A NBA divulgou nos últimos dias novas regras que ficarão em vigor até a próxima década, entre as maiores mudanças está o número mínimo de partidas que os jogadores deverão participar para ganharem os prêmios individuais. Então, o canal CBS analisou quais atletas perderiam suas conquistas com a nova norma.
Agora, os jogadores precisarão atuar em, pelo menos, 65 partidas com as novas regras da NBA para disputar prêmios individuais. A média serve para combater ausências (load management) de astros.
A NBA tem um calendário de 82 jogos desde 1968. No entanto, tiveram poucos jogadores que ganharam os principais prêmios individuais ou foram nomeados para o time All-NBA atuando menos de 65 partidas. Então, as novas regras não são tão drásticas. Foram apenas 11 vezes que isso aconteceu e nenhuma delas foi por conta de ausências propositais, mas sim por lesões graves.
MVP
Bill Walton – Portland Trail Blazers (1978) – 58 jogos – Novo ganhador com as regras: George Gervin
Bill Walton é o único MVP da história a jogar menos de 71 partidas em uma temporada completa de 82 confrontos. Além disso, ele nem chegou aos 60 jogos em 1977/78. Em fevereiro daquele ano, o pivô quebrou o pé e perdeu o resto da campanha. Quando voltou para os playoffs, tomava injeções para parar a dor antes dos jogos. Em seguida, soube que um osso quebrado em seu tornozelo era a causa. Por fim, Walton processou a equipe médica da franquia.
Baseado na contagem de votos para o prêmio, George Gervin seria o MVP com as novas regras. Ele tinha ficado em segundo colocado com 80,5 pontos, atrás do ganhador que teve 96. Liderando o San Antonio Spurs para um recorde de 52 vitórias e 30 derrotas, anotava uma média de 27,2 pontos, 5,1 rebotes e 3,7 assistências.
Observação: Giannis Antetokounmpo (63 jogos em 2020), LeBron James (62 jogos em 2012) e Karl Malone (49 jogos em 1999) jogaram menos de 65 partidas, mas todos tiveram um número de atuações proporcional ao total de suas respectivas temporadas, que foram encurtadas.
Jogador Defensivo do Ano (DPOY)
Rudy Gobert – Utah Jazz (2018) – 56 jogos – Novo ganhador com as regras: Anthony Davis
Kawhi Leonard – San Antonio Spurs (2015) – 64 jogos – Novo ganhador com as regras: Draymond Green
O prêmio de DPOY levantou dois casos interessantes. Kawhi Leonard não ser nomeado o melhor defensor de 2015 levantaria uma grande discussão sobre as novas regras. Ainda mais quando se é lembrado que sua ausência foi por conta de um rompimento no ligamento em sua mão.
Além disso, no caso de Rudy Gobert, nem ele e nem Joel Embiid, o segundo colocado do prêmio, venceriam em 2018. Nenhum deles chegou a marca de 65 atuações na temporada. Gobert lidou com lesões graves no joelho e no tornozelo que o impossibilitaram. Além disso, Embiid quebrou um osso do rosto em março e perdeu a reta final da campanha. Desse modo, Davis, o terceiro colocado, seria o DPOY, de acordo com as novas regras.
Observação: Giannis Antetokounmpo (63 jogos em 2020), Tyson Chandler (62 jogos em 2012) and Alonzo Mourning (46 jogos em 1999) jogaram menos de 65 partidas, mas todos tiveram um número de atuações proporcional ao total de suas respectivas temporadas, que foram mais curtas.
Novato do ano (ROY)
LaMelo Ball – Charlotte Hornets (2021) – 51 jogos – Novo ganhador com as regras: Anthony Edwards
Kyrie Irving – Cleveland Cavaliers (2012) – 51 jogos – Novo ganhador com as regras: Ricky Rubio
Brandon Roy – Portland Trail Blazers (2007) – 57 jogos – Novo ganhador com as regras: Andrea Bargnani
Patrick Ewing – New York Knicks (1986) – 50 jogos – Novo ganhador com as regras: Xavier McDaniel
A situação de Patrick Ewing foi polêmica até em 1986. Seu próprio técnico, Hubie Brown, ficou indeciso sobre isso. “Ele será um astro por anos e mais anos. Mas, é difícil dar o prêmio para ele sendo que ele perdeu um terço da temporada”. Mesmo assim, ele ainda foi nomeado novato do ano.
Brandon Roy teve um caso semelhante. Por conta de uma lesão no joelho, que, posteriormente, seria o desastre de sua carreira, o ala-armador só atuou em 57 partidas. No entanto, nunca houve polêmica sobre a sua situação e isso se assemelha a ele ter perdido o começo da temporada. Então, jogou em alto nível até ser nomeado ROY.
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Por outro lado, Kyrie Irving teve uma situação diferente em 2012. A temporada foi encurtada e só teve 66 confrontos no total. No entanto, ele precisaria de 52 atuações proporcionalmente, uma a menos do que teve. Assim entra uma dúvida.
O Cavaliers tinha o poupado no final da temporada por conta de um machucado no joelho do atleta, então se a regra estivesse em vigor, o time teria o colocado e, consequentemente, o arriscado só para um prêmio individual?
LaMelo Ball também foi premiado como novato do ano em uma temporada encurtada. Por conta do Covid-19, ela só teve 72 jogos ao todo. O jovem armador de Charlotte precisaria, então, de 57 partidas. No entanto, só participou de 51, devido a uma lesão no pulso. Desse modo, Anthony Edwards teria vencido.
Observação: Vince Carter (50 jogos em 1999) jogou menos de 65 partidas, mas teve um número de atuações proporcional ao total de sua temporada, que foi mais curta.
Primeiro time All-NBA
Kawhi Leonard – Los Angeles Clippers (2021) – 52 jogos – Novo ganhador com as regras: Julius Randle
Chris Paul – Los Angeles Clippers (2014) – 62 jogos – Novo ganhador com as regras: Stephen Curry
Shaquille O’Neal – Los Angeles Lakers (2006) – 59 jogos – Novo ganhador com as regras: Ben Wallace
Shaquille O’Neal – Los Angeles Lakers (1998) – 59 jogos – Novo ganhador com as regras: David Robinson
Bernard King – New York Knicks (1985) – 55 jogos – Novo ganhador com as regras: Terry Cummings
Bill Walton – Portland Trail Blazers (1978) – 58 jogos – Novo ganhador com as regras: Kareem Abdul-Jabbar
Pete Maravich – New Orleans Jazz (1976) – 58 jogos – Novo ganhador com as regras: Randy Smith
Kawhi Leonard jogou menos de 57 partidas em uma temporada encurtada pela Covid-19. Ele perdeu 11 dos últimos 18 jogos por conta de uma lesão no pé. Além disso, o Clippers não quis arriscar e poupou o atleta de alguns confrontos. Desse modo, Julius Randle entraria em seu lugar e teria a primeira participação nessa seleção em sua carreira.
Em 2014, após Chris Paul ser nomeado, houve polêmica. Ele machucou seu ombro e atuou em 62 jogos naquela campanha. Mesmo assim, esteve no primeiro time All-NBA da temporada.
Shaquille O’Neal aparece em duas situações. Em 1998, ele teve duas lesões sérias: uma abdominal e outra em seu pulso, que quebrou após dar um soco. Já em 2006, a o machucado foi no tornozelo.
Em 1985, Bernard King, recordista de maior número de assistências em um jogo na NBA, estava tendo sua melhor temporada. No entanto, o rompimento no ligamento cruzado o tirou de quadras e alterou a trajetória de sua carreira. Desse modo, atuou apenas em 55 jogos, nos quais teve média de 32,9 pontos.
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Walton, após um MVP que dividiu opiniões, conseguiu, consequentemente, participar do primeiro time All-NBA de 1978. Então, Adbul-Jabbar ficou na segunda equipe da categoria.
Por fim, Pete Maravich teve uma temporada frustrante. Várias lesões dificultaram suas aparições, portanto ele só jogou 62 partidas. No entanto, foi suficiente para garantir sua vaga All-NBA.
Observação: Giannis Antetokounmpo (63 jogos em 2020), Anthony Davis (62 jogos em 2020), Luka Doncic (61 jogos em 2020), LeBron James (62 jogos em 2012), Kobe Bryant (58 jogos em 2012), Chris Paul (60 jogos em 2012), Dwight Howard (54 jogos em 2012). Além disso, Karl Malone (49 jogos em 1999), Tim Duncan (50 jogos em 1999), Alonzo Mourning (46 jogos em 1999), Allen Iverson (48 jogos em 1999) and Jason Kidd (50 jogos em 1999) jogaram menos de 65 partidas, mas todos tiveram um número de atuações proporcional ao total de suas respectivas temporadas, que foram menores.
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