Fonte: Reprodução / InstagramA possível troca de Brandon Ingram pelo New Orleans Pelicans já ganhou contornos de novela nessa offseason. O astro está disponível para negociações, mas o time enfrenta dificuldades para encontrar o seu mercado. Ele ainda está na reta final do seu contrato, então já é elegível a uma extensão prévia. O vice-presidente de operações da franquia, David Griffin, discutiu a complexidade da situação de forma aberta pela primeira vez.
“Nós fomos bem claros que gostaríamos que Brandon ficasse aqui. E, da mesma forma, ele já disse que prefere quer ficar. Mas, ao mesmo tempo, há uma diferença financeira que complica essa negociação. Temos um ‘valor limite’ até onde podemos chegar para manter o elenco atual junto e pode não ser o patamar que Brandon gostaria. Então, a solução é esperar”, explicou o dirigente, em entrevista à rádio SiriusXM.
A diferença sobre valores em um novo vínculo, a princípio, é o que motiva o Pelicans a explorar o mercado por Ingram. O jogador pode receber um contrato máximo de mais de US$200 milhões por quatro temporadas – e, obviamente, deseja esse valor. Mas o time não planeja fazer tamanho investimento. Griffin indicou que os rivais têm uma visão semelhante do atleta: ele é ótimo, mas não a esse ponto.
“O valor de Brandon era bem alto no início da offseason. Afinal, todas as equipes da liga que entravam em contato conosco perguntavam dele. Mas a questão é que você deseja todos os jogadores enquanto não precisa pagá-los. Quando é preciso dar uma extensão de US$50 milhões anuais, tudo se complica. Há alguns atletas, como Brandon, que são mecanicamente incapazes de serem trocados”, admitiu o executivo.
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Margem de erro
O Pelicans, assim como qualquer equipe de mercados menores, costuma encarar um drama a cada nova extensão com jogadores. Afinal, cada alto investimento representa um risco maior. Errar é muito mais danoso quando você não é um polo de atração de agentes livres ou jogadores querem jogar com você. É por essa perspectiva que Griffin encara a extensão ou troca de Ingram.
“Há franquias que podem acumular talento pelo custo que for. Você simplesmente dá contratos máximos porque pode pagar, em síntese. Mas existem times que precisam tomar decisões duras sobre investimentos, pois não podem errar. Infelizmente, Nova Orleans é o segundo tipo de mercado. Por isso, temos que ser cuidadosos em nossos passos”, argumentou o gerente-geral.
Todo o cenário atual faz com que Griffin não descarte uma extensão de contrato com Ingram. No entanto, a situação exige muito cuidado e os dois lados devem ceder um pouco. “Precisamos ter certeza de que o encaixe é certo e vamos ser sustentáveis do ponto de vista financeiro. Então, se houver uma forma de fazer isso com Brandon de forma sustentável, vamos fazê-lo. É o que ele quer também”, completou.
Contender
Muitos torcedores do Pelicans defendem a troca de Brandon Ingram por uma questão competitiva. Afinal, eles simplesmente não conseguem ver o caminho para a franquia lutar por títulos comprometendo um contrato máximo com o ala. Griffin, no entanto, possui uma visão bem diferente. Ele acredita que o atleta de 26 anos pode ser o potencial “fiel da balança” da equipe como um contender.
“Há um comprometimento entre a organização e Brandon. Estamos, mais do que isso, comprometidos em ver o potencial desse grupo junto. E acho que a parte fascinante desse novo acordo coletivo de trabalho é que nenhuma equipe se beneficia mais de Brandon do que nós. Sentimos, afinal, que a sua presença pode nos fazer um dos candidatos ao título”, avaliou um otimista Griffin.
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