Fonte: Tim Nwachukwu / AFPCom a união de DeMar DeRozan, Zach LaVine, Nicola Vucevic e Lonzo Ball, o Chicago Bulls voltou a disputar os playoffs da NBA – algo que não acontecia desde 2017. No entanto, o time comandado por Billy Donovan não passou da primeira rodada, sobretudo por ter seus principais jogadores lutando contra lesões. Mas, completo, até onde o Bulls pode chegar na próxima temporada?
A franquia conseguiu boas adições pensando na defesa. Afinal, Alex Caruso e Ball são dois exemplos de jogadores que se especializaram no quesito. O grande problema não foi a atuação deles em quadra, mas o tempo em que ambos foram desfalques. Isso, portanto, é uma das questões mais importantes para que Chicago possa sonhar alto em 2022/23: manter a equipe saudável.
Um dos pilares defensivos do Bulls foi “forçado” a desfalcar o time por metade da temporada regular. Alex Caruso, afinal, disputou 41 jogos desde a fratura no pulso causado por um lance desleal de Grayson Allen, do Milwaukee Bucks.
Zach LaVine, por sua vez, não foi um dos jogadores que ficou ausente por muito tempo. Ainda assim, precisou cumprir protocolos de saúde e segurança, além de lidar com uma lesão no polegar esquerdo ao longo da jornada.
Então, desconsiderando todos os contratempos já citados, poderíamos colocar o Bulls como um dos candidatos, ao menos, ao título da Conferência Leste?
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Por um lado, sim. Vale lembrar que, em 2021/22, Chicago teve o melhor início de temporada dos últimos 25 anos. Isso aconteceu, no entanto, antes das lesões que assolaram o time. Sob esse ponto de vista, portanto, não podemos negar que com seu melhor arsenal em quadra, a equipe de Billy Donovan pode ser letal para seus adversários.
O problema, além dos desfalques que colocam em xeque até onde o Bulls pode chegar se não estiver completo, está no quão constante o time pode ser.
O Bulls chegou a liderar o Leste por algumas rodadas e se manteve entre os melhores da conferência em grande parte da temporada passada. Contudo, para chegar ao final no topo, há um longo caminho de 82 jogos a ser percorrido. Como resultado, Chicago terminou apenas na sexta colocação.
Fator Ball
Lonzo Ball disputou apenas 35 partidas na última campanha e não entrou mais em quadra desde o dia 14 de janeiro. O armador foi submetido à uma cirurgia no joelho esquerdo e sua recuperação preocupa muito a direção da franquia. Isso porque, sem ele em quadra, a equipe perde muito.
No período em que atuou, Ball conquistou 1,8 roubo de bola por jogo – marca que o colocaria como terceiro melhor da liga no quesito na última temporada. Além disso, o impacto que o armador causa na equipe, em ambos os lados da quadra, é inegável.
Uma das maiores provas disso é o abismo brutal que Chicago viu com a sua ausência. No geral, a classificação defensiva do Bulls ficou em 107 com Ball em quadra e 114,3 quando ele não jogou. No ataque, o Bulls tinha o quarto offensive rating da liga quando Lonzo se machucou. Posteriormente, terminou a temporada com o 13°. O ritmo de jogo também mudou, ficando mais mais lento, e caiu de 98.9 para 98.3.
Ou seja, boa parte do impacto do Chicago Bulls dos dois lados da quadra tinha um nome: Lonzo Ball
Elenco
Para isso, é preciso ter uma boa segunda unidade e não só um quinteto inicial poderoso. Esse, então, é um problema no qual Donovan precisará lidar. Apesar da última offseason ter sido movimentada, em 2022, o Bulls não fez grandes movimentos no mercado. Apesar disso, focou em renovar o contrato de Zach LaVine e manter seu núcleo titular forte.
Por outro lado, fez contratações pontuais. Sabendo dos problemas físicos de Lonzo Ball, o principal alvo foi Goran Dragic, que era um agente livre e foi escolhido para suprir a ausência do armador titular. Além disso, ele pode ser importante para os playoffs com sua experiência de 14 anos na NBA.
Da mesma forma, era preciso de um reforço no garrafão, já que nos momentos de descanso de Vucevic, o poder de rebotes caia muito. Então, a opção foi da franquia foi Andre Drummond.
Apesar de não estar no seu melhor momento da carreira, o pivô ainda pode oferecer um bom número de rebotes e pick and rolls em poucos minutos em quadra. Na última temporada, pelo Brooklyn Nets, ele somou média de 10,8 rebotes por jogo.
All-Stars
Claro que ter uma equipe saudável e um banco de reservas mais “encorpado” são fundamentais para sonhar com coisas grandes na NBA. Entretanto, nada disso terá valor se os principais jogadores do Bulls não mantiverem um alto nível. Só assim poderemos saber onde, completo, o Bulls pode chegar.
Assim, para dar uma resposta positiva à questão posta neste artigo, é preciso que DeMar DeRozan e Zach LaVine continuem com atuações que os levaram para o All-Star Game. Então, se o veterano conseguir uma campanha semelhante a de 2021/22, quando obteve médias de 27,9 pontos, 4,9 assistências e mais de 50% de aproveitamento nos arremessos de quadra, os torcedores do Bulls podem ficar confiantes.
LaVine, por sua vez, além de se manter saudável, terá de manter seu padrão alto de jogo conquistado nos últimos anos. Afinal, desde que chegou a Chicago, o ala-armador soma médias de 24,4 pontos, 4,4 assistências e 38,9% de aproveitamento em bolas de três pontos.
Título?
Por fim, respondendo à pergunta: completo, até onde o Bulls pode chegar? A resposta é: com seus astros jogando em alto nível, as contratações pontuais feitas e, claro, com todos em plena condição física, podemos sim afirmar que o Chicago Bulls é um dos candidatos ao título de 2022/23.
Se não para conquistar anéis, os jogadores do elenco atual podem, ao menos, sonhar em levar a franquia de volta às Finais da NBA após 26 anos, pensando na conquista da Conferência Leste.
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