Eliminações de Durant, LeBron e Curry comprovam mudança na NBA

Astros estão no fim de suas carreiras

Durant LeBron Curry NBA Fonte: Montagem

O que era raridade acabou virando algo comum. Pela teceira vez nas últimas quatro temporadas da NBA, Kevin Durant, LeBron James e Stephen Curry não estarão nas finais. Três dos maiores nomes de todos os tempos da liga foram eliminados de forma precoce. Enquanto Phoenix Suns (Durant) e Los Angeles Lakers (LeBron) caíram na primeira rodada dos playoffs, o Golden State Warriors (Curry) ficou pelo caminho ainda no play-in. Ou seja, o tempo passou.

Ninguém duvida que eles voltem a disputar uma decisão, mas a cada ano fica mais difícil. O surgimento de outros astros cada vez mais atléticos ou técnicos dificultam suas vidas.

Em uma liga com Shai Gilgeous-Alexander, Anthony Edwards, Luka Doncic, Jayson Tatum, além dos já vencedores Nikola Jokic e Giannis Antetokounmpo, não é fácil brigar pelo título. Aliás, quem disse que seria?

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Claro, estamos falando de jogadores que venceram sete prêmios de MVP e dez títulos somados. Então, não é pouca coisa aqui.

Desde 2007, em apenas seis ocasiões a liga não teve Durant, LeBron ou Curry nas finais da NBA, incluindo 2023/24. Mas o fato é que em 2020/21, o Phoenix Suns (antes da chegada de Durant) foi às finais contra o Milwaukee Bucks. Em 2022/23, deu Miami Heat contra Denver Nuggets. Agora, os três astros já estão fora.

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De novo, não duvido que eles consigam chegar às finais mais uma vez. Toda offseason é um momento de esperança para eles e seus torcedores. Mas um detalhe vem passando batido a cada ano: a necessidade de um bom treinador.

Claro, ninguém está questionando as habilidades de Steve Kerr nos quatro títulos e seis finais que disputou, mas ele vem recebendo críticas. Seja por relutância em utilizar jogadores mais jovens, como Jonathan Kuminga ou por pedir que o Warriors renove com Klay Thompson, Kerr ganha mais reclamações do que elogios.

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Enquanto isso, Darvin Ham (Lakers) e Frank Vogel (Suns) raramente são lembrados em vitórias. Fica mais a cargo dos jogadores mais experientes, que conseguem extrair o máximo de seus companheiros.

Por outro lado, você olha e vê quem vem fazendo grandes trabalhos: Mike Malone (Denver Nuggets), Chris Finch (Minnesota Timberwolves), Mark Daigneault (Oklahoma City Thunder) e, claro, Erik Spoelstra (Miami Heat).

Denver já brigaria pelo título, então não é surpresa. Agora, quem imaginava que o Timberwolves e o Thunder estariam ao lado do Nuggets entre os três primeiros do Oeste na fase regular?

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É quase uma pergunta retórica, pois ninguém acreditava que isso aconteceria.

Quanto ao Heat, o papo é outro. É um técnico muito melhor que o elenco, especialmente após contusões.

Então, não. LeBron e Durant, por questão treinador, já não chegariam às finais da NBA, enquanto Curry precisaria de um milagre com um Warriors completamente fora de sintonia.

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Mas é só por causa de técnico?

De forma alguma. Do contrário, Doncic não teria chances. Sim, estou afirmando que Jason Kidd não está na conversa entre os melhores treinadores da liga.

Tem a ver com a montagem do elenco, da herança que tais técnicos receberam a partir daí. Neste caso, James tem muita culpa.

Veja aquele time de 2020, campeão na “bolha”. Precisava abrir mão de Kyle Kuzma, Alex Caruso e Kentavious Caldwell-Pope, por exemplo? Não, né? Mas a insistência em ter um “terceiro astro” fez com que a qualidade do resto do elenco caísse.

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E veja quem briga por título com trio de astros hoje. Não estou considerando All-Star Game apenas como parâmetro, pois Jamal Murray nunca foi a um e em playoffs ele parece titular de ASG.

O Timberwolves tem Anthony Edwards e Karl-Anthony Towns, além de Rudy Gobert. Vamos entender que Gobert não é exatamente um astro, mas é um defensor de elite. E o que Minnesota fez para ter o pivô? Abriu mão de escolhas de Draft e jogadores aqui e ali. Foram até muitos nomes, mas poucos que realmente poderiam fazer diferença. Ou você acha que Walker Kessler faria algum sucesso em 12 minutos por noite lá?

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Pelo Boston Celtics, astros mesmo são Jayson Tatum e Jaylen Brown. Kristaps Porzingis é um cara que ajuda muito nos dois lados da quadra, enquanto Jrue Holiday é defesa pura. Mais ou menos como Gobert.

E o Clippers?

Aí existem algumas diferenças, pois o Los Angeles Clippers acumulou talento nos últimos anos e tinha peças para fazer a troca por James Harden. E Harden é encaixe em quase qualquer time na NBA. É diferente do que o Lakers fez. Quem o Clippers mandou para ter o MVP de 2017? Nicolas Batum, Robert Covington, KJ Martin e Marcus Morris. Enquanto Martin está “iniciando” sua carreira, os outros três já ultrapassaram o Cabo da Boa Esperança.

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Vá lá, Batum ainda ajuda.

Então, de novo, não dá para comparar com o que o Lakers aprontou para ter Russell Westbrook. Aliás, ele está no Clippers, sendo muito importante vindo do banco e com um clima bem diferente da antiga equipe.

Afinal, eles vão voltar a ganhar um título?

Não é impossível, mas estamos vendo uma transição bem nítida na liga. Curry, LeBron e Durant sempre vão chamar a atenção como possíveis candidatos ao título da NBA. Tudo por conta do talento que possuem.

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Mas veja. Enquanto James terá 40 anos na próxima temporada, Curry e Durant terão 36. Agora, a gente sabe que LeBron vai alongando sua carreira pelo físico e todo cuidado que tem com isso. Os outros dois, por outro lado, dificilmente vão jogar até os 40.

Então, sim. Todos eles já entraram na fase final de suas carreiras. Durant e Curry já jogaram juntos, enquanto LeBron teve a chance de atuar no Warriors e não quis.

Parece, pelo que fizeram até hoje na NBA, que não vão “largar o osso” por um papel menor, como uma presença veterana. Mais ou menos o que Shaquille O’Neal fez nos tempos de Cleveland Cavaliers e Boston Celtics. Eles querem parar no topo, mas quando?

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É pouco provável que um deles volte a vencer um título. Mas, de novo, não é impossível.

O negócio é aproveitar enquanto eles ainda jogam e podermos apreciar. Mas o fato é que eles estão passando o bastão.

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