Eles não tinham bolas de cristal – parte 4

Nesta série estamos fazendo uma retrospectiva da história da NBA de um ponto de vista inusitado: as escolhas de Draft trocadas antes do tempo. Primeira parte: San Francisco/Golden State Warriors Segunda parte: Los Angeles LakersPublicidade Terceira parte: Boston Celtics — A dupla Moses Malone e Julius Erving é muito exaltada quando se lembra do título do Philadelphia 76ers […]

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Nesta série estamos fazendo uma retrospectiva da história da NBA de um ponto de vista inusitado: as escolhas de Draft trocadas antes do tempo.

Primeira parte: San Francisco/Golden State Warriors

Segunda parte: Los Angeles Lakers

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Terceira parte: Boston Celtics

A dupla Moses Malone e Julius Erving é muito exaltada quando se lembra do título do Philadelphia 76ers em 1983, porém se esquece da armação titular daquele time, que contava com Maurice Cheeks e Andrew Toney. Eles se completavam perfeitamente: Cheeks, cerebral, ótimo ladrão de bolas e excelente passador, era o arco; Toney era a flecha – pontuador nato, rápido e forte para a posição, infiltrava com perfeição e podia arremessar de longa distância.

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Ambos os atletas foram convocados para All-Star Games, e Cheeks fez parte de cinco All-Defensive Teams devido à sua capacidade de roubar bolas e anular seus oponentes, fazendo parte do top 10 da NBA em roubos de bolas. Toney, por outro lado, era o terror do Boston Celtics: conhecido como “The Boston Strangler” (O Estrangulador de Boston), ele foi o motivo da franquia ter adquirido Dennis Jonhson – exclusivamente para defendê-lo (e acabou achando um playmaker por sorte). Infelizmente, uma lesão no pé forçou sua aposentadoria com apenas 30 anos, em 1988.

Os dois chegaram a Philly em Drafts através de escolhas de outras equipes. Em 1978, Cheeks foi a 36ª escolha geral, e a pick originalmente pertencia ao Milwaukee Bucks. O Sixers a obteve ao trocar por Fred Carter, e também recebeu a escolha de segunda rodada da franquia de 1977 – Carter, que se aposentou um ano depois de chegar ao time, teve 8.3 pontos de médias no ano em que a franquia teve a terceira pior campanha da NBA.

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Curiosidade: no draft de 78 as cinco primeiras escolhas não eram originalmente das equipes que selecionaram os novos atletas. A primeira escolha “de verdade” foi a sexta, que o Boston Celtics usou para selecionar Larry Bird.

Em 1980, Toney foi a oitava escolha do draft, e a pick pertencia originalmente ao Indiana Pacers. Ela foi obtida em 1976, quando o Sixers recebeu a escolha em troca de Mel Bennett, que nunca passou de um reserva útil para descansar os outros atletas na NBA.

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Um ano após o terceiro e último título do Sixers, Charles Barkley aterrissou na Philadelphia, após ser a quinta escolha no Draft. Com a decadência de Julius Erving e Moses Malone, além da lesão de Toney, Barkley se tornou o Alpha Dog da franquia, carregando-a nas costas até forçar sua troca para o Phoenix Suns em 1992. Baixo para a posição em que jogava, de ala-pivô – com apenas 1,98m – possuía uma combinação rara de força, velocidade e agilidade para dominar o garrafão e ser um monstro nos rebotes.

Mas… a escolha do Sixers era originalmente do San Diego Clippers, e foi adquirida em 1978 em troca de World B. Free – não confundir com Metta World Peace. Free, um armador de explosão e habilidade, teve médias de 27.9 pontos com o Clippers mas nunca foi além disso na liga, um scorer. Ele inclusive mudou de nome (nasceu como Lloyd) e passou a usar seu apelido “World” por conseguir enterrar dando um giro de 360º em pleno ar.

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Na continuação: Cleveland Cavaliers, Portland Trail Blazers e Seattle SuperSonics.

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