Uma carreira brilhante nos esportes nunca deveria ter que ser encerrada por problemas de saúde. Mas, infelizmente, é o que acontece com vários jogadores. Não existe o que fazer quando se manter nas quadras ou campos vira uma ameaça à vida. Isso não faz essa sensação de ser obrigado a se afastar, no entanto, menos difícil. Chris Bosh, por exemplo, relembra a sua aposentadoria forçada da NBA como uma dor terrível.
“Foi uma situação bem dura para mim porque era a morte da minha carreira. Esse foi o sentimento. E, todas as vezes que você lida com uma perda assim, precisa encarar um período de luto. Aliás, esse foi um processo que levou anos. Mas superei. Acredito que, mais do que isso, me fez uma pessoa mais forte. Foquei mais em ser um ótimo pai depois de tudo”, desabafou o veterano, em entrevista ao site BasketNews.
Bosh interrompeu a carreira por causa de seguidos casos de coágulos sanguíneos, que se revelaram um problema recorrente. Ele disputou o seu jogo final na NBA em 2016 e, apesar da vontade de voltar, a junta médica da liga julgou-o impossibilitado de retorno. Era perigoso demais. Aceitar essa decisão não foi fácil, mas, ao mesmo tempo, deixou-o em paz com o que fez dentro de quadra.
“Eu não tenho nenhum arrependimento em minha carreira. Nenhum. Tudo foi muito bom e conseguiu conquistar dois títulos. Além disso, conheci ótimas pessoas que também foram ótimos companheiros de trabalho. Foram muitas histórias, vários vestiários. E, hoje, ser pai é o que me traz empolgação. Então, sinto que sou um homem de sorte”, reconheceu o 11 vezes all-star.
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Atravessar o Atlântico
A aposentadoria de Chris Bosh, a princípio, foi “forçada” só para as equipes da NBA. Na teoria, um laudo médico positivo poderia liberá-lo para atuar em outra parte do mundo. Chances, aliás, não faltaram para isso. O ex-ala-pivô confidenciou que recebeu ofertas para dar sequência à carreira no basquete europeu. A oportunidade de atravessar o Atlântico, no entanto, não surgiu em um bom timing.
“Na verdade, eu cheguei a ter propostas de times europeus. Mas já não era o momento mais. E não estava em uma boa situação para me mudar com a minha família, pois nós tínhamos bebês recém-nascidos. Recebi essas ofertas como um elogio e, acima de tudo, um sinal para seguir em frente. No entanto, sim, eu recebi algumas ofertas na época”, revelou o ex-jogador do Toronto Raptors.
Um atleta do renome de Bosh, na época, sugere uma negociação que só clubes da elite do velho continente poderiam fazer. E, embora não diga nomes, o veterano confirma que essa pista está certa. “Não foi o basquete da Grécia, na verdade. Eu não vou ser específico, mas foram algumas equipes da Espanha e França. Eram times que disputavam a Euroliga”, completou.
Volta às quadras
Depois de oito anos, Bosh voltou às quadras nesse fim de semana por um motivo bem especial. Ele participou do jogo de despedida do armador Goran Dragic, na Eslovênia. Esse evento contou com a presença de ídolos do basquete como Nikola Jokic e Steve Nash, por exemplo. O veterano admite que pensou seriamente em só aparecer no ginásio, mas achou que a ocasião valia a pena.
“Eu não queria entrar em quadra porque já não fazia isso há muito tempo. No entanto, celebrar a sua carreira merece esse esforço. É uma sensação diferente, mas tudo por Goran. Por mais que não tivemos a chance de jogar tanto tempo juntos, foi tempo o suficiente para ver que esse cara é ótimo. É um grande profissional, ser humano e, sobretudo, amigo”, exaltou o integrante do Hall da Fama.
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