Fonte: Lauren Leigh Bacho / AFPDarius Garland chegou aos primeiros playoffs da carreira com muita expectativa, mas o Cleveland Cavaliers decepcionou. A equipe até tinha a vantagem de mando de quadra e, ainda assim, foi eliminado em cinco partidas pelo New York Knicks. Foi um resultado ruim e, acima de tudo, o desempenho deixou muito a desejar. O armador admite o desapontamento com o que o time apresentou no mata-mata.
“Nós não jogamos o nosso melhor basquete naquela série, antes de tudo. E, aliás, sinto que cometemos muitos erros mesmo no jogo que vencemos. Levei algumas semanas, por isso, para superar a derrota. Provavelmente, até o fim da segunda rodada. Ver o Knicks ser derrotado ajudou, pois deu uma sensação de conclusão para a história”, revelou o jovem jogador, em entrevista ao site Cleveland.com.
Falar em inexperiência, realmente, não é uma desculpa para o Cavs na temporada passada. O jovem núcleo, em primeiro lugar, chegou à pós-temporada junto pela primeira vez. Três dos sete atletas da rotação principal estrearam em playoffs, o que inclui Garland. É normal sentir desânimo depois de uma desclassificação tão enfática, mas o astro garante que o desejo agora é dar uma resposta.
“Essa foi a primeira vez que vários atletas do nosso elenco disputaram os playoffs. Mas, agora, já vimos o monstro. A experiência foi decepcionante, mas, ao mesmo tempo, melhoramos como equipe. Mais do que isso, deixou-nos motivados. Ainda que tenhamos tido uma ótima temporada, acho que podemos alcançar outro nível em breve”, avaliou o titular de Ohio.
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Questão física
O que mais chamou a atenção na eliminação do Cavaliers foi a questão física. Uma das poucas equipes que jogam com dois pivôs, afinal, foi totalmente dominada nos rebotes e perto da cesta pelo Knicks. Para Garland, no entanto, esse problema vai muito além da área pintada. A fisicalidade foi o ponto principal de um time que, no fim das contas, entendia muito pouco como funcionava o jogo nos playoffs.
“Para começar, nós temos que ser mais físicos. Acho que a fisicalidade do Knicks, em síntese, decidiu a série e acabou com a gente. Agora, sabemos como o jogo é mais físico na pós-temporada. Além disso, como a velocidade muda e cada posse pode fazer a diferença. Temos que pegar tudo isso, jogar a temporada regular e voltar lá melhores”, refletiu o armador de 23 anos.
O caminho para superar a eliminação, de fato, passa por aprender com os erros. Garland, por isso, revela que nunca viu tantas vezes os mesmos jogos na vida como os cinco dessa série. “Houve pequenos detalhes que saltam aos olhos nos vídeos. Nós não atacamos as trocas e Mitchell Robinson, por exemplo, como deveríamos. Isso, certamente, pode e vai melhorar”, garantiu.
Holofotes
Darius Garland não foi o primeiro jogador do Cavaliers a falar abertamente sobre o rendimento da equipe nos playoffs. Jarrett Allen, por exemplo, fez uma avaliação até mais sincera dos acontecimentos da série contra o Knicks. O pivô já foi um dos atletas mais criticados no duelo contra os nova-iorquinos. E, por fim, reconheceu que sentiu-se intimidado em sua estreia no mata-mata na NBA.
“Os rebotes ofensivos foram um grande problema e esse é um dos meus trabalhos. Eu devo usar o corpo para bloquear pessoas e, assim, certificar-me de que a outra equipe não pegue rebotes. Sinto, nesse sentido, que decepcionei os meus colegas. Mas a verdade é que, mesmo para mim, os holofotes dos playoffs foram maiores do que imaginava”, admitiu o all-star em 2022.
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