Foi frustrante. O Brasil deixou a Copa do Mundo de Basquete após uma derrota doída para a Letônia no domingo. Duas horas depois, viu a vaga direta nas Olimpíadas escapar com o triunfo do Canadá sobre a Espanha. Era difícil, mas havia a esperança. No entanto, Gustavo De Conti e seus comandados saem de Jacarta com uma certeza: não é piada.
Claro, toda aquela emoção de bater um Canadá repleto de jogadores da NBA e com autoridade, fez a gente acreditar. Mas para um país onde o basquete é tratado como uma espécie de esporte ou o “não futebol”, o saldo foi positivo.
É óbvio que esperávamos que o Brasil superasse a Letônia na Copa do Mundo de Basquete. Vencer o Canadá com um toque de genialidade do treinador é algo que ficou nítido para quem acompanha de perto. Longe de ser um colegial, o time usou o jogo físico e travou o garrafão, já que os canadenses não são bons no arremesso do perímetro. Então, Gustavo De Conti desafiou o oponente a arriscar de longe.
Resultado: o basquete brasileiro mostrou que entende do jogo. Os atletas fizeram exatamente o que seu treinador pediu e saiu de quadra com uma vitória maiúscula.
E contra a Letônia, é bom entender que aquela diferença no placar (104 a 84) não reflete o que foi o jogo. Não foi como o 7 a 1, entende? Diante dos letões, a seleção estava na partida quando Bruno Caboclo cometeu a sua quarta falta. Naquele momento, o marcador apontava 55 a 49 para o adversário. Então, com Caboclo no banco, ficou difícil reagir.
Leia mais
- Canadá vence Espanha e Brasil fica sem ganha vaga nas Olimpíadas de 2024
- Letônia atropela e elimina o Brasil da Copa do Mundo
- Shai Gilgeous-Alexander: “Brasil quis vencer mais do que a gente”
E quem acompanha o basquete sabe muito bem o que aconteceu. As arbitragens foram absurdas, embora não seja uma desculpa. Contra o Canadá, por exemplo, o centro das atenções ficou por conta do árbitro principal. Um horror, mas é assim há muito tempo. Então, foi como a vitória aconteceu. O Brasil enfrentava oito oponentes em quadra e ganhou mesmo assim.
Mas a gente entende que existia um limite para a seleção. O trabalho é de reconstrução e muito bem feito, por sinal. Não tem mais os medalhões Anderson Varejão, Nenê, Tiago Splitter e Leandrinho. Marcelinho Huertas estava ali porque é, aos 40 anos, um grande jogador, um líder, alguém que sabe o que fazer com a bola. De novo, por mais que as limitações existam, aconteceu a superação.
A lesão de Raul Neto logo na estreia foi terrível. Para ele e para a seleção. Primeiro, ele é o melhor defensor do perímetro. Depois, com tanta experiência, Raulzinho poderia fazer a diferença em momentos ruins como a partir da quarta falta de Caboclo. Mas aí a gente está falando do “se” e ele não joga.
Agora, é preciso olhar para o futuro e mirar no Pré-Olímpico, que acontece em julho de 2024. Até lá, Gui Santos e os outros jovens, como Yago Mateus, estarão ainda melhores. Tim Soares e Lucas Dias, apesar de não serem tão novos, também tiveram destaque. Mas ainda quero entender como Caboclo não está na NBA. É algo que não dá para assimilar.
Em dois anos de trabalho, é possível notar o quanto Gustavo De Conti deu um padrão ao time. É óbvio que existem erros, mas os acertos foram muito maiores e a balança é bem favorável. Foi bom demais torcer para o Brasil.
Fica para o ano que vem e, definitivamente, não é piada.
Assine o canal Jumper Brasil no Youtube
Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.
Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA.
Instagram
Twitter
Facebook
Grupo no Whatsapp
Threads
Guia Futebol