O documentário The Last Dance se tornou uma das maiores obras sobre a NBA desde que foi lançado em abril de 2020. Mas, como todo grande material de sucesso, ele também gerou algumas polêmicas ao contar a história da dinastia do Chicago Bulls de Michael Jordan. E um dos mais “atacados” pela obra foi o executivo Jerry Krause, que queria uma reformulação no último ano da dinastia, em 1997/98.
O clima entre o dirigente e os jogadores não era nada bom no último ano. As cenas gravadas dentro do vestiário de Chicago naquele ano, isso era muito claro. E em uma delas, foi claro até demais. De acordo com o diretor da série, Jason Hehir, durante o podcast Pablo Torre Finds Out, uma passagem em que Scottie Pippen fazia fortes ofensas a Krause foi cortada.
“Foi um documentário de cenas fortes em alguns níveis. A linguagem não foi a melhor, mas estamos falando do vestiário de jogadores. São bastidores. E teve uma cena que a NBA mandou cortar. Uma única. Os atletas conversavam sobre o que fariam se fossem campeões pela sexta vez e Pippen diz que vai enfiar um aguilhão de gado na bunda de Jerry Krause e lhe causar um infarto. Isso é literal e foi cortado”, revelou o diretor.
O clima para Krause foi terrível naquela temporada. Seu pensamento era de que, apesar do auge de Jordan, Pippen e Rodman já não estavam na mesma forma que o camisa 23. As tentativas de uma reformulação irritaram a todos e acabaram saíram ao fim daquele ano. Isso inclui, aliás, o técnico Phil Jackson que, antes mesmo da campanha começar, afirmou que deixaria a franquia.
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Daí veio o nome da série, The Last Dance, a última dança daquele Chicago Bulls na NBA.
No entanto, apesar do bom recebimento do público, muitas das pessoas que estavam envolvidas na história, ficaram bravas com Jordan, que foi coprodutor da série. De acordo com alguns ex-jogadores, mais notoriamente Pippen, a história fez certas mudanças que enalteciam o, para muitos, melhor jogador de todos os tempos.
E uma das principais críticas, foi justamente ao tratamento de vilão que a série deu a Krause em geral. Hehir nega que isso seja verdade, e afirma que o objetivo era totalmente o contrário.
“Eu incluí isso em nossos cortes brutos, pra que as pessoas tivessem a dimensão do que aquele homem passou durante aquele período. Mas isso foi a única coisa que a liga me fez tirar, e eu entendo de certa forma. Não foi como se Michael Jordan estivesse ofendendo as pessoas como fazia em quadra com o Trash Talk. Aquele comentário de Pippen é uma grave ofensa a honra e família de Krause”, explicou.
Polêmica recente
O assunto voltou à tona com uma recente entrega de anéis de honra da franquia na temporada 2023/24. Em um duelo contra o Golden State Warriors, várias lendas do Bulls foram convidadas ao United Center e homenageadas no intervalo da partida. O falecido Krause foi representado por sua esposa, mas isso gerou uma das cenas mais desconfortáveis do ano.
Quando citaram o nome do ex-executivo, as vaias tomaram conta do ginásio. Sua viúva chorou copiosamente e pediu desculpas aos torcedores. A cena foi marcante e gerou uma série de críticas. O diretor, porém, não se sente culpado pelo que aconteceu, mas admite o papel da série no ocorrido.
“Não me sinto responsável ou culpado. Como eu disse, nunca houve um objetivo de fazer dele um vilão. Mas é muito claro que o material contribui para isso. Se o documentário não existisse, tenho certeza de que isso não teria acontecido. Essa pobre mulher passou, sobretudo, por um dos piores momentos de sua vida. Então, não é algo legal de se dizer, mas é a verdade”, concluiu.
Muitas das críticas se viraram contra o próprio Jordan na época. O jornalista Tim MacMahon, da ESPN, foi um dos que teve mais ênfase contra o ídolo do Bulls e da NBA em relação a The Last Dance.
“Jordan era um valentão e se orgulhava disso. Um fanfarrão mesquinho. Ele é o melhor jogador de todos os tempos, mas também é uma pessoa mesquinha. Os fãs apenas seguiram seu exemplo ruim”, concluiu.
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