O que Julius Randle, Mitchell Robinson, OG Anunoby e Bojan possuem em comum? Bem, é fácil. Todos poderiam estar em quadra na fase mais difícil da NBA, mas estão fora por lesão. Apesar de Anunoby aparecer como questionável para o jogo 7, o Knicks ainda ganhou um problema para tentar seguir nos playoffs: Josh Hart, um dos jogadores mais aguerridos do time.
Na teoria, com todos saudáveis, Hart viria do banco. Entretanto, o ala possui quase 43 minutos de média desde o início dos mata-matas. Forte nos rebotes (ofensivos e defensivos), na defesa e destaque nos arremessos de três no período, ele sofreu uma contusão na região do abdômem. E foi logo no começo do sexto jogo contra o Indiana Pacers.
Embora o Pacers tenha vencido por larga vantagem, o atleta ainda ficou em quadra por 31 minutos. Atuou enquanto conseguiu. Assim como Anunoby, ele é questionável e se jogar será no sacrifício.
Mas jogar com adversidades não chega a ser novidade para Nova York. Desde a chegada de Anunoby em troca de jogadores com o Toronto Raptors, o Knicks tornou-se o time a ser batido e era um dos favoritos a chegar muito forte para os playoffs. Foram 12 vitórias em 14 partidas. Só que Julius Randle e ele se machucaram em janeiro. Enquanto o britânico retornou às quadras (e sofreu mais lesões), Randle jamais voltou.
E na época, Mitchell Robinson já estava fora.
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Havia uma expectativa de Randle e Robinson voltarem, mas só o segundo conseguiu. Entretanto, por pouco tempo. O pivô voltou a sofrer com o tornozelo diante do Philadelphia 76ers e não voltou mais.
Agora, Isaiah Hartenstein é obrigado a atuar por minutos pesados. E não tem muita opção, pois o terceiro reserva, Jericho Sims, não tem a mesma qualidade. Nem de longe. Assim, Precious Achiuwa tem de jogar fora de sua posição original para cobrir espaço. Com apenas 2,03 metros, ele precisa lidar com jogadores muito mais altos, como Myles Turner (2,11 metros) e Isaiah Jackson (2,08 metros).
Mas mesmo assim, o Knicks vencendo aos trancos e barrancos. Passou por um Sixers de Joel Embiid e Tyrese Maxey, enquanto venceu os dois primeiros jogos da série contra o Pacers. Muito pelas grandes performances de Jalen Brunson (quinto na votação para o MVP), Donte DiVincenzo e, claro, Josh Hart.
Só que DiVincenzo vem em uma fase ruim nos arremessos de três, sua principal característica. Nos últimos três jogos, ele tem um aproveitamento de apenas 20% do perímetro (quatro acertos em 20 tentativas). Para um time como o Knicks, que já está sem vários jogadores que poderiam o substituir em momentos assim nos playoffs, é algo terrível.
Hart, por outro lado, tem a lesão que o atormentou no sexto jogo. E um detalhe: quem venceu a batalha pelos rebotes nas partidas, ficou com a vitória.
Por fim, Brunson. O armador também está jogando com lesões no pé e no tornozelo. No entanto, é jogo 7 e não existe a opção de descansar.
Críticas a Tom Thibodeau
Enquanto o Knicks foi avançando nos playoffs, o técnico Tom Thibodeau recebeu diversas críticas por utilizar seus jogadores por muitos minutos. Mas quem pode, de fato, ajudar vindo do banco? Além de Precious Achiuwa, tem Miles McBride (caso Anunoby jogue) e Alec Burks. E é só. Burks só entrou na rotação durante a série contra o Pacers, pois não tem o mesmo nível defensivo de seus colegas.
O ponto é: Thibodeau não tem o que fazer. Por mais que ele seja conhecido pelo uso em demasia de seus titulares em toda a carreira como treinador, aqui ele tem uma desculpa.
E o ataque é “travado” e joga em ritmo muito mais lento. Neste caso, tem a ver com a característica de seu grupo e a ausência de Randle. Isso porque o ala-pivô auxilia Brunson na organização. Sem ele, a bola fica muito nas mãos do armador, exceto quando Hart e Hartenstein aparecem.
Mas mesmo assim, a velocidade do Pacers vem sendo um grande problema para o Knicks. A equipe até tenta fazer o mesmo quando a bola de três cai. Caso contrário, o time fica minutos sem pontuar.
Quando os reservas de Indiana entram, é um sufoco. TJ McConnell acelera o jogo e tem caras muito atléticos para servir, como Obi Toppin e Isaiah Jackson. Sem muitas opções no garrafão, o Knicks cansa muito mais correndo atrás do adversário. Tem muita troca de passe. Some isso a uma rotação curta, aí complica de vez.
Torcida por Anunoby e Hart jogarem
O New York Knicks pode contar com dois jogadores neste domingo de jogo 7 de playoffs, mas o time claramente não está em boas condições físicas. Caso OG Anunoby e Josh Hart atuem, é óbvio que será pela importância da partida. Do contrário, eles jamais estariam em quadra. E é provável que Jalen Brunson também não jogaria.
É o sacrifício, muito a cara do Knicks nos playoffs de 2023/24. Na garra, na coragem. Então, o time está na torcida para que eles tenham um mínimo de condição.
Anunoby tem uma contratura na coxa e não atuou nos últimos quatro jogos. De acordo com o médico Guillem Gonzalez-Lomas, em entrevista ao site SNY, o tempo de recuperação completa para lesões assim é de semanas, não dias.
O ala sofreu a contusão no dia 8 de maio. Ou seja, 11 dias atrás. Não é suficiente e existe o risco de agravar.
Méritos do Pacers
O Indiana Pacers não está vivo nos playoffs por mera sorte. Por seus méritos, o time superou um Milwaukee Bucks sem Giannis Antetokounmpo, é fato. Mas o Bucks não era só o grego. Já na série contra o Knicks, Indiana perdeu os dois primeiros jogos, mas é algo que poderia muito bem ser diferente. O Pacers jogou para vencer e ficou perto disso naqueles embates. Em casa, nas partidas 4 e 6, sobrou.
E sobrou porque exigiu que o Knicks saísse de sua zona de conforto, jogando em um ritmo muito mais acelerado e trazendo peças do banco que pudessem fazer a diferença. O Pacers é um péssimo matchup para o time de Nova York. Fosse contra uma equipe de menor velocidade, a série poderia ter acabado há algum tempo.
Não é o caso.
Para o técnico Rick Carlisle, as boas atuações de Andrew Nembhard nos últimos jogos tira a obrigação de utilizar Tyrese Haliburton ao lado de TJ McConnell. Isso porque Nembhard não estava conseguindo se destacar além de passes e uma ou outra infiltração. Mas nas últimas duas partidas, ele converteu cinco das sete tentativas de três (71.4%). Tem um volume baixo, mas é bom registrar que Haliburton vem alternando jogos bons com ruins no quesito, enquanto McConnell… melhor não. Deixe ele só acelerando o jogo mesmo.
Por fim, Pascal Siakam e Myles Turner andam atormentando a defesa do Knicks. O camaronês usa muito o arremesso de média distância, enquanto Turner vem sendo sólido no perímetro e dentro do garrafão.
Quem avançar pega o Celtics
Entre Knicks e Pacers, seja qual time passar às finais do Leste nos playoffs da NBA, vai chegar com seus jogadores cansados contra um Boston Celtics que não atua desde o dia 15. Serão seis dias (terça-feira, 21 de maio) quando a próxima série começar. E por mais que Kristaps Porzingis esteja fora das duas primeiras partidas, quem enfrentar Boston terá vida difícil.
O Celtics foi o time de melhor campanha na fase regular e venceu suas séries em cinco jogos cada. Ou seja, soma apenas dez partidas nos mata-matas.
Descanso é ouro nos playoffs.
Portanto, neste domingo o adversário de Boston será conhecido.
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