Los Angeles Lakers, Golden State Warriors, Los Angeles Clippers, Phoenix Suns e Sacramento Kings são os times que formam a Divisão do Pacífico na NBA. Nesta sexta-feira (16) o Jumper Brasil começa uma série de análises sobre a offseason das equipes a caminho da temporada 2024/25. Dividiremos o conteúdo em seis artigos, separados pelas divisões da liga.
Antes de tudo, é importante citar que não se trata de uma previsão para a campanha, ou de algo que vai ranquear os times por seus elencos. Mas como o Draft, as trocas e a agência livre impactaram as franquias em sua realidade atual. Seja, então, uma reconstrução, uma briga por título ou um meio termo.
As equipes terão uma nota final, que vai variar entre a mais alta (A) e a mais baixa (D). Os textos serão publicados há cada dois dias, até o fim com a última divisão citada.
Além disso, ainda faltam dois meses para o início da temporada, mas muitas equipes já encerraram seus movimentos. Com as Olimpíadas, o mercado e o Draft aconteceram de forma mais rápida para que o calendário não se chocasse com o evento. Mas algumas coisas ainda podem acontecer. Desde contratações, até trocas no mercado.
A avaliação da Divisão do Pacífico, vai até 15 de agosto, um dia antes da publicação. Sem mais delongas, vamos analisar a offseason de Lakers, Warriors, Clippers, Suns e Kings para abrir a série sobre o que os times da NBA fizeram para 2024/25.
Los Angeles Lakers
Calouros: Dalton Knecht (17ª escolha), Bronny James (55ª escolha), Blake Hinson (não selecionado, two-way) e Armel Traore (não selecionado, two-way)
Chegaram: JJ Redick (técnico)
Saíram: Taurean Prince (Bucks) e Spencer Dinwiddie (Mavericks) e Darvin Ham (técnico)
Agentes livres: Skylar Mays
Extensões: LeBron James (US$101.3 milhões por três anos) e Max Christie (US$32 milhões por quatro anos)
Elenco: Completo.
O que deu certo?
Pouco, muito pouco. Dalton Knecht é talvez a única grande notícia. É verdade que, ao que tudo indica, o Draft de 2024 será marcado por ser uma classe abaixo da média. Ainda assim, o arremessador de Tennessee é um daqueles nomes que parece ser um bom role-player fora da bola, principalmente no ataque e no arremesso de três – uma necessidade de todo time que tem LeBron James e Anthony Davis.
Aliás, eu diria que ele terá minutos vindo do banco. Sobretudo, com a saída de Taurean Prince, que assinou pelo contrato mínimo de veteranos com o Milwaukee Bucks. É a defesa dele que concretizará seus minutos. Afinal, Cam Reddish e suas dificuldades ofensivas ainda são uma incógnita.
A demissão de Darvin Ham também parece um acerto muito maior do que a contratação de JJ Redick. Por um lado, o agora assistente do Bucks perdeu o vestiário e a confiança. A montagem de elenco não ajudou.
Por outro lado, contratar um analista como técnico é o tipo de coisa que combina com a atual gestão do Lakers. A megalomania está lá, e a conta é de alto risco, mas também de alta recompensa se der certo. Redick tem conhecimento, foi ex-jogador, tem boa relação com os principais nomes. Mas ter sido atleta ou um ótimo analista é diferente de ser um bom treinador. Ele terá que lidar com coisas que nunca viu. Um projeto não muito confortável para quem quer vencer agora.
Mas, sendo justo, a recusa de Dan Hurley, que era a melhor opção para o cargo, não deixou muitas alternativas melhores a franquia.
O que deu errado?
Los Angeles entrou na agência livre com o desejo de melhora e grandes movimentos. Isso porque, desde não conseguir nada na última trade deadline, o plano era usar os ativos de Draft disponíveis para uma grande troca antes de 2024/25. No entanto, Trae Young e Donovan Mitchell nunca pareceram disponíveis. Klay Thompson preferiu o Dallas Mavericks. DeMar DeRozan, o Sacramento Kings. Jerami Grant, por sua vez, é um rumor que parece não se concretizar.
Os últimos playoffs e a última temporada expuseram os problemas do Lakers. Há uma falta de defensores insustentável no ponto de ataque. Existem poucos jogadores no elenco que são consistentes dos dois lados da quadra.
Se sonhar com um novo trio de astros e não conseguir é ruim. Mas não obter sequer um reforço que ajude o time em algum desses quesitos citados é terrível.
E, apesar de não serem perdas sentidas em geral, o elenco do Lakers também parece menos numeroso com as saídas de Prince e Dinwiddie, que preferiram assinar com outros times pelo mínimo, do que voltar a Los Angeles.
O Lakers aposta que Gabe Vincent e Jarred Vanderbilt estejam mais saudáveis neste ano. Max Christie renovou e também há a esperança que ele evolua. Mas contar com mais saúde é quase uma utopia para a franquia nos últimos anos.
Enfim, o sentimento é que o Lakers esteve atrás da elite da Conferência Oeste em 2023/24. Se o objetivo é ser campeão outra vez com LeBron, o que foi feito nessa offseason não fará com que chegue perto disso.
Conclusão – Nota D
O Lakers entrou na última temporada pensando em continuidade. Desde então, mudou o discurso à medida que as coisas foram acontecendo contra a sua vontade. Apesar do talento, é a franquia, de maneira interna, que parece prejudicar seu próprio destino. Desde a administração até o GM Rob Pelinka. Se envolver em vários dos principais rumores e não obter uma única contratação os condena até agora.
Golden State Warriors
Calouros: Quinten Post (52ª escolha, sem contato), Reece Beekman (não selecionado, two-way), Daeqwon Plowden (não selecionado, two-way)
Chegaram: De’Anthony Melton (US$12.8 milhões por um ano), Kyle Anderson (US$27.6 milhões por três anos), Buddy Hield (US$37.7 milhões por quatro anos) e Lindy Waters III (Troca com o Thunder)
Saíram: Klay Thompson (Mavericks), Chris Paul (Spurs) e Dario Saric (Nuggets)
Agentes livres: Lester Quinones, Usman Garuba, Jerome Robinson
Extensões: Nenhuma
Elenco: uma vaga regular aberta.
O que deu certo?
Diferente do Lakers, o Warriors foi um dos times mais criativos na agência livre da NBA e reagiu rápido à saída de Klay Thompson. Os reforços que chegaram têm capacidade de ajudar o time.
De’Anthony Melton me parece o melhor reforço. Ele provou que pode ser um bom defensor no ponto de ataque, chuta bem de três, é confortável sem a bola no perímetro, mas também pode fornecer uma construção secundária. Portanto, bons pontos preenchidos por ele. A grande questão é se estará livre de lesões. Ele só jogou 38 vezes no último ano e mal foi utilizado nos playoffs.
Buddy Hield e Lindy Waters são bons arremessadores e muito bons na movimentação fora da bola. Stephen Curry é o mestre nisso, e ter outros jogadores que podem se movimentar a esse nível é sempre importante para sistemas ofensivos. É preciso variação. Então, jogadores assim fornecem isso. Porém, a defesa é o que vai determinar seus minutos em geral.
Kyle Anderson pode ser o reforço mais questionável. O grande ponto é seu encaixe com Draymond Green. Apesar da defesa, são dois jogadores que gostam de construir o jogo e de defender. Assim, alternar a presença dos dois em quadra pode ser o melhor caminho. A característica do ídolo sempre foi vital para o encaixe do time. Ter alguém que pode fazer o mesmo é bem legal, além de dar minutos de descanso para o veterano.
De fato, não dá para colocar a mão no fogo por nenhum deles e cravar que não existe chance de dar errado. Mas é possível enxergar um papel onde todos sejam úteis. Profundidade.
O que deu errado?
Nenhum desses caras que chegaram ataca uma necessidade grande do Warriors: uma outra grande ameaça de pontuação consistente ao lado de Curry. É por isso que Golden State olhava com muito interesse para Lauri Markkanen.
Desde que Kevin Durant saiu, o Warriors não conseguiu ser um ataque de elite. Mesmo no ano em que foi campeão. A grande questão é que Stephen Curry está sempre sobrecarregado com vários defensores. A aposta deu cada vez mais certo, conforme a equipe não conseguiu punir com consistência a liberdade que isso gerou para os outros.
É nisso que a saída de Klay Thompson deve pesar. Ele foi mal no grande jogo do ano, piorou na defesa e teve uma variação cada vez maior entre jogos bons e muito ruins. Ainda assim, sua capacidade de chute era uma coisa que atraía respeito das defesas rivais. Afinal, ele ainda teve 38,7% em nove tentativas por jogo em 2023/24.
A aposta, então, se tornou que um dos jovens assumisse esse papel, sobretudo Jonathan Kuminga, que mostrou ótimo basquete ofensivo em vários momentos do último ano. Ainda assim, mesmo com reposições criativas para Thompson, não dá para dizer que o Warriors atingiu o objetivo de adicionar alguém com essa característica.
Uma evolução vai depender do trabalho coletivo. E isso não se restringe apenas aos jogadores, mas também ao técnico Steve Kerr que errou muito na última campanha. Não dá para cravar que melhorou. E o time não jogou os últimos playoffs.
Conclusão – Nota C
Apesar de perder Thompson, a franquia agiu. Não dá para prevermos que o Warriors, assim como o Lakers, estará entre as oito melhores times da NBA no Oeste. Entretanto, parece o tipo de situação em que o desespero de um começo ruim pode levar a mais agressividade por um grande movimento. Existem contratos “trocáveis” e muitos jovens. Além disso, é um time bem posicionado para obter o tipo de jogador que pode dar um salto em qualidade. Mas esse salto ainda não veio e o objetivo da offseason era esse.
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Los Angeles Clippers
Calouros: Cam Christie (46ª escolha) e Trentyn Flowers (não selecionado, two-way)
Chegaram: Derrick Jones Jr (US$30 milhões por três anos), Nicolas Batum (US$9.5 milhões por dois anos), Kris Dunn (US$16.2 milhões por três anos), Mo Bamba (US$2.6 milhões por um ano), Kevin Porter Jr (US$4.7 milhões por dois anos)
Saíram: Paul George (76ers), Russell Westbrook (Nuggets), Mason Plumlee (Suns), Daniel Theis (Pelicans), Brandon Boston Jr (Spurs) e Moussa Diabate (Hornets)
Agentes livres: Xavier Moon
Extensões: James Harden (US$70 milhões por dois anos)
Elenco: Uma vaga two-way aberta.
O que deu certo?
Além de Lakers e Warriors, o Clippers é outro dos times com ambições altas na NBA. Assim como o Golden State, a equipe perdeu um jogador-chave e repôs com um “pacotão” de reforços.
Entre eles, Derrick Jones Jr é, de fato, uma bela contratação. Além de buscar um destaque de um rival direto no Oeste, Jones traz o tipo de atletismo que tem faltado a Los Angeles nas últimas campanhas. Ele vem de sua melhor temporada na carreira e com um contrato versátil em geral. O ala possui defesa de ponto de ataque, um chute de três pontos que caiu mais do que nunca em 2024/25 e deve ser o novo titular após Paul George.
Nicolas Batum foi uma perda compreensível do acordo por James Harden no ano passado. Isso só aumenta o mérito em conseguir contratá-lo de novo por um valor super barato. O francês é o coadjuvante perfeito para os melhores dias desse Clippers com Tyronn Lue. Fornece bolas de três com eficiência, é ótimo conector de jogadas, inteligente e defende bem. Um daqueles veteranos que cai bem em todo time.
Também vale destacar que Kris Dunn pode fornecer ajuda na defesa, sendo mais um reforço pensando em ponto de ataque. Não é um upgrade em relação a Russell Westbrook na questão ofensiva, mas compensa do outro lado da quadra. Vem de boa temporada escondida no Utah Jazz.
Em níveis financeiros, a saída de Paul George ganha algum sentido. O Clippers bateu recordes de multas nos últimos anos com um time caro que não passa da primeira rodada desde 2020/21. Então, é compreensível pensando nisso.
Além disso, a extensão de Harden foi bem tranquila, o que já se esperava, é verdade. Mas podia ganhar algum drama com a saída de George. Não aconteceu e o Clippers ainda tem uma grande dupla.
O que deu errado?
Questões financeiras à parte, perder Paul George não aproxima o Clippers de um título. Aliás, Los Angeles só não implodiu porque a filosofia do time desde que Steve Ballmer se tornou dono é seguir competindo. O novo ginásio também deve ter um grande fator nisso. A franquia, enfim, tem uma casa para chamar de sua e não a estrearia com um time de reconstrução.
Dito isso, o time de Los Angeles que em algum momento jogou o melhor basquete de 2023/24, mas novamente caiu cedo nos playoffs. Depois de anos, decidiu abrir mão de um super salário para George. O Clippers o perdeu por não estar disposto a pagar o que ele pedia. Mas é difícil achar que perdê-lo significa uma melhora ou algo do tipo.
Como no caso de Lakers e Warriors, o Clippers não é um dos times que se aproximou do título da NBA. Se ser competitivo bastar, ok. Mas é difícil acreditar que um time que gastou o que gastou nos últimos anos se satisfaça com apenas isso. Apostar em Kawhi Leonard saudável nos playoffs tem sido utopia, acima de tudo.
Também é muito questionável a contratação de Kevin Porter Jr. Dentro e fora de quadra. Ok, posso estar sendo tendencioso. Em seus melhores dias, ele pode ser um bom cestinha vindo do banco. Mas o que o diferencia de Bones Hyland, que não tem tido espaço nos últimos anos? Pra que sujar o nome por alguém que pode nem jogar? Pois é.
Além disso, a aposta em Mo Bamba como reserva na posição de pivô não me agrada, especialmente quando Mason Plumlee e Daniel Theis saíram por contratos mínimos.
Conclusão – Nota C
Esse mesmo Clippers já se mostrou ter muitas faces. Não acredito que era insustentável manter Paul George, e perdê-lo de graça é ainda pior. Para ser justo, gosto da maioria do coadjuvantes. Se tivéssemos mais certeza sobre a forma física de Kawhi, acho que muitos estariam mais empolgados sobre esse time. Pela primeira vez desde 2019/20, o Clippers não está entre os candidatos claros ao título.
Phoenix Suns
Calouros: Ryan Dunn (28ª escolha), Oso Ighodaro (40ª escolha) e Jalen Bridges (não selecionado, two-way)
Chegaram: Tyus Jones (US$3 milhões por um ano), Mason Plumlee (US$3.3 milhões por um ano), Monte Morris (US$2.8 milhões por um ano), E.J Liddell (Troca com o Hawks), TyTy Washington Jr (two-way), Collin Gillespie (two-way) e Mike Budenholzer (técnico)
Saíram: Eric Gordon (76ers), Drew Eubanks (Jazz), David Roddy (Hawks) e Frank Vogel (técnico)
Agentes livres: Thaddeus Young, Ishmail Wainright, Udoka Azubuike, Saben Lee e Isaiah Thomas
Extensões: Royce O’Neale (US$44 milhões por quatro anos), Josh Okogie (US$16 milhões por dois anos) e Damion Lee (US$2.8 milhões por um ano)
Elenco: Um jogador regular precisa ser dispensado
O que deu certo?
Diferente de Lakers, Warriors e Clippers, o Suns é um dos times que evoluiu com o mercado da NBA. Phoenix teve evoluções sensíveis em seu entorno para a temporada 2024/25. Não há nenhum movimento impactante, mas é difícil não enxergar as melhorias.
O primeiro de tudo é na armação. Um time que não tinha armadores reservas funcionais ganhou Tyus Jones e Monte Morris. O upgrade mais claro aqui está em evitar erros de ataque. Em métricas avançadas, esses dois são os que melhor distribuem assistências em relação a erros de ataque cometidos há alguns anos.
Aliás, o valor pelo qual Jones foi contratado é simplesmente ridículo. E sim, aqui é o “ridículo” do Everaldo Marques. É incrível que um jogador tão bom e que casa tão bem com as necessidades de Phoenix tenha aceitado assinar pelo acordo mínimo de veteranos. Também simbólico sobre as dificuldades de ser um agente livre com o novo CBA, mas ainda uma enorme pechincha.
Mason Plumlee também pode ser considerada uma melhoria em relação a Drew Eubanks. O veterano já não vive o melhor momento da carreira, mas é mais sólido e também pode ajudar na construção na cabeça do garrafão.
EJ Liddell é quase um calouro. Ryan Dunn pode contribuir na defesa, enquanto, Oso Ighodaro é versátil, podendo contribui a longo prazo.
Da mesma forma, as extensões já são um pouco antigas, mas manter Royce O’Neale era vital. O acordo de Okogie é meio caro, mas é negociável caso a franquia queira se movimentar na trade deadline.
O que deu errado?
O perímetro defensivo ainda é um problema bem claro. Devin Booker melhorou muito na função. As Olimpíadas foram uma clara amostra sobre como ele pode ser bom na defesa. Porém, quem mais? Bradley Beal, Grayson Allen, Tyus Jones, nenhum deles é uma grande resposta, sobretudo para os playoffs. Monte Morris também sofre e o mesmo vale para Damion Lee.
Além de Royce O’Neale, que deve defender o melhor ala, Ryan Dunn e Josh Okogie também se destacam, mas sofrerão para jogar minutos pelas deficiências ofensivas. Apesar das melhorias claras, o time ainda tem muitos problemas em relação a jogadores unidimensionais no elenco.
Além disso, a saída de Eric Gordon pode expor outra questão: movimentação. É verdade que Allen é um dos melhores chutadores da liga e foi ótimo jogando sem a bola em 2023/24. No entanto, essa não é necessariamente a característica de Jones, Beal, O’Neale e outros.
Não sei o quanto isso pode afetar o time de fato. Mas o Suns, assim como Lakers e Warriors, não conseguiu atacar algumas deficiências claras que times que querem brigar pelo título da NBA geralmente não têm.
Phoenix, aliás, ainda precisa dispensar um jogador antes da temporada começar. Provavelmente alguém com contrato expirante, como Bol Bol ou Damion Lee que possuem contrato de um ano.
Conclusão – Nota B
Apesar das dúvidas e de ainda ser um time com defeitos óbvios ao redor de seu super trio, o mercado do Suns foi muito bom. Especialmente quando você considera o tipo de recursos que a franquia tem a disposição. Ainda não está entre os claros candidatos ao título, mas é inegável que melhorou de alguma forma e teve criatividade para conseguir bons reforços. Muitos, com muito mais espaço, não conseguiram o mesmo.
Sacramento Kings
Calouros: Devin Carter (13ª escolha), Isaiah Crawford (não selecionado, two-way), Isaac Jones (não selecionado, two-way)
Chegaram: DeMar DeRozan (US76.8 milhões por três anos), Jordan McLaughlin (US$2.4 milhões por um ano), Jalen McDaniels (troca com o Raptors), Orlando Robinson (US$2 milhões por um ano)
Saíram: Harrison Barnes (Spurs), Davion Mitchell (Raptors), Chris Duarte (Bulls), Sasha Vezenkov (Raptors), Kessler Edwards (Mavericks)
Agentes livres: JaVale McGee, Jalen Slawson e Jordan Ford
Extensões: Malik Monk (US$77.9 milhões por quatro anos) e Alex Len (US$3 milhões por um ano)
Elenco: Uma vaga regular aberta
O que deu certo?
Assim como o Warriors e diferente de Lakers, Clippers e Suns, o Kings foi um dos times que ficou fora dos playoffs do Oeste na NBA. A grande campanha de 2022/23, então, foi a única que levou Sacramento à pós-temporada nos últimos 18 anos. Ou seja, era necessário fazer alguma coisa, algo grande para movimentar o time.
DeMar DeRozan foi a resposta. O Kings tentou Pascal Siakam no ano passado e se envolveu em outros rumores depois disso. Mas o ala que estava no Chicago Bulls foi o grande movimento da franquia nesta offseason. Um dos jogadores mais decisivos da liga e com ótima capacidade de criação. E o melhor: por um preço barato. Harrison Barnes, Chris Duarte e uma pick-swap. Excelente.
A extensão de Malik Monk é fantástica. Tudo indicava que muitos times estavam dispostos a oferecer grandes salários ao sexto homem. Mantê-lo em um acordo de menos de US$20 milhões anuais foi muito bom e inesperado até. Entre todas as extensões que foram assinadas, essa é uma das que tem maior valor.
O Draft também tem valor. É verdade que o Kings procurava trocas no dia do recrutamento e até aquele momento, não tinha DeRozan. Mas Devin Carter é um bom armador nos dois lados da quadra. Ajuda na defesa e compensa a saída de Davion Mitchell e pode formar boa dupla com Keon Ellis.
O que deu errado?
Nenhuma das saídas machuca, por mais que Harrison Barnes estivesse na franquia há algum tempo. Mas a grande questão para o técnico Mike Brown é que será necessário um bom trabalho e alguma dose de criatividade para encaixar DeRozan a De’Aaron Fox e Domantas Sabonis.
Sabonis e DeRozan possuem pontos em comum: precisam da bola e de espaçamento. Não estou dizendo que será um fracasso, mas ambos não são atiradores funcionais do perímetro. Como envolver DeRozan em uma dinâmica que privilegia o jogo de dupla dos astros com muito espaçamento ao redor?
Não me preocupo para quando ele estiver com a bola. Mas a parceria com Zach LaVine em muitos momentos, não funcionou porque eles não eram bons ao mesmo tempo. Será exigido muito desempenho dos jogadores fora da bola como Kevin Huerter, Keegan Murray, Keon Ellis e outros. Vale lembrar que Malik Monk foi muito usado como armador da segunda unidade e teve sua maior marca de assistências da carreira. Ele vai sair desse papel?
A defesa de perímetro, que sempre é uma questão, não foi necessariamente melhorada. Barnes não fez sua melhor campanha no quesito, mas DeRozan terá que ser melhor do que foi em Chicago na última campanha. Ainda mais quando pensamos que Sabonis não é um grande protetor de aro. Um ataque que vai precisar se entender e uma defesa ainda frágil podem ser preocupantes.
Conclusão – Nota B
Dúvidas existem, mas como fez o Suns, o Kings foi agressivo e não se contentou com a queda antes dos playoffs em 2023/24, mas sem alterar sua estrutura. Ou ao menos as peças e o talento. Algo que claramente melhorou em relação a times como Lakers, Warriors e Clippers no Oeste da NBA. O Kings deve ser um dos times mais interessantes de se assistir em 2024/25. Teve coragem de mudar e, provavelmente, para melhor.
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