Fonte: Sam Forencich / AFPO Portland Trail Blazers ainda tem cinco jogos a disputar, mas, por uma decisão interna, a temporada do astro Damian Lillard já acabou. O time não possui mais chances de classificação e, por isso, resolveu retirar o armador dos jogos finais da campanha. O veterano, afinal, atuou boa parte do ano com dores na panturrilha. Ainda assim, ele revela que não exatamente aprovou o afastamento.
“Não foi uma decisão minha, antes de tudo. De jeito nenhum. Mas acho que, talvez, o time esteja só me protegendo de mim mesmo. Tive alguns problemas em minha panturrilha ao longo da campanha. Não é nada sério, mas ela está meio ‘travada’. Foi uma temporada cheia de lesões em nosso elenco, então vejo a decisão como uma precaução”, contou o craque, em entrevista ao radialista Dan Patrick.
Lillard não disputou 19 dos 77 jogos da temporada do Blazers até agora. O citado problema físico foi o motivo da maior parte dessas ausências. A péssima situação do time na classificação, no entanto, nunca permitiu que ele parasse pelo período necessário para tratar a lesão. Ou seja, o jogador passou a testar os seus limites com os incômodos. E, como resultado, só piorou a situação.
“Todas as vezes em que senti uma lesão, a situação agravou-se por causa de não podermos parar. Era muito cansaço, esforço e estresse porque nós dependíamos disso para seguirmos competitivos. Existe uma questão, então, que preciso parar para tratar. Eles só querem proteger-me, por fim, da minha vontade de estar em quadra. É um ciclo que preciso quebrar”, admitiu o atleta de 32 anos.
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Lealdade
Quando o assunto é Damian Lillard, o debate sempre envolve a sua decisão firme de seguir no Blazers ao longo dos anos. A lealdade é uma palavra muito usada, mas atitude pouco praticada na NBA. Para o astro, virou o resumo de sua relação com a única equipe que já defendeu na liga. No entanto, ele sabe que tudo pode mudar rápido e não “romantiza” o seu comportamento.
“As pessoas por aí falam demais sobre a minha lealdade com o time. Mas, se você não é o indivíduo envolvido, acho que é difícil de entender mesmo. Eu tenho uma forma de fazer as coisas, uma postura muito particular. E, mesmo assim, não dá para garantir nada. A franquia pode chegar para mim amanhã, por exemplo, e decidir que quer me trocar”, relativizou o experiente armador.
Não há muitas certezas na NBA, pois é uma liga dinâmica. Mas, se depender dele, Lillard garante que a sua busca pela glória segue no Oregon. “Todos os jogadores estão correndo atrás de títulos, acima de tudo. Ninguém joga, afinal, para perder. Tenho uma posição sobre como quero que as coisas ocorram, mas isso é um negócio. Você nunca sabe o dia de amanhã”, concluiu.
Meu MVP
E quem fala sobre a NBA hoje está, acima de tudo, inserido na discussão do prêmio de MVP da temporada. Quem vai levar o troféu, afinal? Os craques Nikola Jokic e Joel Embiid protagonizam a disputa pelo terceiro ano seguido, enquanto Giannis Antetokounmpo corre por fora. Lillard, como qualquer um, tem a sua opinião. E ele acredita que chegou a hora de termos um vencedor inédito.
“O meu voto é de Joel nesse ano. Ele tem sido dominante a temporada inteira e, por isso, o seu time está ganhando. Sinto que já poderia ter um prêmio nas duas últimas temporadas, mas Nikola foi premiado em ambas. Não acho que devamos premiar o mesmo jogador pela terceira vez enquanto existe alguém no mesmo nível ou atuando até melhor”, defendeu o craque.
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