LeBron James e Dwyane Wade superaram as adversidades
Na semana passada, fiz um artigo sobre a possibilidade de LeBron James e Dwyane Wade conseguirem passar pelo Indiana Pacers, mesmo sem Chris Bosh, contundido. O talento dos dois se sobrepôs ao bom time do Pacers, o que não consigo esconder que para mim, foi uma surpresa.
Mas vá lá. É uma surpresa se considerarmos a lesão de Bosh e a suspensão de Udonis Haslem no jogo seis. Mas não é, se pensarmos que LeBron e Wade são dois dos cinco melhores jogadores da NBA em atividade. E eles definitivamente são.
Wade, depois que escrevi esse texto, fez apenas cinco pontos no terceiro jogo da série. Imaginei que o Pacers, depois de estar vencendo por 2 a 1, não permitiria a virada de Miami. Especialmente por conta de sua baixa produtividade na série até então, e escrevi outro dizendo que Wade não era o vilão da história. E não foi mesmo.
No jogo seguinte, no domingo, Wade começou mal e o Indiana foi abrindo vantagem. Então, no segundo tempo, o astro reapareceu e mostrou o seu melhor basquete, finalizando com 30 pontos.
Porém, está claro que com apenas ele e James, o Heat terá de se desdobrar para buscar não só o título do Leste, mas também o da NBA. São dois tiros no escuro, para ser bem sincero.
O Heat não tem padrão de jogo algum. Utiliza a individualidade espetacular de seus dois melhores jogadores. O técnico Erik Spoelstra não possui muitas outras armas ofensivas e não busca novas alternativas. Mas cá entre nós, é difícil fazer isso agora.
E os jogadores coadjuvantes resolveram ajudar. Haslem, que até então estava completamente apagado, fez oito pontos no último período da quarta partida. Joel Anthony defendeu como nunca e acertou dois lances livres em um momento decisivo. Mario Chalmers fez 15 pontos no sexto jogo, e por fim, Mike Miller, todo torto por conta de várias contusões, foi bem.
O time de Miami segue bastante dependente da dupla Wade e LeBron. Desde o quarto jogo da série os dois fizeram em média, 65.6 pontos. Se Bosh conseguir voltar, ótimo, e o Heat terá uma chance maior. Do contrário, seguiremos vendo os dois com toda a carga ofensiva possível.
Seja contra o Boston Celtics ou o Philadelphia 76ers, o Heat não terá vida fácil. São dois times muito fortes defensivamente, com boas opções no ataque.
Por um lado, o Celtics está sem vários jogadores em seus melhores momentos físicos. Paul Pierce, Ray Allen, e Mickael Pietrus, estão jogando no sacrifício. Avery Bradley, um dos melhores defensores do time, deve passar por cirurgia no ombro esquerdo e está fora. Mas ainda assim, sobram Kevin Garnett e Rajon Rondo.
No entanto, se for o Sixers, o banco de reservas é mais forte e voltou a jogar tão bem quanto no início da temporada, apesar de não contar com tantos valores individuais.
Para repetir no mínimo a campanha de 2010-11, o time da Flórida terá de encontrar meios de superar um adversário complicadíssimo. Mas quem disse que precisa ser fácil?