“Desrespeitado”, Gobert chora ao falar sobre ausência no Jogo das Estrelas

Pivô do Jazz esperava que técnicos reconhecessem excelência defensiva em votos para reservas do evento

Fonte: Pivô do Jazz esperava que técnicos reconhecessem excelência defensiva em votos para reservas do evento

O anúncio dos reservas do Jogo das Estrelas deste ano foi um dia de celebração para os grandes jogadores da NBA. Mas, para Rudy Gobert, a última quinta-feira teve marcante decepção e revolta. Atual dono do prêmio de melhor defensor da liga, o pivô do Utah Jazz foi considerado um dos grandes injustiçados da votação dos técnicos, deixando o sexto colocado do Oeste sem representantes no evento.

“Eu fiquei surpreso porque pensei que tinha uma chance. Sinto-me desrespeitado. É um desrespeito comigo, com nossa franquia e o esporte. Todos os técnicos pregam que é importante marcar para ganhar partidas e, quando chega a hora de votarem, eles abrem mão de prestigiar o melhor defensor do mundo”, desabafou o jogador francês, em entrevista antes do treinamento desta sexta.

A indignação de Gobert, na verdade, virou uma questão organizacional: jogadores do Jazz, executivos e o técnico Quin Snyder vieram à público desde o anúncio dos reservas para criticar a opção dos treinadores e contestar o sistema de votação. O gerente-geral Dennis Lindsey já anunciou que planeja propor um novo modelo de seleção para os reservas da partida festiva à NBA em breve.

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“Rudy deveria ser um all-star, com certeza. É um dos jogadores mais impactantes da liga. Seu merecimento não é algo subjetivo e isso só mostra que o processo de escolha é falho. Nós falamos diariamente que é necessário valorizar a defesa, mas, quando temos a oportunidade de fazê-lo de fato, só premiamos pontuadores e os atletas ofensivos também”, criticou Snyder, defendendo o comandando.

Gobert, que foi selecionado para o segundo quinteto ideal da liga no ano passado, tinha um bônus de US$1 milhão previsto em contrato caso fosse escolhido para o Jogo das Estrelas. A eleição, porém, vai muito além de dinheiro para o pivô de 25 anos. O atleta não conteve algumas lágrimas ao revelar que até a sua mãe ligou-lhe para consolá-lo depois da confirmação da ausência.

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“Eu não jogo pelo dinheiro. Não me importo com bônus financeiros por ser all-star, sinceramente. Isso é sobre o meu legado. Dou tudo em quadra para vencer e seria gratificante receber o reconhecimento por essa conduta. Nem sempre se resume a dinheiro. Minha mãe telefonou chorando ao saber dos convocados. Foi uma noite dura para nós”, disse um chateado e emocionado Gobert, que tem médias de 15.2 pontos (liderando a NBA com 65.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra), 12.8 rebotes e 2.2 tocos na temporada.

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