A seleção da casa vai disputar as quartas-de-final do basquete masculino olímpico em crise. O desempenho em quadra decepciona e, como resultado, o descontentamento aparece a cada partida. Evan Fournier fez uma crítica clara à estratégia traçada pelo técnico da França, Vincent Collet, no jogo contra a Alemanha. O time perdeu e, em seguida, o veterano expôs a sua insatisfação.
“Às vezes, acho que nós pensamos errado a forma como queremos jogar. E, por isso, pagamos o preço em quadra. Hoje, a melhor defesa é o ataque. Já não estamos nos anos 1990 e 2000, pois não dá para fazer basquete só em meia-quadra. O basquete atual é sobre equilíbrio e jogo em transição. Em especial, contra um time tão forte e rápido como os alemães”, avaliou o ala-armador.
O comentário refletiu a frustração do atleta com mais uma atuação abaixo do esperado da França. Em particular, ofensiva. O time fez só 46 pontos nos três primeiros quartos da derrota contra os alemães. A dupla formada por Franz Wagner e Dennis Schroder, enquanto isso, já somava 47 pontos. Collet soube da crítica indireta após o jogo e, no dia seguinte, fez questão de respondê-la durante a entrevista coletiva.
“Evan, antes de tudo, não reflete a opinião do nosso elenco. Essa foi uma declaração inaceitável, da qual deve se arrepender e assumir plena responsabilidade. Todos os jogadores estão alinhados e muito confiantes sobre o nosso plano de jogo. Mas não estamos fazendo as coisas tão bem. E não vou fazer mais comentários sobre essa declaração lamentável”, sentenciou o treinador.
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Jogo da discórdia
A troca de farpas pública entre o técnico da França e Evan Fournier, aliás, foi só um dos reflexos da derrota contra a Alemanha. Perder a primeira posição do grupo A reforçou a onda de problemas que vinha do período de preparação. O time chegou a perder quatro amistosos seguidos antes dos Jogos Olímpicos. Collet, por exemplo, criticou a atuação e postura do fenômeno Victor Wembanyama depois do revés.
“Victor parou demais a bola. Contra um time tão agressivo, você simplesmente não pode jogar dessa forma. Não se deve tentar atacar no um contra um porque eles vêm com a dobra de marcação. Portanto, não vai haver espaço para operar. Por isso, a gente fala que é tão importante mover a bola”, apontou o experiente técnico. O jovem finalizou a partida com 14 pontos e 12 rebotes.
Para Collet, diferente do que Fournier acredita, a chave dos problemas da seleção está na defesa. A sua convocação, afinal, formou em uma equipe que vence jogos com uma marcação forte. “Os nossos indicativos defensivos estão em queda nos últimos dois ou três jogos. Então, precisamos dar uma resposta. Com a equipe que temos, afinal, não vamos conseguir vitórias sem solidez defensiva”, cobrou.
Azarão
Com isso, a França chega às quartas-de-final das Olimpíadas em uma situação bastante inesperada. Os atuais medalhistas de prata olímpicos, atuando em casa, chegam como claros “azarões” na partida contra o Canadá. Os canadenses estão invictos e são, além disso, considerados o segundo elenco mais talentoso da competição. Fournier admite que é uma situação bem adversa, mas não vai perder sem lutar.
“Não vamos mentir aqui para ninguém: nós não somos os favoritos para essa partida. Mas é claro que acredito que podemos ganhar. Nós perdemos um jogo e isso é chato, mas estamos em Paris e vamos ter uma tarde melhor. Vamos estar preparados para jogar e queremos mostrar um ótimo basquete para o nosso torcedor”, finalizou o veterano.
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