O Los Angeles Clippers estava virtualmente classificado para a decisão da conferência Oeste depois de quatro jogos contra o Houston Rockets. Com três vitórias e um massacre na partida anterior da série, o time californiano só precisava de um triunfo nos três duelos seguintes para assegurar-se como um dos finalistas. Mas, por incrível que pareça, não conseguiu. E, se você busca um culpado para a eliminação, Chris Paul sabe para quem apontar: ele mesmo.
“Nós chegamos tão perto, mas chegar perto não é bom o bastante. ‘Se você não é o primeiro, é o último’, como diria Ricky Bobby [personagem de filme interpretado pelo ator Will Ferrell]. Desculpem-me, mas não consigo ver o lado positivo da derrota. Vai demorar para voltarmos aos playoffs. Preciso melhorar e sei que tudo começa comigo”, desabafou o armador de 30 anos, após a devastadora eliminação.
A eliminação não apaga a incrível evolução do Clippers em temporadas recentes. Nos últimos cinco anos, a franquia deixou de ser uma das piores da conferência para alcançar a segunda rodada dos playoffs por duas oportunidades seguidas. O time venceu mínimo de 56 jogos nas últimas três campanhas e terminou com a terceira posição do Oeste neste ano. O técnico Doc Rivers não quer que o elenco esqueça isso e empalideça diante do resultado final.
“Disse a todos no vestiário que fui atleta por 13 anos e meu coração saiu quebrado de quadra nesses 13 anos. Minha única meta era vencer um campeonato e dava tudo o que tinha a cada temporada. Nunca consegui. Mas também falei a todos que valeu a pena se doar pela equipe, pelo coletivo sempre. O jogo é assim: só há um vencedor. E estou com o coração quebrado outra vez aqui”, afirmou o treinador, campeão da NBA em 2008.
Paul participou dos 82 jogos do Clippers na fase de classificação, registrando médias de 19.1 pontos (48.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra), 10.2 assistências e 2.0 roubos de bola. Na sétima partida contra o Rockets, o craque foi um dos poucos pontos positivos do time californiano: anotou 26 pontos e distribuiu dez assistências. Ele ainda possui contrato por três temporadas com os angelinos, que vão enfrentar o mercado nesta offseason na tentativa de manter o pivô e agente livre irrestrito DeAndre Jordan.
