Cody Williams

O Jumper Brasil dá sequência à série “Prospectos do Draft 2024″ com Cody Williams. O ala foi um dos destaques da Universidade do Colorado e, além disso, é irmão de Jalen Williams (Thunder). Então, confira a análise do site para essa provável escolha de loteria do recrutamento.

Idade: 19 anos
País: EUA
Time: Universidade do Colorado (EUA)
Posição: ala
Altura: 6’8″ (2,03m)
Envergadura: 7’1’’ (2,16m)
Peso: 80,7 kg

Médias nesta temporada (NCAA): 11,9 pontos, 3,0 rebotes, 1,6 assistência, 0,6 roubo de bola, 0,7 toco, 2,0 turnovers, 55,2% nos arremessos de quadra, 41,5% nas bolas de três pontos (com 1,7 tentativa por jogo) e 71,4% nos lances livres (com 3,2 tentativas) em 28,1 minutos por jogo

Atributos físicos e atléticos

– Williams, para começar, apresenta ótimas medições físicas para atuar como ala no próximo nível. Os seus 2,16m de envergadura, em particular, são impressionante e destacam-se em quadra;

– Possui boa condição atlética, que fica mais em evidência em quadra aberta. Mas é um prospecto mais rápido, ágil e com movimentação fluida do que particularmente explosivo;

– Atingir o seu potencial, antes de tudo, vai passar por um trabalho de aprimoramento físico intenso na NBA. O seu perfil físico, por enquanto, faz jus a um menino alto e franzino de 19 anos.

Ataque

– Ataca a cesta em alto volume e, apesar da questão física, é muito eficiente infiltrando o garrafão e até cavando faltas. É uma virtude que pode ser maximizada pelo melhor espaçamento do ataque da NBA;

– Williams é um excelente finalizador em torno da cesta. Tem uma boa noção de ângulos para compensar a limitação física, enquanto possui um arsenal que inclui floaters e até ganchos curtos;

– Movimentação sem a bola também está entre as suas qualidades. Fica à vontade ao preencher linhas de passe em transição, mas também mostra inteligência para atacar espaços como cutter em meia quadra;

– Converteu mais de 41% dos seus arremessos de longa distância, com uma eficiência sensacional em catch and shoot. Exibe uma sólida mecânica de arremesso, embora seja um tanto lenta;

– A capacidade de criação de Williams a partir do pick-and-roll é subestimada. Ele é um bom passador que toma boas decisões com rapidez, ao mesmo tempo que consegue pontuar em defesas que lhe dão espaço;

– Em alguns momentos, mostrou capacidade para explorar jogadores mais baixos perto da cesta para pontuar. É uma virtude que não deve se traduzir na NBA por causa dos armadores mais fortes que vai enfrentar;

– Funcionou muito bem na função de terceira opção ofensiva e como um “coadjuvante sóbrio” em Colorado. Isso é um ponto positivo porque tende a ser um papel mais próximo do que vai exercer na NBA.

Defesa

– Oferece versatilidade defensiva por causa da combinação de altura e envergadura. Não teve problemas com trocas de marcação para jogadores mais baixos na NCAA, embora não pareça tão ágil lateralmente assim;

– Williams teve média de só 0,6 roubo de bola na NCAA, mas não faz jus à sua atuação em quadra. Exibe mãos ativas para quebrar linhas de passe e utiliza os seus braços longos para desviar passes;

– É um marcador esforçado, que se destaca mais pela entrega do que uma compreensão mais apurada de dinâmicas. Mostra esse “espírito de luta”, por exemplo, enfrentando bloqueios fora da bola;

– Transição para defender na NBA deve ser complicada, pois possui alguns limitadores alarmantes. Minam a sua versatilidade, a princípio, detalhes como a falta de físico e o alto centro de gravidade.

Pontos fracos

– As limitações físicas, antes de tudo, projetam dificuldades para Williams em torno do aro. Parte do seu ótimo aproveitamento como finalizador vem da sua compreensão de ângulos em situações difíceis;

– Não se trata de um criador de arremessos natural para si mesmo. Possui controle de bola sólido para atacar o aro, mas não é tão avançado o bastante para criar separação para defensores;

– O arremesso de longa distância nunca foi uma marca do seu jogo e, por isso, o seu aproveitamento na temporada passada foi atípico. Excelente índice de conversão veio com menos de duas tentativas por partida;

– Williams, apesar da estatura e envergadura, é um fator quase nulo nos rebotes. A força física pode ser um limitador aqui, mas existem alas que simplesmente não contribuem na tábua mesmo;

– Distribuiu 38 assistências, enquanto cometeu 48 turnovers na temporada passada. Apresenta uma alta taxa de erros de ataque porque perde bolas em ataques à cesta regularmente. Pode melhorar nisso;

– O prospecto, em síntese, é um jogador morno em vários momentos. “Desaparece” ofensivamente por vários minutos em partidas mais acirradas. Além disso, foi uma decepção em torneios internacionais de base pela seleção dos EUA;

– Por causa de lesões, Williams disputou só 24 jogos em sua temporada no basquete universitário. Ele está pronto, do ponto de vista físico, para um calendário frenético como o da NBA?

Conclusão

Versatilidade é o nome do jogo com Cody Williams. Ele passa longe de ser tão técnico e provado quanto o irmão, Jalen Williams, chegando à NBA. É um prospecto, no entanto, que pode ser moldado e direcionado de diversas formas. Toma boas decisões e parece ter instintos apurados, mas, às vezes, não “vive” o jogo com a intensidade necessária. Talvez, precise de mais tempo do que alguns times gostariam.

Comparações: Jalen Rose (ex-Pacers) e Patrick Williams (Bulls)

Projeção: TOP 16

Confira alguns lances do prospecto do Draft 2024, Cody Williams

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Cody Williams – NBA Draft 2024

Ala que disputou última temporada na NCAA é projetado como possível escolha de loteria no recrutamento