Tolos. Muito tolos. Erros de quem nunca esteve lá (mais ou menos) marcaram o primeiro jogo entre Indiana Pacers e Boston Celtics na abertura da final do Leste pelos playoffs da NBA. Após prorrogação, Boston abriu 1 a 0 e manteve o mando de quadra. Mas o que mais chamou a atenção foram as falhas de comunicação entre jogadores e, talvez, técnicos. Sabe aquela partida que parece que ninguém quer vencer? Então. Realmente pareceu.
Obviamente, Celtics e Pacers queriam ganhar a primeira partida no começo da série decisiva no Leste de playoffs da NBA, mas olha…
Vencer o primeiro jogo coloca moral e pressão em cima do adversário ao mesmo tempo, mas não é garantia de nada. Basta ver o New York Knicks, que ganhou as duas primeiras em casa e perdeu para o mesmo Pacers no sétimo embate. Ou o Oklahoma City Thunder, que bateu o Dallas Mavericks na primeira partida, mas mesmo assim o Mavs fechou em seis.
Os exemplos são claros e recentes, então não dá para vencer de véspera.
Claro que havia uma tendência forte de vitória do Celtics sobre o Pacers, pois o time vinha de séries relativamente tranquilas nos playoffs da NBA. Enquanto isso, Indiana sofreu contra o Milwaukee Bucks e o Knicks. Tinha uma diferença de quase uma semana entre as últimas atuações das equipes.
É o que os americanos chamam de fresh legs.
E o começo do jogo foi justamente isso: Boston “amassou” Indiana nos primeiros minutos e muita gente já dava a vitória como certa. Mas não foi bem assim.
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Lembrem-se que uma das maiores virtudes do Pacers nos playoffs vem sendo o seu banco e a velocidade que coloca em cima do oponente. Não foi diferente ontem. Apesar de Indiana cometer muitos erros de ataque (mais do que o normal), o time conseguiu terminar o primeiro período empatado.
O Celtics parecia mais inteiro. Afinal, estava descansado e possui os melhores jogadores da série. A temporada toda mostrou isso. No entanto, a insistência em demasia no arremesso do perímetro quando ele não cai e as jogadas isoladas deixaram a defesa do Pacers em condições muito melhores.
Bastava cortar os erros de ataque e trabalhar a bola com inteligência.
Todo mundo sabe que o Pacers é ruim defensivamente no garrafão. Foi o segundo time que mais sofreu pontos na temporada, perde rebotes de defesa com alguma frequência (sétimo pior da liga), então era simples a tarefa do técnico Joe Mazzulla: explorar a área pintada.
Até deu certo no começo, especialmente pelo jogo de transição no primeiro quarto. Foram 20 pontos ali, enquanto o Celtics colocava o Pacers para correr.
Só que aí existem alguns detalhes. Boston pode jogar no ritmo de Indiana, mas não o tempo todo. O time não foi moldado assim. Mas a partir do segundo período, o Celtics parou de fazer o que estava dando certo para voltar ao seu jogo de origem: os arremessos do perímetro.
E insistiu, viu?
Segundo tempo
Enquanto Pascal Siakam era (bem) marcado por Jrue Holiday naquela jogada de cabeça de garrafão, ele estava muito abaixo do normal. Tyrese Haliburton, por outro lado, parecia o Celtics: só arremessava de três.
O Celtics abriu vantagem de novo e parecia encaminhar uma vitória tranquila ainda no terceiro quarto, mas quando os reservas do Pacers entraram, o sufoco voltou. Mazzulla não pediu tempo, apesar de a diferença cair perigosamente. Indiana virou pela primeira vez.
É bem verdade que o Celtics, jogando em casa, tinha o apoio da torcida em alguns momentos. Ali, ela fez a diferença e Boston retomou a liderança. Em outros, parecia um museu (e mudou de novo na prorrogação).
Mas o Pacers voltou a comandar o placar, enquanto Jayson Tatum e Jaylen Brown estavam gelados. Tatum acertou seu último arremesso quando faltavam cerca de dez minutos para o fim do último período. Brown, por outro lado, cometia erros e não atacava o adversário.
Andrew Nembhard, enquanto isso, era gelado, mas em um sentido bem diferente. Não sentia o jogo naqueles momentos decisivos e fez quatro pontos.
Com a vantagem de cinco pontos, Haliburton tinha a posse, mas errou de forma bizarra. Ele até caiu na linha lateral.
A diferença caiu e o Pacers tinha uma reposição na lateral. Rick Carlisle afirmou após o jogo que deveria pedir tempo, mas não o fez. Como resultado, o Pacers errou, Brown acertou do canto e o jogo foi para os cinco minutos extras.
Prorrogação
O Pacers seguiu na frente no começo, enquanto havia uma grande dificuldade de o Celtics pontuar. Tatum, por exemplo, errou sete arremessos consecutivos até sofrer falta. Ele cobrou lances livres e, a partir daquele momento, ele foi decisivo.
Foram dez pontos na prorrogação e comandou a vitória.
Mas e se Brown não faz aquela no canto? E se o Pacers faz a falta e o coloca na linha do lance livre tendo que acertar três tentativas?
O papo seria bem diferente.
Ao fim do jogo, o Celtics converteu 33.3% dos arremessos de três, enquanto produziu apenas 38 pontos no garrafão do Pacers depois do primeiro período.
É pouco. Muito pouco.
Erros da arbitragem
Ficou claro que o Indiana Pacers foi prejudicado em alguns lances, mas é importante dizer: os árbitros erram muito. Jayson Tatum puxou a camisa e não deram nada. Jaylen Brown fez o mesmo e o resultado você já sabe. Payton Pritchard fez falta (clara, puxando o braço) em Tyrese Haliburton, mas…
Seja como e onde for, a arbitragem terá erros. Então, como Celtics e Pacers viram nos playoffs da NBA, o jogo fica mais físico e não é qualquer contato que vão marcar.
Tem de jogar o jogo e esquecer do apito.
Nesta quinta-feira, tem mais.
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