O Jumper Brasil lista hoje dez jogadores que podem ser agentes livres ao fim da temporada 2020-2021 da NBA. Diferente de atletas que já serão free agents, pelo fim de seus contratos, aqui estão aqueles que possuem opções em seus acordos e os que times podem definir se vão ficar com eles para a próxima campanha.
Dos que serão agentes livres, os principais nomes são: Mike Conley (Utah Jazz), Kyle Lowry (Toronto Raptors), DeMar DeRozan (San Antonio Spurs), Victor Oladipo (Miami Heat), Dennis Schroder (Los Angeles Lakers), além de Evan Fournier (Boston Celtics).
Chris Paul (Phoenix Suns)
O veterano astro Chris Paul tem opção em seu contrato para a próxima temporada, avaliado em US$44.2 milhões. Como a campanha do Phoenix Suns é, até certo ponto, surpreendente, e Paul completa 36 anos no mês que vem, dificilmente o atleta vai querer deixar seu acordo. Segundo colocado na conferência Oeste, com 42 vitórias e 16 derrotas, o Suns briga, agora, pelo primeiro lugar com o Utah Jazz, que possui dois triunfos a mais e uma derrota a menos. Somente uma catástrofe para tirar o jogador do time do Arizona.
Kawhi Leonard (Los Angeles Clippers)
Tudo depende do que o Los Angeles Clippers vai conseguir ao fim da temporada. Se o time não for campeão, mas passar perto disso, as chances de ele seguir são grandes e, até uma extensão contratual é especulada. Entretanto, se algo similar ao que aconteceu na “bolha” de Orlando se repetir, Kawhi Leonard pode pedir uma troca ou, simplesmente, deixar seu atual acordo e tornar-se agente livre irrestrito. Vale lembrar que ele receberá cerca de US$36 milhões em 2021-22 e que as mordomias que possui no Clippers, talvez não sejam tão “normais” em outros times.
Goran Dragic (Miami Heat)
Aqui, o papo é diferente. A opção de permanência de Goran Dragic depende do Miami Heat. O veterano possui contrato garantido até o fim da temporada e pode ser mantido para 2021-22 por US$19.4 milhões. Mas Dragic não vem em uma fase tão boa quanto na campanha passada, até pelo excesso de lesões. O esloveno perdeu 20 das 59 partidas do Heat (33.9%) por contusões, além de espaço em um time completo. É importante salientar que a equipe da Flórida trouxe Victor Oladipo, tirando ainda mais a bola das mãos de Dragic. Próximo de completar 35 anos, ele possui médias de 13.2 pontos, 4.4 assistências e 35.1% de aproveitamento em três pontos.
Will Barton (Denver Nuggets)
Aos 30 anos, Will Barton nem sempre é lembrado no Denver Nuggets como uma das principais peças do elenco, mas foi titular em 51 dos 55 jogos na atual temporada. Claro que, com a chegada de Aaron Gordon e o crescimento de Michael Porter, sua situação ficou um pouco mais complicada em termos de importância, mas a lesão de Jamal Murray, fora da temporada, pode trazer Barton de volta ainda em 2020-21. Tanto que, na vitória sobre o Memphis Grizzlies, no último dia 19, ele anotou 28 pontos, melhor marca pessoal na atual campanha. Caso permaneça, ele receberá cerca de US$14.8 milhões no ano que vem.
Justise Winslow (Memphis Grizzlies)
Décima escolha do draft de 2015, Justise Winslow segue com problemas físicos. Desde a temporada passada, o atleta atuou em apenas 29 partidas. Longe de seu melhor nível, Winslow não tem a bola nas mãos no Memphis Grizzlies, como tinha no Miami Heat. E é justificável pela presença de Ja Morant. Talvez, o melhor para ele seja mesmo uma mudança de ares. Sem arremesso (34.8% de aproveitamento nos lances de quadra e 12.2% em três pontos em 2020-21), o atleta poderá receber US$13 milhões na próxima temporada, claro, se o Grizzlies quiser.
Josh Richardson (Dallas Mavericks)
Outro ex-Miami Heat e do mesmo draft, Josh Richardson vive momento diferente de Justise Winslow. Richardson possui opção em seu contrato, no valor de US$11.6 milhões para a próxima temporada. Embora tenha chegado no Dallas Mavericks para ser importante dos dois lados da quadra, o atleta vem falhando nos arremessos de três, com apenas 31.6% de aproveitamento na campanha, pior marca da carreira. Titular nos 47 jogos que disputou, ele é pouco explorado na organização de jogadas, até pelo fato de o Mavs contar com Luka Doncic.
Norman Powell (Portland Trail Blazers)
Esquecido durante anos no banco do Toronto Raptors, o ala Norman Powell ganhou espaço no time canadense antes de ser trocado para o Portland Trail Blazers. Powell, de 27 anos, vem em sua melhor temporada da carreira e tem sido uma das principais opções ofensivas em seu novo time. Em 2020-21, ele acerta 41.6% dos arremessos de três, ao lado dos 19.1 pontos. Powell tem uma opção em seu acordo, no valor de US$11.6 milhões. O Blazers tem interesse em manter o atleta para os próximos anos, mas precisa pensar no teto salarial do ano que vem. Apenas com Damian Lillard e CJ McCollum, a equipe já vai pagar cerca de US$70 milhões em 2021-22.
Serge Ibaka (Los Angeles Clippers)
Em novembro do ano passado, o congolês Serge Ibaka assinou um contrato de dois anos com o Los Angeles Clippers, no valor de US$19 milhões, sendo o último de sua opção. Apesar de toda a experiência na NBA (está em sua décima segunda temporada), Ibaka tem apenas 31 anos e pode render onde bem entender. É bom lembrar que, em 2019-20, ainda pelo Toronto Raptors, ele teve a melhor marca da carreira em pontos (15.4), a segunda melhor em rebotes (8.2) e em três pontos (38.5%), em cerca de 27 minutos. No Clippers, sua relevância ofensiva é bem menor e, não por menos, faz 10.9 pontos e 6.7 rebotes em quase 24 minutos por noite. Caso o Clippers não tenha sucesso nos playoffs, até pelo fato de ele já ter um título com o Raptors, existe a possibilidade de ele tornar-se agente livre em busca de um contrato mais vantajoso.
Montrezl Harrell (Los Angeles Lakers)
Que coisa, não? Montrezl Harrell foi o melhor reserva da temporada passada, jogando pelo Los Angeles Clippers. Fechou com o Lakers por dois anos, sendo o segundo com opção para tornar-se agente livre irrestrito. Aí, o time californiano viu Andre Drummond sendo dispensado pelo Cleveland Cavaliers e acertou com o atleta. Seu tempo de quadra caiu, mas isso deverá ser mais sentido a partir desta quinta-feira, quando Anthony Davis retornará às quadras. Com o time completo, é preciso saber como o técnico Frank Vogel vai lidar com a rotação, uma vez que Marc Gasol já andou reclamando de seu espaço no elenco.
Bobby Portis (Milwaukee Bucks)
Talentoso, todo mundo sabe que Bobby Portis é. Faltava a ele uma oportunidade de jogar em um time totalmente comprometido com vitórias (até teve, em 2016-17, pelo Chicago Bulls). Vindo do banco de reservas, Portis tem sido importante para a rotação do técnico Mike Buddenholzer com 11.2 pontos, 7.0 rebotes e notáveis 46.5% de aproveitamento em três pontos nos cerca de 21 minutos por embate. Seu salário, de US$3.8 milhões para a próxima temporada é, nitidamente, defasado pelo que faz em quadra. Ele pode ser agente livre irrestrito para ganhar bem mais que isso (recebia US$15 milhões no New York Knicks em 2019-20).