Entenda como os irmãos Oscar e Tristan da Silva “escaparam” do Brasil

Alemães e filhos de brasileiro, jogadores representam a Alemanha

Oscar Tristan Silva Brasil Fonte: Reprodução / X

Com o sobrenome mais conhecido no Brasil, os irmãos Oscar e Tristan da Silva são filhos de um ex-pugilista brasileiro, Valdemar. Claro, da Silva. No entanto, os dois jogadores atuam pela Alemanha. Mas o que poderia ter acontecido?

Bem, existem algumas explicações. E você vai ficar com raiva, tá?

Tudo começou nos anos 90, quando Valdemar tentava iniciar sua carreira no boxe, mas não “decolou” após duas lutas. Natural de Natal, foi morar na Alemanha, em busca de uma vida melhor. Aos poucos, isso realmente aconteceu, após abrir um restaurante.

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Valdemar casou-se com uma alemã, Christine. Eles tiveram dois filhos: Oscar e Tristan da Silva, enquanto ensinavam tradições de seus países, Brasil e Alemanha. Eles cresceram.

Então, em 2013, Oscar tinha apenas 15 anos e já jogava basquete no colégio na Alemanha. Foi aí que tudo aconteceu.

Empolgado por seu talento, o jovem seguiu os conselhos do pai e entrou em contanto com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete). Embora ainda não fosse uma realidade, Oscar da Silva poderia representar o Brasil. Afinal, por conta de Valdemar, ele teria a chance.

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No entanto, seu e-mail para a entidade, ainda sob o mandato de Carlos Nunes, jamais obteve resposta. Mas ainda houve mais uma oportunidade…

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Aos 17 anos, após desistir completamente de jogar pelo Brasil, Oscar foi convocado para representar a Alemanha na Copa do Mundo de 2019. Mas ali, ele já morava nos Estados Unidos e atuava no basquete universitário por Stanford há uma temporada.

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Aí, sim, a CBB foi atrás de Oscar da Silva. E o jogador aceitou. Estava tudo certo, mas ainda dependia de um pagamento de 20 mil francos suíços, além do aval da Federação alemã, de acordo com o Globo Esporte.

No entanto, os alemães rejeitaram o pedido.

Assim como Tristan da Silva, jogador do Orlando Magic após o Draft de 2024, Oscar tinha o sonho de representar o Brasil e atuar na NBA.

Mas ao contrário do irmão mais jovem, ele não ouviu seu nome no recrutamento. Ele desistiria do basquete?

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De jeito nenhum. Oscar da Silva conseguiu treinar pelo Oklahoma City Thunder e fez parte do elenco da equipe na Summer League ao fim de 2020/21. No entanto, como não houve um convite para seguir, ele acertou com o Alba Berlin.

Desde então, sua carreira no basquete europeu cresceu. Após um ano na equipe alemã, Oscar recebeu a proposta para jogar no Barcelona. Em 2022/23, o atleta, de 2,06 metros e 130 quilos (sim, eu sei o que você está pensando) foi para a equipe espanhola e já realizou 154 partidas.

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Hoje, ele faz parte do elenco alemão nas Olimpíadas.

Tristan da Silva

Com todo o apoio que Oscar da Silva recebeu da Alemanha, Tristan apenas seguiu seus passos e optou por jogar por aquele país ao invés do Brasil. Em 2021, por exemplo, o novo jogador do Orlando Magic atuou no Euro sub-20 pelos alemães.

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Ele teve uma carreira universitária ainda melhor que o irmão. Com 2,03 metros, Tristan da Silva é ala e jogou por Colorado. Em sua última temporada, obteve médias de 16.0 pontos, 5.1 rebotes, 1.1 roubo de bola e acertou 39.5% do perímetro.

Então, no último Draft, o Magic o selecionou com a décima oitava pick e foi o principal destaque da equipe na Summer League.

Sim, ele poderia jogar pelo Brasil.

CBB

Vale ressaltar que a atual administração da CBB não teve nada com o que aconteceu com Oscar e Tristan da Silva. Quando Guy Peixoto assumiu, o “bonde” do primeiro já tinha passado. No entanto, sob seu comando, houve o interesse no filho mais velho de Valdemar. Mas aí esbarrou no planejamento da Federação da Alemanha, que não o liberou.

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Com Tristan, o Brasil até conversou sobre uma eventual possibilidade, mas o caminho era o mesmo.

A CBB poderia ter feito algo lá em 2013 ou 2014? Com certeza. Mas ao não responder um simples e-mail, deixou de contar com dois jogadores muito talentosos e que poderiam representar o Brasil nas Olimpíadas de 2024. Oscar, por exemplo, seria muito útil, né? E Tristan, com o seu talento ofensivo?

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É mais ou menos o que houve com Mazinho, que jogou as Copas de 90 e 94, sendo campeão na segunda. Mas aqui tem uma diferença. Enquanto Tiago Alcântara escolheu a Espanha, Rafinha chegou a atuar pelo Brasil.

Há cerca de quatro anos, o Jumper Brasil conversou com um representante da CBB sobre Oscar da Silva e o polêmico e-mail.

“Você tem noção de quantos e-mails a CBB recebe por dia de garoto jogando fora do país? Vários jovens estão na Europa, nos Estados Unidos e Canadá, mas não tem como ir atrás de todo mundo. A gente não tinha recurso para isso”, afirmou o antigo representante, que pediu para ficar anônimo. “Mas é uma coisa que precisa mudar”, concluiu.

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E o Brasil, como fica? Nariz de palhaço?

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