O Jumper Brasil dá seguimento à série “Prospecto do Draft 2023” com o ala-pivô Leonard Miller. Destaque do time G League Ignite na temporada, o atleta de 19 anos é projetado como uma escolha TOP 25 do recrutamento deste ano. Então, confira a análise do site para o jovem talento.
Leonard Miller
Idade: 19 anos
País: Canadá
Time: G League Ignite (EUA)
Posição: ala-pivô/ala
Altura: 6’10.25″ (2,08m)
Envergadura: 7’2″ (2,18m)
Peso: 96,5 kg
Médias na última temporada: 18,0 pontos, 11,0 rebotes, 1,6 assistências, 0,9 roubos de bola, 0,8 tocos, 1,5 turnovers, 55,4% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 32,7% nas bolas de três pontos (com 2,2 tentativas por jogo) e 79,2% nos lances livres em 30,6 minutos
Atributos físico-atléticos
- Miller, antes de tudo, apresenta atributos físicos ideais para um ala-pivô na NBA. As suas estatura e envergadura, afinal, já foram colocadas à prova contra profissionais na G League e destacaram-se positivamente;
- Dono de uma interessante combinação de explosão e fluidez. Não é o atleta mais impressionante da classe, mas chama a atenção pela movimentação “leve” pela quadra para alguém do seu tamanho;
- “Joga” mais forte do que aparenta porque faz uso funcional da força física em quadra. Além disso, tem ombros largos o bastante para imaginar que vai ficar mais “corpulento” uma vez na NBA.
Ataque
- A fluidez com que o prospecto conduz a bola pela quadra, a princípio, é incomum para alguém do seu tamanho. Acelera o jogo de forma natural por poder partir em velocidade após pegar rebotes ou iniciar ações em transição;
- Um finalizador ambidestro que teve alto aproveitamento na temporada da G League. Sempre salta decidido e enfático com a intenção de enterrar a bola, enquanto lida muito bem com contato próximo do aro;
- A movimentação sem a bola de Miller parece muito assertiva e inteligente. Acho que exibe um enorme potencial operando como roller em pick-and-rolls por causa da agilidade com que gira em direção à cesta;
- É um passador subestimado, pois era um armador no início da carreira colegial. Não vai ser o carro-chefe do seu jogo, mas possui margem para ser utilizado no short roll ou em ações como pick-and-rolls invertidos;
- Trata-se de um dos melhores reboteiros da classe, certamente. Em particular, na tábua defensiva. Eu não lembro de um prospecto vindo do basquete colegial com média de 11 rebotes por jogo na G League;
- Mostra potencial para criar o próprio arremesso em curta e média distância. Além da combinação rara de estatura e controle de bola, ele tem um lançamento difícil de ser contestado e subestimado trabalho de pés;
- Leonard tem tudo para tornar-se um mismatch ambulante na NBA por causa de suas habilidades particulares. Os atletas de sua altura, afinal, simplesmente não possuem a sua agilidade e capacidade de drible;
Defesa
- Apresentou versatilidade para marcar tanto alas, quanto pivôs na G League. É um jogador extremamente ágil em espaço, enquanto a sua envergadura permite que conteste os mais difíceis arremessos;
- Não é fácil encontrar um jovem que tenha lidado tão bem contra o jogo físico em sua primeira incursão entre profissionais. Em vídeo, por exemplo, a sua noção de verticalidade provou-se bem surpreendente;
- Ainda bastante instável em termos de resultados gerais, mas fiquei surpreso com algumas brilhantes leituras defensivas. Tem instintos bons de reação, ajuda e antecipação na defesa;
- Nem sempre parece muito equilibrado em closeouts e com uma postura lúcida na marcação em espaço. O número de erros em trocas defensivas, a princípio, leva-me a crer que não entende direito como funciona a dinâmica;
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Pontos fracos
- Controle corporal, certamente, é um grande problema para Miller nesse momento da carreira. Caso clássico de atleta que teve um crescimento inesperado no fim da adolescência e ainda se acostuma com o corpo;
- Eu não acho que o seu controle de bola seja ruim, como já citado anteriormente, mas precisa ser mais cuidadoso. Provou-se desleixado em certos momentos enquanto conduz a bola pela quadra;
- Simplesmente não é um bom arremessador em alcance, pois tem uma mecânica problemática. A forma revela-se robótica e instável, agravada pelos problemas de equilíbrio corporal já descritos;
- Por isso, está muito claro que os times vão “desafiá-lo” a arremessar no próximo nível. A competição da G League já notou que o seu jogo perde bastante potência quanto mais longe da cesta fica;
- A tomada de decisão enquanto passador ainda pode ser refinada. Por enquanto, ele parece um jogador de 2,10m distribuindo passes como se tivesse 1,85m de altura. Os resultados, obviamente, variam muito;
- Aliás, a sua tomada de decisão como um todo revela o descuido natural de um atleta inexperiente competitivamente. Afinal, há um ano, ele disputava partidas contra colegiais no Canadá;
- Está muito claro que Miller joga na base do talento, instintos e vantagens físico-atléticas nesse momento. O próximo patamar em seu desenvolvimento, então, reside em compreender a dinâmica do jogo;
Conclusão
Miller, em síntese, é um dos mais particulares e interessantes prospectos da classe. O seu desenvolvimento pode partir em diferentes direções, então a equipe que vai selecioná-lo terá um papel fundamental no jogador que vai se tornar.
Comparação: Lamar Odom (ex-Lakers)
Projeção: TOP 25
Confira alguns lances de Leonard Miller
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