Fonte: Jason Miller / AFPA estreia de Donovan Mitchell em playoffs pelo Cleveland Cavaliers teve um sabor agridoce. O craque teve mais uma ótima atuação, mas, ao mesmo tempo, não foi o bastante para impedir uma derrota em casa. O time, com isso, perdeu a vantagem de mando de quadra na série contra o New York Knicks. O pontuador, no entanto, reforça que o duelo está muito longe de ser resolvido.
“Para começar, esse resultado não é o fim do mundo. Há mais pessoas assistindo à partida, então a reação geral vai ser mais extrema. Mas só será o fim do mundo se nós permitirmos que seja. Não temos tempo para sentir pena de nós mesmos. Eles vieram aqui e venceram uma partida. No entanto, isso é só um jogo. Só temos que responder”, avaliou o ala-armador, após a derrota por 101 a 97.
Mitchell anotou 38 pontos e oito assistências contra o Knicks. Foi a maior marca de pontuação e passes decisivos da equipe de Ohio. Mas, sobretudo, manteve o Cavs “vivo” no jogo com a sua capacidade ofensiva em uma noite bem pouco inspirada. Converteu seis das dez cestas de longa distância do quarto colocado do Leste no duelo, além disso. Ainda assim, sente que tudo pode ser melhor.
“O resultado e a mudança começam por mim, pois assumo a responsabilidade pelo que aconteceu. É preciso reconhecer o Knicks pela vitória, mas, ao mesmo tempo, sabemos os detalhes em que devemos melhorar. Temos dois dias para vermos os vídeos e, assim, encontrar a forma certa de responder. É péssimo perder o mando de quadra, mas vamos ficar bem”, garantiu o líder do Cavaliers.
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Lição
Para o Cavaliers, assim como para Donovan Mitchell, a derrota foi um gosto amargo em uma noite especial de playoffs. A franquia, afinal, não disputava uma partida de pós-temporada desde 2018. Foi o primeiro jogo de mata-mata do time sem LeBron James em 25 anos. Então, esse é um tipo de recomeço. E, por isso, o treinador JB Bickerstaff pede paciência com o processo de crescimento do elenco.
“Os nossos jogadores estão em uma etapa de aprendizado, pois muitos estrearam em playoffs. Muitos garotos que jogaram vários minutos conheceram hoje o que é um jogo de pós-temporada. E é preciso conhecer para entender. A partida, então, foi uma lição. Mas não temos muito tempo. Precisamos, em síntese, corrigir o que for necessário ser corrigido”, afirmou o jovem técnico.
O consenso pelos lados do Cavs é que, acima de tudo, o jogo foi perdido na tábua. Por permitir 23 pontos de segunda chance, mais precisamente, para o time nova-iorquino. “Não acho que fomos físicos o suficiente. Nós até tivemos alguns bons momentos, mas, em geral, não fomos. É só notar como finalizamos mal em torno do aro e, mais importante, os 17 rebotes ofensivos cedidos”, resumiu.
Defesa
Se houve um ponto positivo para o Cavaliers na estreia nos playoffs foi a defesa. A equipe cedeu só 101 pontos para o Knicks, com 42% de acerto nos arremessos de quadra. Ademais, os nova-iorquinos fizeram só oito cestas de longa distância e 18 assistências para 13 erros de ataque. A perfeição não existe, mas, para Mitchell, a marcação é um bom ponto de partida para a recuperação da equipe.
“Nós apresentamos uma boa defesa. Certamente, defendemos bem o bastante para vencer a partida. Mas você vai cometer alguns erros pontualmente. Hoje, foram os 17 rebotes ofensivos. Vamos ceder alguns, mas não podem ser tantos. Os playoffs são sobre correções e, sobretudo, não há tempo para lamentar. Não tenho dúvidas de que vamos ficar bem”, cravou o jovem astro.
As correções do Cavaliers começam na próxima terça-feira, no segundo confronto da série contra o Knicks. Mitchell assegura que Cleveland vai ser melhor em dois dias. “Adoro jogar com esse elenco, pois gosto do nosso senso de luta e esforço. Por isso, assumo a responsabilidade por nossos resultados. Eu garanto, mais do que isso, que vamos estar mais preparados na terça”, finalizou.
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