do Mundo que “estão” na NBA, como dissemos, mas você pode não lembrar – ou até saber. Então, vamos lá!

 

Rokas Jokubaitis (armador, Lituânia)

Médias na competição: 12,0 pontos (47,6% 3pt.), 4,3 rebotes e 5,3 assistências em 25,0 minutos

Jokubaitis é o terceiro principal pontuador da invicta seleção lituana no Mundial até agora. Por isso, o torcedor do New York Knicks deveria ficar de olhos abertos.

O armador de 22 anos foi a 34ª escolha do draft de 2021 e, assim, os seus direitos na NBA atrelados ao time nova-iorquino. A equipe mantém contato regular com os agentes do jovem, embora as duas partes não se interessem em fazer a transição agora. Segundo Ian Begley, da rede SNY, ele só não disputou a Liga de Verão por causa do compromisso com a seleção.

Mas saiba que tirar Jokubaitis da Europa não vai ser fácil. Ele é um dos principais prospectos do Barcelona e já tem um papel sólido na rotação do clube.

 

Patrick Gardner (pivô, Egito)

Médias na competição: 11,7 pontos (46,2% 3pt.), 5,7 rebotes e 1,3 assistência em 25,2 minutos

Gardner iniciou a Copa do Mundo no fim da rotação da seleção egípcia. Terminou a primeira fase, no entanto, como o segundo cestinha da equipe africana.

E, assim que acabar o Mundial, o seu destino vai ser Nova Iorque. O jogador de 24 anos não foi escolhido no draft desse ano, mas acertou contrato para participar da pré-temporada do Brooklyn Nets. Ele chega com vínculo não garantido e, por isso, vai brigar por uma vaga no elenco efetivo. Os seus concorrentes são atletas como Noah Clowney e Day’Ron Sharpe.

O mais cenário provável, por enquanto, é que o Nets “segure” os seus direitos para que Gardner jogue em sua equipe na G League. Mas o caminho da NBA se abriu.

 

Leia mais

• Com grave lesão no joelho, Raulzinho está fora da Copa do Mundo FIBA
• Charles Barkley torce contra seleção dos EUA na Mundial
• Confira calendário de jogos da segunda fase da Copa do Mundo FIBA

 

Goga Bitadze (pivô, Geórgia)

Médias na competição: 11,0 pontos (90,0% FG), 9,3 rebotes e 2,0 assistências em 22,2 minutos

Bitadze não é titular da Geórgia, mas a sua produção é indiscutível. Ele foi o melhor jogador da seleção na primeira fase, por exemplo, pelo índice de eficiência da FIBA.

Essa é uma ótima notícia, acima de tudo, para o Orlando Magic. A franquia resolveu apostar no pivô na temporada passada, depois de ter sido dispensado pelo Indiana Pacers. Além disso, antes do início do Mundial, exerceu a cláusula de extensão em seu vínculo para mais um ano. Agora, o jogador liderou os georgianos à segunda fase com a maior média de rebotes, tocos e roubos de bola do time.

Quando foi dispensado pelo Pacers, a carreira de Bitadze na NBA parecia à beira do fim. Pois o Mundial dá sinais de que o atleta de 24 anos tem espaço na liga, sim.

 

Simone Fontecchio (ala, Itália)

Médias na competição: 16,7 pontos, 4,7 rebotes e 1,7 assistência em 29,3 minutos

Fontecchio teve uma participação bastante discreta em sua temporada de estreia na NBA, pelo Utah Jazz. Mas, na seleção da Itália, a história é bem diferente.

O ala de 27 anos é a referência ofensiva do time italiano, que classificou-se para a segunda fase com duas vitórias. Ele lidera a seleção com 16,7 pontos por partida, além de ser o atleta com maior volume de arremessos do elenco disparado. Chuta sete bolas a mais por jogo do que Giampaolo Ricci. É um cenário, portanto, muito diferente de sair do banco para atuar 15 minutos por noite em Salt Lake City.

Se emular essa função na NBA não é realista, Fontecchio deixa – ao menos – um bom indício. Pode ser mais do que o reserva discreto da última temporada do Jazz.

 

Nikola Milutinov (pivô, Sérvia)

Médias na competição: 13,3 pontos (68,0% FG), 10,3 rebotes e 2,7 assistências em 25,2 minutos

Os laços que ligam Milutinov à NBA são, ao mesmo tempo, mais longos e frágeis do que a maioria dos atletas da lista. Pode-se dizer, aliás, já quase inexistentes.

O atleta mais eficiente da campanha invicta da Sérvia, de acordo com a FIBA, já foi uma escolha de primeira rodada de draft. Aconteceu em 2015, quando tinha só 20 anos, como uma aposta do San Antonio Spurs. Mas o tempo passou e a chance de atravessar o Atlântico nunca apareceu. Em agosto de 2021, por fim, os seus direitos na liga foram negociados com o Nets.

Sem Nikola Jokic, Milutinov assumiu o protagonismo do garrafão da Sérvia. Mas é seguro dizer que, diferente do atual campeão da liga, não vamos vê-lo na NBA.

 

Carlik Jones (armador, Sudão do Sul)

Médias na competição: 19,7 pontos (46,2% 3pt.), 2,7 rebotes e 7,7 assistências em 29,7 minutos

Alguém sabia que Carlik Jones tinha cidadania do Sudão do Sul até alguns meses atrás? E, além disso, todos sabem que ele é jogador do Chicago Bulls, né?

O armador de 25 anos tem um contrato não garantido com o time para a próxima temporada. Ou seja, na teoria, é um forte candidato à dispensa. Mas essa é uma visão antes da Copa do Mundo. Provou, afinal, ser um dos jogadores de armação mais dinâmicos da competição. Só ele, Luka Doncic e Josh Giddey, por exemplo, tiveram médias de 19 pontos e sete assistências na primeira fase de grupos.

Isso sem contar que Jones também foi o MVP da G League na última temporada. A concorrência é forte, mas o Bulls deve pensar seriamente em mantê-lo no elenco.

 

 

Filip Petrusev (pivô, Sérvia)

Médias na competição: lesionou-se com seis minutos do primeiro jogo

Petrusev foi selecionado no draft de 2021, mas seguiu na Europa. Até agora. Ele já assinou contrato e vai jogar pelo Philadelphia 76ers assim que acabar o Mundial.

O jogador de 23 anos estava pronto para realizar uma grande Copa do Mundo, mas teve a participação “sabotada” por uma lesão. Fez uma boa temporada na Euroliga, como uma das referências do Crvena Zvezda (Sérvia). Marcou oito pontos em seis minutos na estreia do Mundial, antes de sentir o problema físico. Ele ainda não foi “cortado” da seleção, mas o seu retorno na competição é incerto.

Não há informações, por enquanto, sobre o contrato de Petrusev com o Sixers. Mas é improvável que deixou a Europa sem garantias de ter um futuro na franquia.

 

Lester Quiñones (ala-armador, República Dominicana)

Médias na competição: 3,7 pontos (7,1% FG) e 2,0 rebotes em 13,3 minutos

Quiñones chegou à Copa do Mundo embalado por seu novo contrato com o Golden State Warriors. Ele tem sido um destaque, mas, diferente de todos aqui, negativo.

O atleta de 22 anos simboliza, ao lado do colega Karl-Anthony Towns, os extremos do impacto de um jogador da NBA. O astro, certamente, faz um Mundial brilhante até agora. O ala-armador, por outro lado, acertou só uma cesta de quadra em 40 minutos de ação no torneio. Desastre é a única palavra que define, para resumir.

O contrato de Quiñones com o Warriors é two-way, a princípio. Mas ele possui uma promessa de que vai brigar por uma vaga no elenco efetivo na pré-temporada. Vai ter que mostrar (muito) mais do que isso.

 

Nando de Colo (armador, França)

Médias na competição: 5,7 pontos 2,7 rebotes e 4,3 assistências em 22,3 minutos

De Colo é o caso mais interessante da lista. Ele é um veterano que fez o seu último jogo na NBA há nove anos, mas ainda “estava” na liga até poucas semanas.

O atleta de 36 anos tornou-se agente livre restrito do Toronto Raptors em 2014. No entanto, ele resolveu deixar a NBA para atuar pelo CSKA Moscou. Foi embora, mas, para a liga, seguiu como atleta com contrato a negociar com os canadenses. Então, até essa offseason, a equipe exerceu a oferta qualificatória em seu antigo contrato para mantê-lo como agente livre restrito ano após ano.

Isso significa que, se de Colo assinasse com outra franquia em 2020, por exemplo, o Raptors teria a chance de cobrir a oferta. Mesmo seis anos depois do seu último jogo.

 

Xavier Cooks (ala-pivô, Austrália)

Médias na competição: 14,0 pontos (65,5% FG), 7,7 rebotes e 1,3 assistências em 19,5 minutos

Cooks tem sido o segundo melhor jogador da Austrália nessa Copa do Mundo para muitos analistas até agora. E, bem discretamente, ele estreou na NBA em março.

O ala-pivô assinou com o Washington Wizards antes do fim da última temporada, depois de ser campeão e MVP da Liga Australiana. Por isso, já disputou dez jogos na campanha passada. É verdade que ficou em quadra menos de 13 minutos em média, mas habituou-se e não é mais um novato. Com as mudanças do elenco, além disso, deve ter um maior espaço em Washington a partir de outubro.

Vale lembrar que Cooks assinou um contrato de três temporadas e meia, garantido até julho de 2024. Ou seja, certamente, vamos vê-lo jogar mais na NBA agora.

 

Assine o canal Jumper Brasil no Youtube

Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.

Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA

Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp
Threads
Guia Futebol