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Entre tantos atletas vindos de ótimas temporadas na NBA, a grande atração da seleção norte-americana no início dos treinamentos visando a Copa do Mundo FIBA é alguém que não entra em quadra há oito meses. O armador Derrick Rose tenta provar em Las Vegas que realmente está recuperado das graves lesões nos joelhos que limitaram-no a dez jogos nas últimas duas temporadas. Estar com o USA Team é um recomeço para um astro que se diz “mudado” com o tempo.
“Eu estou um jogador mais inteligente, totalmente diferente agora. Estou melhor controlando meu corpo, usando minha velocidade com mais esperteza ao invés de ser só descontrolado dentro de quadra. São coisas que vem com a experiência”, afirmou o jogador de 25 anos, o mais jovem a ter vencido o prêmio de MVP da temporada regular (2011).
Os problemas físicos de Rose começaram nos playoffs de 2012, quando rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. O líder do Chicago Bulls passou 18 meses longe das quadras e, em dezembro do ano passado, sofreu uma ruptura do menisco do joelho direito enquanto disputava só seu 10º jogo na temporada. O fracasso no “primeiro retorno” fez com que ele adotasse uma postura diferente neste ano.
“Acho que eu queria provar que todos estavam errados daquela vez. Queria muito fazer tudo, mostrar que ainda podia. Desta vez, sei que preciso deixar o jogo vir naturalmente a apenas jogar. Serei agressivo, lógico, mas com mais autocontrole e esperteza”, avaliou o astro, que realizou seus primeiros treinos pós-segunda contusão com o time da Liga de Verão do Bulls, sem sentir dores.
Mas ninguém é convocado para seleção nacional só para treinar e recuperar o ritmo de jogo. Como qualquer um dos outros 18 jogadores chamados, Rose trabalha para estar na lista dos 12 que viajam à Espanha para defender o título mundial. Ele admite ainda não estar em suas condições ideais e, por isso, compreende se o treinador Mike Krzezywski resolver deixá-lo de fora desta vez.
“Eu estou realmente tentando ficar entre os doze, mas, se escolherem outros jogadores, não haverá rancor e não vou me sentir mal. No fim das contas, estou feliz por ter a oportunidade de vir aqui e mostrar meu talento diante de todos”, disse o armador, que disputa diretamente vaga na seleção com Stephen Curry, Damian Lillard, Kyrie Irving e John Wall.
Seu técnico no Bulls, Tom Thibodeau, é auxiliar do USA Team e vem acompanhando de perto a recuperação do comandado. Ele também nota uma mudança de postura em relação ao ano passado. “Derrick está muito mais paciente. Acho que acaba de reencontrar seu ritmo e sua explosão está de volta. Não parte dela, tudo”, comemorou, apostando na presença do astro entre os 12 selecionados para a Copa do Mundo.
Muitos atletas estão vivendo o auge de suas carreiras atuando no elenco dos EUA. Para Rose, porém, este é apenas o primeiro passo. Um bom rendimento na preparação da seleção será o começo para fazer uma boa temporada com o Bulls e, quem sabe, recolocar o time na corrida por um título da NBA. Elogiando especialmente a contratação de Pau Gasol, o jovem jogador acredita nas chances de Chicago com seu retorno.
“Nós sabemos o que estamos tentando fazer. Temos um objetivo coletivo. Neste verão, todos estão se aprimorando individualmente. Pau [Gasol] já ganhou campeonatos e traz experiência vencedora para nosso grupo. Estamos tentando ganhar um título e acho que temos um elenco candidato ao título. Somos fortes concorrentes”, finalizou Rose, mostrando a confiança de sempre para mostrar que está mais saudável do que nunca.
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