Fonte: Brian Sevald / AFPO Brooklyn Nets está a um jogo da eliminação nos playoffs, mas poderia ser o destino de um dos melhores armadores da NBA: Damian Lillard. Embora seja uma negociação apenas no nosso imaginário, ela pode acontecer. Isso porque, o astro do Portland Trail Blazers pediu ao seu time para agir na próxima offseason. No entanto, ninguém sabe se haverá uma implosão no elenco ou se a direção, finalmente, vai montar um grupo forte.
A tendência, entretanto, é que seria a primeira opção. Após anos insistindo por reforços, Lillard se cansou. Ele não quer passar por mais uma reestruturação de elenco. Agora, só um título interessa ao armador, de 32 anos. Em diversas entrevistas recentes, o atleta reafirmou o desejo de não participar de uma reconstrução. Para ter uma ideia, ele só aceita algo similar se o Blazers conseguir Victor Wembanyama no Draft.
Então, vamos partir do princípio que Portland está “de mãos atadas” e, também, não vai contar com Wembanyama. Apesar de não ser impossível, a franquia possui 10.5% de chances de ficar com a primeira escolha. Enquanto isso, San Antonio Spurs, Detroit Pistons e Houston Rockets aparecem como os mais prováveis, com 14% cada. E ainda tem o Charlotte Hornets na frente, com 12.5%.
Pensando no futuro, nos pacotes que o Blazers aceitaria em comum acordo com Damian Lillard, o primeiro que surge é o Brooklyn Nets. Claro, existem outras opções, como Miami Heat, mas hoje, vamos focar no Brooklyn.
Por que a troca de Damian Lillard seria para o Brooklyn Nets?
O armador é muito fã de Mikal Bridges, apenas para começo de conversa.
“Se eu tenho de falar um jogador neste exato momento, é difícil. Mas que eu queira adicionar para o nosso time, eu diria alguém como Mikal Bridges”, disse ele, em conversa no Dave Pasch Podcast, em setembro. “Ou OG Anunoby, Jarred Vanderbilt. Alguém assim. Eu amo os três”.
Pronto. É o bastante para os rumores começarem a agir.
Mas hoje, Bridges está no Nets e, em pouco tempo, se tornou o principal jogador da franquia. O ala (ou ala-armador, como queira), chegou ao time na troca de Kevin Durant para o Phoenix Suns.
Então, o que o Blazers aceitaria aqui?
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Bem, antes de qualquer coisa, escolhas de Draft e jovens talentos. É o básico que todo time pede quando vai trocar um astro. Mas precisa bater salários, né? Afinal, Lillard vai receber US$45.6 milhões na próxima temporada e tem acordo até 2025/26, quando terá US$58.5 milhões. Ah, mas ainda tem uma opção para 2026/27, por US$63.2 milhões.
Vamos analisar alguns pontos aqui. Lillard estará com 33 anos na próxima campanha. Como será sua performance daqui duas ou três temporadas? E pensando nos valores, a tendência é que o contrato se torne caro demais ali. Mas é um risco que qualquer equipe que queira o jogador já entende.
A troca
De novo, pensando nas picks e nos jovens talentos. O Nets teria de enviar duas escolhas de primeira rodada, as duas que possui em 2023. Além disso, um swap e duas de segunda rodada. Só para começo de conversa em um mercado inflacionado.
Depois, é impossível pensar em alguma troca que não tenha Cam Thomas. Ele é um cestinha nato, jovem e que ainda está em desenvolvimento. Precisa evoluir em muitas coisas, mas aos 21 anos, já possui recursos suficientes para se tornar um grande jogador. Agora, para bater os salários, o Nets enviaria Spencer Dinwiddie, que terá um expirante de US$20.3 milhões não garantidos. E o Blazers nem precisaria ficar com ele, economizando grana.
Então, ainda teria Joe Harris, com US$19.9 milhões. Harris é um especialista em arremessos de três, mas que não vem tendo mais o espaço que tinha na equipe.
Eu sei. Eu entendo. Não parece suficiente por Lillard. Mas aí, você não está considerando que ele terá 33 anos e o Blazers está com a sua folha totalmente comprometida. E em uma nova CBA, que vai punir times que ultrapassarem os limites salariais, parece OK.
Não é a melhor troca para o Blazers. Óbvio que não, mas existem alguns fatores além dos citados acima.
Seja para onde for, a diretoria vai consultar Lillard. Não será uma decisão unilateral, que a franquia vai decidir e ponto. Até pela história do jogador por lá.
A partir daí, é possível trabalhar o resto do elenco na transição.
A troca é ruim?
Por fim, é bom lembrar que sim, existe bobo na NBA. O Minnesota Timberwolves está aí para não deixar a gente mentir. Mesmo com a troca horrorosa por Rudy Gobert, o time está nos playoffs. E quantas outras negociações a gente achou que seriam absurdas e, no fim, acabaram sendo menos injustas? A de Pau Gasol para o Los Angeles Lakers, por exemplo, era terrível. Mas é que ninguém sabia que seu irmão seria aquilo tudo, né?
Então, uma troca por Cam Thomas e expirantes, pode não parecer o mais correto por Lillard. Mas e se Thomas virar um astro? O cara acabou de fazer jogos com 40 pontos ou mais. Sim, no plural. Em seu segundo ano na NBA, ele teve quatro partidas assim.
Para o Nets, Lillard, Bridges, além de Nic Claxton e Cam Johnson, é um bom início de conversa para brigar por, pelo menos, um terceiro lugar no Leste. Fora agentes livres e outras negociações.
O futuro do Blazers
Vamos combinar, né? A não ser que o Blazers consiga a primeira escolha, dificilmente o Blazers vai para algum lugar nas próximas temporadas. Então, é crucial para o futuro da equipe torcer para que fique com Wembanyama. E, até mesmo, um eventual segundo lugar, não seria ruim, desde que seja o Houston Rockets. Até porque, parece que o foco do Rockets é Scoot Henderson. Então, a segunda pick ainda é linda. Mas apenas assim.
Agora, se conseguir o francês, espere por coisas importantes em Portland. Troca de Jusuf Nurkic, sign and trade de Jerami Grant, ir atrás de Pascal Siakam ou OG Anunoby, um dos queridinhos de Lillard.
Aqui, estamos pensando apenas que a loteria do Draft será perfeita. Mas e se não for? Aí, meu amigo, a negociação do armador é quase certa.
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